O ambiente de trabalho tem se transformado. As relações de hierarquia e a formalidade que, há poucas décadas, eram comuns nas empresas, hoje têm sido substituídas, e o foco passa a estar em relações mais fluidas.
Existe um pouco de diplomacia aqui. Afinal, trabalhar a resolução de conflitos é importante desde a gestão de pessoas em uma empresa à condução de diálogos em zonas de guerra.
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Considerada uma das formas de resolução de conflitos mais interessante para resolver problemas institucionais — o que inclui empresas e organizações —, a auto composição tem três maneiras de ser aplicada:
Em seu livro Ideias Rebeldes, o autor Matthew Syedper passa por estudos da psicologia, antropologia e economia, para enfatizar o quão poderoso é congregar pontos de vista diversos, justamente porque eles estimulam a divergência. A consequência disso é uma amplitude de resultados muito mais potente, que gera soluções criativas na organização.
“Hoje, 30% dos crimes ocorrem por impulso, nas situações mais corriqueiras e de muito estresse, de forma impensada e violenta. Para esse tipo de situação, o melhor é contar até 10 e deixar a raiva passar, controlar a emoção. Esse tipo de conduta também é motivado pela falta de formação educacional e de valores, relacionados à convivência, que podemos chamar de sócio-morais. Então é importante que a família, que é o primeiro centro irradiador de valores, a escola e a sociedade trabalhem com esses valores, da solidariedade, da interconexão, de que não estamos sozinhos no mundo, da humildade, do perdão, da paciência, valores que levam a um controle emocional maior e que podem ser ensinados”, disse o membro do CNMP.
Se você tem filhos e já os pegou brigando por algo, pense nisto: simplesmente dizer a eles “Não briguem mais!” resolve o problema? Momentaneamente, você pode até apartar a briga, mas na primeira oportunidade eles vão se engalfinhar de novo.
Se os conflitos não são mitigados, as consequências podem ser mais extremas: pessoas muito boas optam por sair da empresa, porque se deparam como uma cultura deturpada; ou, ainda pior, o funcionário-problema se torna referência para quem quer crescer na empresa, e o comportamento dele passa a ser emulado.
Dessa forma, juntos, chegarão a um ponto de convergência. Assim, o mediador alcançará o objetivo, que é extrair o melhor de todos os envolvidos e alcançar uma solução permanente.
A organização não pode ficar refém de um funcionário-problema até que ele se encaixe, independentemente da entrega de resultados individuais, caso seus comportamentos sejam prejudiciais para a equipe.
Na impossibilidade de solucionar um conflito por causa da rigidez de um colaborador, é preciso avançar. Se ele tiver recebido feedbacks; se tiver passado por todo o processo interno de mediação e de resolução de conflitos; levado advertências, encare a possibilidade de demissão.
Adam Kahane é especialista em gestão estratégica e solução de conflitos, e atuou em uma grande multinacional petrolífera, mas também na Organização dos Estados Americanos (OEA).
Neste caso, se o líder se omite, acaba potencializando dois problemas: o primeiro deles é que a pessoa acha que está certa e vai cada vez mais conquistando espaço; o segundo é que quem está ao redor passa a acreditar que você, gestor, é conivente com tais comportamentos.
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Então, quando entrar para resolver um conflito, primeiro, busque entender os diferentes pontos de vista dos envolvidos. Se alguém tem o ponto de vista A, e o outro tem o ponto de vista B, o mediador deve entrar disposto a construir conexões.
Primeiro, há um exercício de alteridade. Nele, as pessoas reconhecem quem são suas antagonistas — não se colocando no lugar delas, mas entendendo as diferenças e as eventuais semelhanças entre si.
O poder de veto é exercido pelos cinco países-membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - China, Estados Unidos, França, Rússia e Reino Unido -, permitindo-lhes impedir as ações do conselho, independentemente do apoio internacional.
No entanto, por trás dessa estratégia — de defender o porte de armas —, está a necessidade, que é o real motivador de a pessoa comprar essa briga. Por trás de uma estratégia controversa pode residir uma necessidade bem mais simples e comum, consensual, como se sentir mais seguro ou não conviver com o medo.
Em um ambiente de conflito, a linguagem utilizada na mediação atenuará ou potencializará a crise. O gestor deve se atentar às linguagens verbal e não verbal usadas para gerir a situação e se posicionar de modo a mitigar o conflito, sem simplesmente oprimir as opiniões que estão sendo expressas.
Uma boa mediação envolve uma boa conversa sobre o livro lido, que vá para além do óbvio, do “literal” do texto, que estimule os participantes a falarem o que sentiram, o que pensaram, que chame a atenção para pontos fortes do livro, que visite novamente algumas páginas, releia trechos etc.
Ação de mostrar novamente as circunstâncias que estão ao redor de um fato, acontecimento, situação: durante o julgamento, o promotor fez uma recontextualização do crime.
Dicas para mediar a leitura
Para isso, o Mediador, conforme a necessidade das partes, pode recorrer as ferramentas disponíveis visando o avanço da Mediação....Ferramentas da Mediação
Quando usar a mediação? A mediação é o método mais indicado para situações nas quais os conflitos são mais profundos, emocionais e envolvem partes que tenham uma relação próxima e anterior aos fatos. Atua para ajudar a restaurar a confiança e o relacionamento.
A conciliação se mostra frequente em relações comerciais, e na área do consumidor, enquanto a mediação entre relações familiares, mas os dois institutos podem ser utilizados apenas quando se tratarem de direitos disponíveis.
A audiência de conciliação ou de mediação no limiar do processo é "novidade" trazida pelo CPC/2015 que visa a estimular a autocomposição em fase processual em que os ânimos ainda não estejam tão acirrados — porque ainda não apresentada a contestação pelo réu —, que ocorre não perante o juiz, mas, sim, perante ...