A questão do mal é um ponto já discutido em diversas obras filosóficas. O mal passa a ser tratado, após Auschwitz, como aquilo que nunca deveria ter ocorrido, algo forte e surreal demais para que pudesse ser explicitado. ...
Dito de outra forma, pessoas desacostumadas à reflexão ou que tenham dificuldade de exercitar a razão de maneira autônoma estariam aptas às piores práticas, o que sintetiza o conceito de “banalidade do mal” proposto pela filósofa.
O mal torna-se banal quando o membro de uma organização, seja ela política ou empresarial, separa os seus valores éticos individuais do comportamento duvidoso da organização, com a qual é cúmplice.
A controvérsia que Hannah Arendt traz para o campo do pensamento moral passa, sem dúvida, pela afirmação de que o mal é algo banal. O tema fica ainda mais complexo porque ela abandona a consagrada formulação kantiana de mal radical, defendida anteriormente.
O mal se torna banal quando os homens passam a agir sem raciocinar, perdendo o horizonte das consequências e do significado das ações de violência extrema. ... O número expressivamente elevado de homicídios evidencia a dinâmica de uma cultura rendida à violência.
A pergunta de Arendt, ao se deparar com os depoimentos de Eichmann, foi: “o que faz um ser humano normal realizar os crimes mais atrozes como se não estivesse fazendo nada demais?” A resposta está no mal banal.
Arendt formula, com isso, o conceito de banalidade do mal [the banality of evil], subtítulo do ensaio, que afirma a responsabilidade dos nazistas em criar uma “burocracia do extermínio”, um aparelho burocrático-estatal cuja função era organizar e facilitar o assassinato em massa dos judeus, como qualquer outra ...
2) Pode-se dizer que o genocídio nazista foi extremamente cruel e monstruoso. Entretanto, mediante o julgamento de Adolf Eichmann, vê-se que não há uma determinação da personalidade dos seguidores de regimes totalitários.
Para a teórica, Eichmann era apenas um sujeito ordinário, incapaz de pensar e cujo maior erro foi cumprir ordens sem questionar. Para Arendt, Eichmann não teria agido sem consciência, mas não foi capaz de pensar no que estava prestes a fazer.
No dia 15 de dezembro de 1961 Eichmann foi considerado culpado de crimes contra o povo judeu e condenado à morte. Ele foi enforcado na meia-noite, entre 31 de maio e 1 de junho de 1962, sendo aquela a única vez que o Estado de Israel impôs a alguém a pena de morte. Suas cinzas foram espalhadas pelo mar.
Resposta. BANALIDADE significa algo sem importância. Banalidade do mal significa que já estamos acostumados com a maldade, com a crueldade, com a perversidade, etc. Estamos tão acostumados que já se tornou algo banal, algo sem importância nenhuma.
A base legal das acusações contra Eichmann era a Lei (da Condenação) dos Colaboradores Nazis de 1950, sob a qual foi indiciado por 15 crimes, incluindo crimes contra a humanidade, crimes contra os judeus, e associação a uma organização criminosa.
1 de junho de 1962
A Solução Final foi o plano criado por Himmler e Heydrich que esquematizou o extermínio de milhões de judeus por fuzilamento e morte nas câmaras de gás. A chamada “solução final” foi o nome dado pelos nazistas ao plano de genocídio colocado em prática contra os judeus ao longo da Segunda Guerra Mundial, no Holocausto.
Os nazistas freqüentemente usavam eufemismos para disfarçar a natureza real dos seus crimes. O termo "Solução Final" foi empregado para se referir ao plano de aniquilação total do povo judeu, e não se sabe ao certo quando os líderes da Alemanha nazista decidiram implementa-la.
Nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, o lançamento de bombas atômicas contra as cidades de Hiroshima e Nagasaki determinou a morte de milhares de civis japoneses. Mediante tal ação, a Segunda Guerra Mundial chegava ao seu fim com a assinatura da rendição nipônica, em 2 de setembro de 1945.
Com poucas opções de emigração, dezenas de milhares de sobreviventes do Holocausto, agora desabrigados, migraram para outros territórios do oeste europeu. ... Muitos outros refugiados judeus europeus emigraram, emigraram para o Canadá, Austrália, Nova zelândia, Europa ocidental, Mexico, América do Sul e África do Sul.
Católico, de origem étnica alemã, durante a Segunda Guerra Mundial Schindler resgatou quase 1.