A insulina é um hormônio secretado pelas células β das ilhotas de Langerhans do pâncreas. A função primordial da insulina é transportar glicose para dentro das células, a qual será usada para produção de energia. Com isso, também a insulina é fundamental para o controle do nível da glicemia sanguínea.
Quando nós ingerimos uma alta quantidade de glicose, o nosso organismo utiliza o que necessita e o excesso é enviado para o fígado, que transforma a glicose em glicogênio e ela fica armazenada em nosso fígado, aumentando a concentração de glicogênio.
Quando consumimos carboidratos, proteínas e gorduras em excesso, os estoques de glicogênio muscular e hepático saturam e o açúcar excedente é transformado em gordura no corpo.
A enxurrada de insulina faz com que a quantidade de açúcar circulante no sangue caia rapidamente, caracterizando um quadro de hipoglicemia. Esse processo usualmente ocorre após grandes refeições, o que pode gerar sensação de sono, falta de atenção e vontade de comer doces —uma estratégia do organismo para aumentar a glicemia.
O Glucagon é um hormônio produzido pelo corpo (pelas células alfa do pâncreas) que tem um efeito oposto ao da insulina (produzido pelas células beta do pâncreas), ou seja, aumenta o açúcar no sangue.
A insulina regula a homeostase de glicose em vários níveis, reduzindo a produção hepática de glicose (via diminuição da gliconeogênese e glicogenólise) e aumentando a captação periférica de glicose, principalmente nos tecidos muscular e adiposo.
Regulação da secreção de insulina. A secreção de insulina é aumentada pelas elevadas concentrações de glicose sanguínea, hormônios gastrintestinais e estimulação Beta adrenérgica. A secreção de insulina é inibida pelas catecolaminas e somatostatina. O papel da insulina e do glucágon no metabolismo da glicose
A molécula de insulina é formada por 2 cadeias polipeptídicas, formadas, respectivamente, por cadeias de 21 e 30 aminoácidos ligadas por pontes dissulfeto.
É quando as células do corpo não respondem bem à insulina, por isso, a glicose não consegue entrar nelas facilmente. Num primeiro momento, o pâncreas aumenta a produção de insulina para vencer essa resistência, mantendo normal o nível de glicose no sangue. Porém, em longo prazo, se a resistência à insulina não for tratada, o pâncreas "cansa" e não consegue produzir insulina suficiente para manter a glicemia normal. Aí, pode ser necessário receber insulina por meio de medicamento. A glicose alta no sangue é a marca da doença chamada diabetes, que atualmente afeta cerca de 425 milhões de pessoas no mundo, de acordo com o Atlas Mundial do Diabetes.
É importante que o endocrinologista seja consultado caso exista suspeita de qualquer alteração relacionada com os níveis de insulina, pois assim é possível que seja feita uma avaliação e seja indicada a realização de exames de sangue para confirmar se há algum problema relacionado com a produção de insulina e, assim, ser possível indicar o tratamento mais adequado, caso haja necessidade.
Quando a resistência à insulina é detectada logo no início —o chamado pré-diabetes -, é possível reverter o quadro ao mudar os hábitos com um cardápio saudável e a prática de exercícios, além da prescrição de medicamentos adequados. A cirurgia bariátrica também pode ajudar no controle do diabetes tipo 2 quando a doença está relacionada à obesidade.
A diabetes associa-se a mais complicações no fígado e maior resistência aos tratamentos; e quando associada a cirrose hepática alcoólica e infeção por vírus da hepatite B e C aumentam até 10 vezes o risco de hepatocarcinoma.
A secreção então acontece através da migração das vesículas armazenadoras de insulina em direção à membrana, seguida pela extrusão do conteúdo granular.
Já se a quantidade de insulina estiver insuficiente, irá ocorrer o acúmulo de glicose no sangue, causando a hiperglicemia, doença chamada diabetes mellitus. Nesse caso, faz-se necessária a administração de insulina sintética e controle da ingestão de alimentos ricos em carboidratos.
A molécula da insulina (C254H337N65O75S6) é formada por 2 cadeias polipeptídicas, sendo compostas por cadeias de 21 e 30 aminoácidos ligadas por pontes dissulfeto, cujo peso molecular é de 5.808.
Quando os estoques de glicogênios estão completos, a insulina faz com que o açúcar excedente na corrente sanguínea seja armazenado como forma de gordura, para ser utilizado posteriormente como combustível. Logo, a culpa pelo ganho de peso não é da insulina e, sim, de uma alimentação inadequado e da falta de atividade físico. O "efeito negativo" da substância no organismo é só uma consequência de hábitos ruins.
A secreção da insulina começa com o reconhecimento da glicose pela célula β pancreática. A glicose é então transportada para dentro da célula pela proteína carregadora de glicose GLUT 2, onde é metabolizada.
A ação da insulina na célula inicia-se pela sua ligação ao receptor de membrana plasmática, ligação que ocorre com alta especificidade e afinidade, provocando mudanças conformacionais que desencadeiam reações modificadoras do metabolismo da célula-alvo, constituindo assim uma resposta celular.
Os valores de referência de insulina dependem do cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal), que avalia o peso em relação à altura do indivíduo, sendo:
A autofosforilação do receptor, induzida pela insulina, resulta na fosforilação de substratos protéicos intracelulares, como o substrato-1 do receptor de insulina (IRS-1). O IRS-1 fosforilado associa-se a domínios SH2 e SH3 da enzima PI 3-quinase, transmitindo, desta maneira, o sinal insulínico.
Além do diabetes, é possível que a pessoa também desenvolva hipertensão, dislipidemias (níveis altos de colesterol e triglicerídeos no sangue), esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado), síndrome do ovário policístico, obesidade, alguns tipos de câncer (como o câncer de próstata), doenças cardiovasculares e respiratórias, entre outras.
A insulina é produzida pelo pâncreas e é responsável pela manutenção do metabolismo da glicose e a falta desse hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, conseqüentemente, diabetes.
A insulina estimula o acúmulo de glicogênio através do aumento do transporte de glicose no músculo e síntese de glicogênio em fígado e músculo, através da defosforilação da enzima glicogênio sintetase.
A ação da insulina é antagônica à ação do glucagon. Entretanto, quando os níveis de glicose caem, entra em ação o glucagon, que garante a liberação da glicose que está armazenada no corpo. A insulina garante a redução dos níveis de glicose, enquanto o glucagon garante o aumento de glicose no organismo.
Como aplicar a insulina
A insulina humana (NPH e Regular) utilizada no tratamento de diabetes atualmente é desenvolvida em laboratório, a partir da tecnologia de DNA recombinante. A insulina chamada de 'regular' é idêntica à humana na sua estrutura.
Menor rejeição Esse método representou mais uma conquista no tratamento do diabetes, principalmente porque a molécula dessa insulina é mais parecida com a produzida pelo organismo, oferecendo um índice de rejeição bem menor que as insulinas de origem animal e a redução dos efeitos colaterais.