Como Ocorreu A Era Do Gelo?

Como ocorreu a era do gelo

A Era Glacial é o nome do período onde camadas espessas de gelo cobrem grandes áreas da Terra. Esses períodos podem durar milhões de anos e mudam drasticamente as características da superfície terrestre.

A ciência ainda não tem uma prova definitiva das causas da Glaciação, mas existe a possibilidade de que elas sejam decorrentes de um conjunto de fatores e não tenham uma única causa. A teoria mais aceita hoje em dia foi elaborada em 1920 pelo matemático sérvio Milutin Milankovitch.

Características da Era Glacial

Segundo o cientista sérvio Milutin Milankovitch (1879–1958), as transformações climáticas ocorrem devido a vários fatores que influenciam as taxas de radiação do Sol, que é a principal fonte de calor do nosso planeta.

Estudos apontam que o planeta Terra já passou por pelo menos seis grandes glaciações. A última iniciou-se há aproximadamente 20 mil anos atrás e terminou por volta de 11 mil a.C., no Período Pleistoceno (época do Período Quaternário) seguida por um longo período de aquecimento.

Uma era do gelo é um período em que o clima da Terra é mais frio que o normal, com camadas de gelo cobrindo os polos e geleiras, e dominando as altitudes mais elevadas. Em tal era, há momentos alternantes de condições climáticas com temperaturas reduzidas e elevadas, conhecidas respectivamente como “glaciais” e “interglaciais”. Mesmo nos períodos interglaciais, o gelo continua a cobrir pelo menos um dos polos. Por outro lado, fora de uma era glacial as temperaturas são mais altas e estáveis, e a quantidade de gelo é menor. Até o momento, a Terra já passou por, pelo menos, cinco eras glaciais significativas.

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Quando comumente falamos da Idade do Gelo, geralmente nos referimos à Glaciação de Würm, também conhecida como Glaciação de Wisconsin, a última das quatro idades do gelo do Pleistoceno (junto com as glaciações de Günz, Mindel e Riss).

As comparações entre dados de diferentes fontes permitiram, em 1984, montar um mapa mais detalhado das mudanças climáticas durante a última era do gelo, com Dansgaard e Oeschger identificando, na Groenlandia, pelo menos 24 eventos de mudanças abruptas do clima. Eles localizaram dois ritmos de variações muito mais rápidos do que aqueles propostos pela teoria de Milankovitch, a saber, a precessão (23 mil anos), a inclinação (41 mil anos) e a excentricidade (cem mil anos).

É em função dessa lógica gradualista que, ainda hoje, mesmo as melhores modelagens do clima futuro da Terra, como aquelas com as quais trabalha o IPCC, têm dificuldades de reproduzir processos não lineares, marcados por mudanças de estado, subestimando sistematicamente a intensidade de certas mudanças. A moderna teoria matemática do caos sustenta que sistemas dinâmicos fluidos como o clima não podem ser objeto de previsões totalmente seguras.

O que é a Era Glacial?

Uma compreensão mais acurada da atmosfera e do clima dependia, todavia, de avanços na física e química que tratassem da relação entre energia e massa, da termodinâmica e do comportamento dos fluidos. Em 1824, Joseph Fourier, estudando a temperatura da Terra, perguntou-se por que ela não era tão fria quanto seria de se esperar e especulou que parte da resposta poderia ser a existência de gases atmosféricos que aprisionariam o calor que a Terra recebe do Sol, impedindo-o de dissipar-se completamente (a expressão "efeito estufa" só emerge na literatura científica em 1909, com Woods). Os estudos de Fourier são levados adiante por Claude Pouillet, que elaborou as primeiras estimativas do equivalente termal da radiação solar fora da atmosfera, a constante solar, e as primeiras estimativas do papel do vapor d'água na retenção do calor na atmosfera.

O problema da existência da era do gelo (ou glacial) foi o primeiro e, até algumas décadas atrás, o único debate relevante sobre as mudanças climáticas; por um século e meio os dois tópicos quase se confundiam. A questão da era do gelo emergiu em uma discussão vinculada não à meteorologia ou à climatologia, então praticamente inexistentes como disciplinas científicas, mas à geologia, que se consolidou associada ao debate sobre a antiguidade da Terra e ao ritmo com que se processavam as mudanças em sua superfície, no desmembramento disciplinar do grande campo da história natural (a revolução darwinista da biologia evolutiva foi outro vetor decisivo desse processo). Mas o paradigma uniformista estabelecido por Hutton e Lyell não permitia que a geologia respondesse à questão da origem da era do gelo, cuja existência foi trazida à luz principalmente por pesquisadores suíços. O problema transitou, então, pela matemática e astronomia e foi objeto de especulações na geofísica e geoquímica sem que uma solução satisfatória para sua causa fosse encontrada. No final do século XIX, novas pesquisas mostraram também que existiram diversas eras do gelo, que se alternaram com "períodos" interglaciais.

As variações climáticas também abriram caminhos naturais pelo Saara, aproximadamente entre 120.000 a 110.000 anos e 50.000 a 45.000 anos atrás. Curiosamente, seu surgimento coincide com as principais migrações do Homo sapiens para fora da África subsaariana. Os níveis mais baixos dos oceanos deixaram a Austrália a uma distância razoável, enquanto a Beríngia foi transformada em terra de estepe durante as ondas de frio, formando uma possível passagem para os seres humanos alcançarem as Américas.

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Uma primeira nova regularidade é um ciclo mais curto de frequência elevada, variando entre 1.500 e 4.500 anos, que Wallace Broecker batizou de "eventos Dansgaard-Oeschger" (eventos D-O). Ele ocorre no hemisfério norte e é marcado por aquecimentos brutais de mais de 10°C por vezes em menos de uma década, com um resfriamento gradual que termina em um forte período glacial, para depois conhecer um novo rápido aquecimento.

The ice age problem was the first and, until a few decades ago, the only relevant debate on climate change, emerging as a discussion in geology, which was unable to frame it. It remained a mystery in the nineteenth century, being discussed in mathematics and astronomy, and it was a matter of speculation in geophysics and geochemistry without a satisfactory solution. The basic explanation for the occurrence of ice ages was given by Milankovitch, by means of his mathematical theory of insolation in the 1940s. Nevertheless, only the consolidation of paleoclimatology, in the 1970s, provided the necessary evidence to prove it. The refinement of these studies in paleoclimatology, however, brought to light an unexpected phenomenon: the transition between equilibrium state in the climate system took place very quickly in the past. Climate change in the Pleistocene Ice Age was abrupt and radical, contrary to any gradualism. Therefore, the current global warming should be seen as a much more dangerous and unpredictable phenomenon, in comparison with the way it is usually presented.

From the mystery of ice ages to abrupt climate change

Se a reconstituição das mudanças climáticas do passado não é mais o augúrio de uma futura era do gelo, ela permite, entretanto, avanços na compreensão da dinâmica passada de alternância de períodos de climas mais frios e secos, e climas mais quentes e úmidos, de eras glaciais e interglaciais que se desenvolveram na época pleistocena, ao longo dos últimos 2,6 milhões de anos, e que, com o Holoceno, iniciado há cerca de dez mil anos, compõe o período quaternário (em 2009, a União Internacional das Ciências Geológicas alterou a antiga data de início do Pleistoceno de 1,806 milhões de anos para os atuais 2,588 milhões de anos, estabelecendo 11.700 anos atrás, o fim do Dryas recente, como data de início do Holoceno). Mas, para isso, os cientistas teriam que estabelecer com muito mais precisão as informações sobre as temperaturas, a composição da atmosfera, a relação entre a atmosfera, os oceanos e a criosfera e a ocorrência de fenômenos como erupções vulcânicas e quedas de corpos celestes - dados até então originados principalmente de núcleos de sedimentos oceânicos e geralmente pouco precisos.

Os períodos interglaciais são caracterizados por temperaturas mais estáveis ​​e quentes , com quedas importantes no nível do gelo polar e continental. Isso se traduz no aumento dos níveis da hidrosfera ( oceanos , mares, rios , lagos , etc.) e também no aumento do vapor d’água na atmosfera.

Bibliografia

Por outro lado, o maior conteúdo de água na atmosfera tem efeitos climáticos notórios, incluindo o resfriamento da atmosfera. Assim, os períodos de calor e frio se retroalimentam com o tempo .

Os predadores que aproveitavam essa diversidade alimentar não ficaram para trás. Felídeos dentes-de-sabre (que, em geral, não eram parentes próximos dos gatos) perseguiram presas durante todo o Pleistoceno, e leões se espalharam do sul da África até o sul da América do Norte, no Pleistoceno tardio, incluindo os leões-das-cavernas, que viviam da Europa até o oeste do Canadá. As cavernas eram populares: ursos-das-cavernas podiam ser encontrados em toda a Europa e Ásia, até o nordeste da Sibéria, o mesmo se aplicando às hienas-das-cavernas.

O animal mais famoso do Pleistoceno é, sem dúvida, o mamute-lanoso, parente dos elefantes: enorme, imponente, com presas curvas e pelagem longa. Eles são originários da África e, durante o Pleistoceno, migraram em direção às tundras do norte. Eles não foram as únicas espécies que floresceram durante esse período. O surgimento e expansão, entre outros, do gênero Equus (que inclui cavalos e zebras), bisões, auroques, hipopótamos, preguiças terrestres gigantes, ratazanas, família dos cervos (entre os quais versões superdimensionadas, como o Megaloceros, ou cervo-gigante), gênero dos alces e o segundo gigante lanoso (rinoceronte-lanoso), também ocorreram nessa paisagem pré-histórica.

Quem produz a era do gelo?

John C. Donkin Lori ForteChris Meledandri A Era do Gelo/Produção

Qual plataforma tem o filme A Era do Gelo?

Telecine Play A Era do Gelo: O Big Bang está atualmente disponível para ser transmitido em Telecine Play.

Quantos anos tem o desenho A Era do Gelo?

O sucesso da franquia, que teve início em 2002, consagrou seu diretor como o brasileiro de maior sucesso em Hollywood em todos os tempos, ao menos em termos de bilheteria. Os dois primeiros longas arrecadaram mais de 1 bilhão de dólares.

Porque existiu A Era do Gelo?

Do frio ao aquecimento Ele propôs que os períodos de glaciações eram provocados por mudanças na quantidade de energia solar absorvida na Terra devido a pequenas irregularidades na órbita do nosso planeta em volta do Sol. Essas pequenas variações resultariam em quedas abruptas de temperatura.

Qual plataforma tem a Era do Gelo?

Telecine Play A Era do Gelo: O Big Bang está atualmente disponível para ser transmitido em Telecine Play.

Tem a Era do Gelo no Disney+?

Os cinco longas da franquia Era do Gelo, que somados arrecadaram US$ 3,2 bilhões em bilheteria (R$ 17,2 bilhões), estão disponíveis no Disney+.

O que causou o fim da era do gelo?

Uma pesquisa da Universidade de Melbourne revelou que as eras glaciais dos últimos milhões de anos terminaram quando o ângulo de inclinação do eixo da Terra se aproximava de valores altos fazendo o Hemisfério Norte receber mais energia solar.

Quando foi o fim da Era do Gelo?

Considera-se que ela começou há 100 mil anos e terminou há 12 mil. Essa glaciação foi a última acontecida na Terra, e com ela se considera terminado o período Pleistoceno e as denominadas "glaciações antropológicas" por cientistas, devido ao fato de terem sido usadas para a travessia do homem para a América do Norte.