Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/03/2022, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
Nesse estágio, o câncer já avançou sobre o útero, tuba e tecidos de órgãos como bexiga e reto. A chance de sobrevivência nesse caso é de 70% a 78%.
1. American Cancer Society: Key Statistics for Ovarian Cancer. Acessado em 21/06/22.
Quando está em estágio lll, significa que a doença já se disseminou pelo útero, pelos linfonodos e em órgãos como fígado e baço. Quando diagnosticada nessa fase, a taxa de sobrevivência fica em torno de 40% a 60%.
Os ginecologistas farão o exame ginecológico completo, que inclui a palpação do abdome que ajuda a identificar alguma área endurecida, tumor na pelve, inchaço local e a típica ascite, ou seja, o acúmulo de líquido no abdome.
O câncer de ovário é mais frequente em mulheres com idade entre os 50 e os 70 anos, no entanto pode surgir em qualquer idade, especialmente em mulheres que engravidaram após os 35 anos, fizeram uso de remédios hormonais para aumentar a fertilidade ou que têm histórico na família de câncer de ovário ou de mama.
No caso de massas de aparência benigna na ultrassonografia, repete-se este exame em 6 semanas e então a cada 3 a 6 meses até confirmar que nenhuma característica maligna está se desenvolvendo. Entre as massas benignas que aparecem, incluem-se teratomas císticos benignos (cistos dermoides), cistos foliculares e endometriomas. Massas indeterminadas podem exigir cirurgia exploratória e salpingo-ooforectomia unilateral para confirmar a histologia.
Não. O HPV está ligado ao desenvolvimento de câncer de colo do útero.
O estadiamento do câncer de ovário, meio de classificar o grau de extensão do tumor, é feito com base no que é encontrado na cirurgia de ressecção do ovário, a não ser que estejam presentes metástases à distância (espalhando para outros órgãos), quando são observadas em exames de imagem.
Enzimas PARP (poliadenosina difosfato-ribose polimerase) são essenciais para a reparação de rupturas de cadeia simples no DNA. A inibição das enzimas PARP leva a rupturas persistentes de fita simples, que causam acúmulo de rupturas de fita dupla durante a replicação do DNA e, com o tempo, levam à morte das células tumorais.
Cânceres de ovário em estágio inicial são tratados por meio de cirurgia combinada com radioterapia ou quimioterapia, a depender das condições clínicas gerais de cada paciente, e quando houve mudança no estágio após a cirurgia, isto é, descobriu-se na cirurgia que o tumor estava mais avançado do que os exames mostravam.
Embora até o momento não se saiba exatamente por que isso acontece, os cientistas já identificaram fatores que se relacionam e aumentam as chances de ter um câncer ovariano Confira:
Medição do marcador tumoral sanguíneo CA 125 (80% das mulheres com câncer de ovário apresentam CA 125 elevado) e ultrassonografia pélvica são dois exames fundamentais para estabelecer o diagnóstico da doença. A laparoscopia exploratória seguida de biópsia do tumor, além de úteis para confirmar o diagnóstico, permitem observar se há comprometimento de outras regiões e órgãos.
Exceção feita às mulheres portadoras de câncer de baixo grau em estágio inicial, as pacientes devem ser submetidas à quimioterapia após a cirurgia. Elas podem contar com vários regimes disponíveis, como a combinação de cisplatina ou carboplatina com paclitaxel, que oferecem taxas de resposta clínica de até 70%.
Dadas as suas características, eles são classificados em dois grande grupos —os epiteliais e os não epiteliais. "O mais frequente deles começa nas células do tecido que reveste o ovário, chamadas de epiteliais. Os cânceres, ou carcinomas epiteliais, representam 95% das neoplasias (tumores) ovarianas", diz.
Com difícil diagnóstico, o câncer de ovário não possui uma causa aparente e pode se manifestar em qualquer idade, mas atinge principalmente mulheres acima de 50 anos. Apesar da elevada taxa de letalidade, há diversas formas de tratamento para a doença. A escolha do tratamento vai depender do estágio da doença, da idade da paciente, tipo de tumor e do estadiamento.
Câncer de ovário é o câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o mais letal. Sua incidência está associada a fatores genéticos, hormonais e ambientais. A história familiar é o fator de risco isolado mais importante (cerca de 10% dos casos). O tumor pode acometer a mulher em qualquer idade, mas é mais frequente depois dos 40 anos.
O tratamento para câncer de ovário deve ser orientado pelo ginecologista e oncologista de acordo com o grau de desenvolvimento do tumor, saúde geral da mulher e idade, tendo como objetivo principal a eliminação da maior quantidade de células cancerígenas possíveis para que seja possível evitar o espalhamento do câncer e, assim, promover a cura.
Se existe a suspeita de câncer em estádio inicial, o estadiamento pode ser feito por laparoscopia ou cirurgia laparoscópica auxiliada por robô. Caso contrário, uma incisão na linha média abdominal, que permite um acesso adequado à parte superior, é necessária.
Para certos pacientes com maior risco de recorrência (p. ex., aqueles com derrames pleurais ou ascite e sem mutação BRCA), adicionar bevacizumabe à quimioterapia e continuá-la como terapia de manutenção é uma opção.
(Ver também National Comprehensive Cancer Network (NCCN): NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology: Ovarian Cancer.)
Triagem eficaz não está disponível para mulheres de risco médio; triagem para mulheres de alto risco (p. ex., portadores de mutações BRCA) com ultrassonografia e/ou CA 125.