É, pois, na relação com a Igreja Católica que o Serviço Social brasileiro vai fundamentar a formulação de seus primeiros objetivos político/sociais orientando‐se por posicionamentos de cunho humanista conservador contrários aos ideários liberal e marxista na busca de recuperação da hegemonia do pensamento social da Igreja face à “questão social”. Entre os postulados filosóficos tomistas que marcaram o emergente Serviço Social temos a noção de dignidade da pessoa humana; sua perfectibilidade, sua capacidade de desenvolver potencialidades; a natural sociabilidade do homem, ser social e político; a compreensão da sociedade como união dos homens para realizar o bem comum (como bem de todos) e a necessidade da autoridade para cuidar da justiça geral.
Com a dominação da Classe burguesa, eles precisam de um profissional que cuidasse das questões sociais e amparassem a classe dos proletariados, uma forma de controle, mascarado pela dominação social. No final do século XIX, por volta de 1911 surge os primeiros laços da igreja católica na Europa.
A luta dos movimentos sociais no Brasil no final do século passado foi marcada pelo processo de democratização no país a partir da Constituição Federal de 1988. A chamada Constituição Cidadã descentralizava o poder do Estado, garantindo assim abertura para participação da sociedade civil na formulação e controle das políticas públicas nos três níveis do governo.
Para tanto, algumas leias sociais foram fundamentais para o reconhecimento da profissão. Entre aos anos 40 e 60, aconteceu a expansão do serviço social, enfraquecendo forças progressistas e as críticas ao modelo neoliberal, ou seja, a massa dominante, a luta pela defesa dos direitos humanos foi ganhando forças cada vez mais.
Em cooperação com a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, é criado o primeiro mestrado (1987) e doutorado (1997) na área que, além de prodigiosos na qualificação acadêmica, rebateram diretamente no trabalho profissional. São sob estes auspícios que
O artigo 204 da Constituição Federal estabelece em seu inciso II que uma das suas diretrizes é a “participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis”. Para isso, a Lei nº 8742/93 – Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) reforça a importância da participação social. Dessa forma, faz saber que a instituição e funcionamento dos conselhos de assistência social é condição indispensável para o repasse de recursos aos municípios, aos estados e ao distrito federal.
O Serviço Social surge no Brasil na década de 30, estreitamente ligada a Igreja Católica. ... A Igreja passou então a oferecer formação específica para moças de famílias tradicionais com intuito de exercer ações sociais. Criou-se então o Curso Intensivo de Formação Social para Moças.
[...] uma forma de intervenção ideológica, que se baseia no assistencialismo como suporte de uma atuação cujos efeitos são essencialmente políticos: o enquadramento das populações pobres e carentes, o que engloba o conjunto das classes exploradas.
No Brasil, após a proclamação da República (1889) e o fim do padroado (1890), quando houve a separação entre Estado e Igreja, estabeleceu-se um Estado não confessional e, sob o regime da liberdade religiosa, igualou-se a Igreja Católica a outras instituições religiosas. Nesse contexto organizou-se no Rio de Janeiro um movimento significativo de expansão e fortalecimento da presença da Igreja na sociedade. O então arcebispo do Rio de Janeiro, dom Sebastião Leme, liderou um movimento cujo objetivo maior era afirmar e difundir o ideário cristão e "recatolizar" o país. Desse movimento foi fundada, em 1921, a revista A Ordem, e em 1922, o Centro Dom Vital, ambos sob a direção de Jackson de Figueiredo. A publicação da revista, de periodicidade mensal, era responsabilidade do departamento editorial do Centro Dom Vital. A revista foi extinta em 1990, sendo editada durante 69 anos.
Dentro desse novo contexto surgiram os conselhos, órgãos colegiados, permanentes e deliberativos, responsáveis pela execução, formulação, fiscalização, promoção e defesa das políticas públicas. É nos espaços dos conselhos que se concretiza a participação social preconizada na Constituição Federal de 1988.
Nesse contexto, deve-se salientar a influência da Associação Brasileira de Ensino de Serviço Social (ABESS), que, fundada em 1946, sob a égide da Igreja Católica, irá promover sistematicamente convenções anuais, tendo como pauta a formação do(a) assistente social.
Vale ressaltar que no primeiro momento de aproximação com a teoria marxista, os estudos e leituras foram impregnados de equívocos, refletindo nas perspectivas teórica, metodológica e filosófica adotadas, inclusive sob o ponto de vista da ética. Mas esse fato, embora consolide posições no âmbito do conservadorismo, não impediu o avanço no aprofundamento da perspectiva marxiana no sentido da sua compreensão e possibilidades de leitura da realidade. Nessa perspectiva, compreende-se o homem como um ser concreto, histórico e social, contextualizado em determinada sociedade, considerada complexa e contraditória.
Com as diretrizes da organização da PNAS, inicia-se o processo de construção da gestão pública e participativa da assistência social através de conselhos deliberativos e paritários nas esferas federal, estadual e municipal.
Em 1844, Karl Mager (pedagogo e filosofo) tematizou a questão social como "pedagogia social" na publicação alemã Pädagogischen Revue, educabilidade social do sujeito, educar a sociedade por uma questão de igualdade. Mas na prática entre “ASPAS’ a profissão surge em Londres, na Inglaterra e em 1898, na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
A partir de então, desencadeia-se o processo de consolidação da profissão, entendida como especialização do trabalho coletivo, inserida na divisão sociotécnica do trabalho, tendo como objeto de intervenção a questão social, ao mesmo tempo que rompe com a sua característica acrítica e a-histórica, adotando-se o pensamento marxiano como inspiração filosófica, parâmetro da ação profissional e da análise das relações de produção capitalista.
[...] demonstra a certeza de estarem investidas de uma missão de apostolado, decorrente não só da adesão aos princípios católicos, como de sua origem de classe. Elementos que legitimam sua autoridade num empreendimento de levantamento moral de uma população que vegeta no pauperismo e no rebaixamento moral (Iamamoto e Carvalho, 2002, p. 223)
MOTA, A. E.; RODRIGUES, M. Legado do Congresso da Virada em tempos de conservadorismo reacionário. Rev. katálysis, Florianópolis , v. 23, n. 2, p. 199-212, Ago. 2020. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-49802020000200199&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 12 set. 2021.
O conjunto de consequências observadas no mundo do trabalho, provocadas pela adoção dos mecanismos da reestruturação produtiva, como resultado do neoliberalismo, recai também no Serviço Social no âmbito da sua demanda profissional, reduzindo-a e levando profissionais a subempregos à margem do emprego formal. É nesse quadro que se orienta e se redefine a formação de um novo perfil de profissional, considerando as novas demandas, e o novo cenário que se estrutura com a perspectiva de atuação em organizações não governamentais - conselhos de direitos, assessorias e consultorias - requer formação que corresponda à complexidade que constitui o mundo do trabalho e, por outro lado, corresponda ao ideário profissional explicitado no Código de Ética. Portanto, torna-se indispensável a aquisição e o desenvolvimento de competências teórico-práticas e ético-políticas, aliadas ao acervo de conhecimento produzido pela profissão e às instâncias representativas da categoria profissional. Nessa perspectiva, foram elaborados os princípios que, através de um conjunto de diretrizes, com base comum, determinam a fundamentação para a formação profissional.
Serviço Social de Caso Utiliza-se a abordagem individual, tendo comunidade e família, com o objetivo de atuar nos fatores causais ou problemas em potencial interligados à situação saúde, no contexto sócio-econômico-cultural e emocional.
homens e seu ambiente.” - Mas a ONU em 1960 lança o último conceito de SS de Casos: “O SS de Casos é uma dinâmica mútua, entre o A.S e o cliente, deliberadamente utilizada para o tratamento social, e que se origina no estudo do indivíduo, e na situação peculiar onde se encontra, nos problemas que o afetam e da maneira ...
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