A articulação acromioclavicular é uma articulação entre dois ossos da cintura escapular: a clavícula e a escápula. É uma articulação sinovial plana, com superfícies articulares que são aproximadamente do mesmo tamanho.
A orientação da clavícula pode ser distinguida por suas extremidades: uma extremidade acromial larga e plana (terço lateral) e uma extremidade esternal arredondada, semelhante a uma pirâmide (dois terços mediais). Cada extremidade possui marcos ósseos únicos nas suas superfícies superior e inferior.
Veja o texto sobre tendinites e bursites para entender melhor o seu problema e os tratamentos disponíveis.
A cirurgia para a artrose acromioclavicular é realizada para retirar um fragmento da clavícula de 0,5cm e o disco articular doente. O espaço residual é preenchido por fibrose cicatricial, não causando complicações no movimento ou função do ombro. Esse procedimento é descrito como “ressecção da clavícula distal” ou procedimento de Mumford (autor que descreveu a técnica). Ele pode ser realizado por artroscopia ou de modo aberto, sendo que não existem diferenças significativas entre as técnicas. Seu médico deverá orientar as vantagens e desvantagens de cada técnica, além de orientar sobre suas preferências.
A protração da escápula na articulação acromioclavicular é produzida principalmente pelos músculos serrátil anterior e peitoral menor, enquanto a retração ocorre devido à contração das partes horizontal e ascendente do músculo trapézio e dos músculos romboides menor e maior. Na protração e na retração, a extremidade esternal da clavícula se move posteriormente e anteriormente na articulação esternoclavicular, respectivamente.
É recorrente a visualização de artropatia degenerativa da articulação acromioclavicular em laudos de diversos pacientes. No entanto, sem correlação com a sintomatologia clínica, o diagnóstico não deve ser feito. Deve-se ficar atento a outros comprometimentos morfológicos que possam originar os sintomas de cada caso específico.
A artrose do ombro pode também ser secundária a outras patologias como roturas da coifa, lesões traumáticas (fraturas da cabeça umeral ou da glenóide, luxação e instabilidades da glenohumeral), patologia reumatismal, necroses da cabeça umeral, entre outras.
No estudo de Jacob (1997), uma dose injetável de corticosteroides foi aplicada aos pacientes que tiveram, em média, 20 dias de alívio da dor. 67% da amostra optou, posteriormente, pela intervenção cirúrgica. As técnicas para tratamento cirúrgico da artrose acromioclavicular são diversas. Entre elas, ressecção distal aberta da clavícula até ressecção cirúrgica artroscópica indireta. Em casos mais graves, pode ser indicada artroscopia de ombro.
Durante o crescimento, estes centros de ossificação substituem a cartilagem por osso e quando ocorre um defeito na união entre estes centros de ossificação, temos um os acromiale.
Normalmente, esta articulação não contém um disco articular, uma vez que as superfícies articulares são totalmente congruentes, ou seja, elas se opõem confortavelmente. No entanto, em alguns indivíduos onde a congruência entre as superfícies é incompleta devido a variações anatômicas ósseas normais, pode existir um disco incompleto (menisco) fixado ao ligamento acromioclavicular superior e situado entre as superfícies articulares. Muito raramente, pode ser encontrado um disco articular completo na articulação, ligando-se aos ligamentos acromioclaviculares superior e inferior. Além de seu arranjo totalmente congruente, a estabilidade da articulação acromioclavicular também é reforçada por uma cápsula articular e por dois conjuntos de ligamentos fortes.
Além do formato do acrômio, alguns artigos científicos também descrevem que indivíduos com acrômio com maior inclinação lateral têm maior possibilidade de desenvolverem lesões do manguito rotador.
A infiltração consiste na aplicação de uma injeção com medicações dentro da articulação acromioclavicular, após a aplicação de um anestésico local. Essa aplicação comumente é feita com corticoides de depósito (anti-inflamatórios de longa duração). Mais recentemente tem sido utilizado a viscossuplentação com ácido hialurônico. Ainda faltam estudos científicos de maior qualidade para comprovar a sua eficácia na artrose acromioclavicular.
Após o período de imobilização, utiliza-se tipoia por, aproximadamente, 3 meses. Após a recuperação, espera-se remissão significativa da dor e retomada dos movimentos normais do membro.
Em muitos casos, a artrose pode ser assintomática, não causando dor ou outra consequência para o paciente. Alguns estudos demonstram que mais de 50% de indivíduos sem dor dessa articulação possuem artrose. É uma artrose completamente diferente da artrose do ombro, afecção muito mais grave e complexa.
A articulação acromioclavicular é inervada pelos nervos peitoral lateral e supraescapular. O nervo peitoral lateral é um ramo do cordão lateral do plexo braquial, enquanto o nervo supraescapular se origina do tronco superior do mesmo plexo.
A artrose do ombro condiciona, por vezes, um quadro álgico importante assim como limitação funcional pelo que, o tratamento fisioterapêutico se deverá centrar nestas duas vertentes: o controle da dor através de aplicação de gelo e outros meios físicos disponíveis em clínicas especializadas, e a melhoria da amplitude articular e força muscular com a execução dos exercícios acima referidos.
O tratamento da artrose acromioclavicular pode ser difícil e demorado. Muitas vezes, as medidas não-invasivas fornecem apenas benefícios de curto prazo. A utilização de anti-inflamatórios não-esteroides e as injeções de corticosteroides demonstraram melhorar a dor e a funcionalidade do membro superior temporariamente.
Se a fisioterapia e os exercícios de fortalecimento não forem suficientes para melhorar os sintomas, o médico pode aplicar uma injeção de corticoide direto na articulação para reduzir a inflamação e a dor.
O tratamento da artrose acromioclavicular deve ser feito com orientação do ortopedista, que pode indicar fisioterapia, uso de remédios analgésicos ou anti-inflamatórios até a melhora dos sintomas.
Como não há músculos que atuem diretamente nessa articulação, os seus movimentos são inteiramente passivos. É uma articulação multiaxial, permitindo movimentos de protração-retração, elevação-depressão e rotação axial.
O derrame articular consiste no acúmulo de líquido em uma articulação do corpo, provocado por pancadas, quedas, infecções ou doenças articulares crônicas, como artrite reumatoide ou gota. Popularmente é chamado de 'água no joelho'.
Sinovite é a inflamação da membrana sinovial, um tecido que reveste a parte interna de algumas articulações, e por isso a sinovite pode acontecer no pé, tornozelo, joelho, quadril, mão, punho, cotovelo ou ombro.
O tratamento para a sinovite inclui repouso, gelo, imobilização e medicamentos orais não-esteróides ou anti-inflamatórios esteróides (corticoides), podendo incluir até mesmo injeções sistêmicas ou locais de esteróides na articulação.
A sinovite é uma inflamação ou proliferação da membrana sinovial, uma fina camada de tecido conjuntivo que reveste a parte mais interna das articulações e produz líquido sinovial, que tem como principal tarefa a lubrificação. Neste artigo conheceremos mais a sinovite, quais suas causas, sintomas e formas de tratamento.
A mera distensão líquida da bainha, sem espessamento parietal ou modificação tendínea associada, é descrita como manifestação de sinovite. No decorrer deste artigo, o termo tenossinovite será empregado de forma liberal, para descrever a síndrome clínica, e não o diagnóstico anatomopatológico.
A tenossinovite aguda geralmente dura alguns dias. Às vezes torna-se crónica e só cura após semanas ou meses. Uma vez a inflamação resolvida, o pulso está novamente apto. Para evitar um excesso de esforço no futuro, recomendamos um tratamento de acompanhamento com a supervisão de um fisioterapeuta.
Na cirurgia, é realizada uma incisão de mais ou menos dois centímetros no dorso do punho, em linha com o polegar. Após, é feita a abertura do teto do primeiro compartimento extensor, criando mais espaço no seu interior.
A cirurgia consiste em uma pequena incisão no pulso para separar o ligamento do carpo do nervo medial para aliviar a pressão no local. A intervenção leva menos de uma hora e é feita com anestesia local.
A síndrome de Quervain é o inchaço e inflamação dos tendões ou bainha dos tendões que movem o polegar para fora. (Consulte também Considerações gerais sobre doenças das mãos.) A síndrome de Quervain geralmente ocorre após o uso repetitivo do pulso, especialmente quando há torção.
M65 - Sinovite e tenossinovite