As ciclinas desencadeiam os eventos do ciclo celular associando-se a uma família de enzimas chamada quinases dependentes de ciclinas (Cdks). Uma Cdk sozinha fica inativa, mas a ligação com uma ciclina a ativa, tornando-a uma enzima funcional e permitindo que ela modifique proteínas alvo dentro da célula.
A fase G0 (G-zero) é a fase do ciclo celular onde a célula permanece indefinidamente na interfase. Geralmente, células altamente especializadas como as células nervosas, encontram-se em G0. Dependendo do tipo de célula, pode acontecer uma estimulação e o retorno do ciclo celular.
A proteína p53 é parte dos mecanismos de checkpoint da célula. Quando ocorrem mutações no DNA, ela interage com o ciclo celular na tentativa de identificar eventuais erros e permitir que estes sejam reparados.
Mediante uma situação de stress que determine lesão no DNA, ocorre a superexpressão da proteína p53 selvagem que atua em alvos específicos e por mecanismos de transativação gênica ativa outros genes determinando a parada do ciclo celular no início da fase G1 e o reparo do DNA.
Como 50% dos cânceres têm mutações pontuais missense (de sentido errado) no gene p53, estas mutações comprometem os seus efeitos indutores de genes anti-cancerígenos. Restaurar sua função seria um passo importante na cura de muitos tipos de câncer (Vogelstein et al 2000).
Sendo assim, as células cancerosas apresentam quatro características que as distinguem das células normais: proliferação descontrolada, diferenciação e perda de função, poder de invasão e capacidade de sofrer metástases.
O câncer surge a partir de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados proto-oncogenes, que a princípio são inativos em células normais.
Nas células cancerígenas ocorrem anomalias durante o ciclo celular. A mitose perde o seu controle crescendo cada vez mais originando um tumor. Esse crescimento descontrolado decorre da ativação de proto-oncogenes. Ou seja, genes normais que se tornam um oncogene devido a uma mutação ou ao aumento de expressão gênica.
Metástase tem cura? Sim. Se for encontrada em seu início, a metástase pode passar por terapia sistêmica, como quimioterapia, hormonioterapia, terapia-alvo ou terapia biológica e, assim, ter cura.