O exame VHS é um exame de sangue muito utilizado para detectar alguma inflamação ou infecção no organismo, podendo indicar desde um simples resfriado, infecções por bactérias, até doenças inflamatórias como uma artrite ou uma pancreatite aguda, por exemplo.
O exame é contraindicado, por exemplo, para rastreamento de doenças em pacientes assintomáticos ou com sintomas inespecíficos. O aumento do VHS pode ser um indicativo de uma série de condições e, ainda, seu aumento ou diminuição apresentam um caráter transitório.
O exame VHS é utilizado para identificar ou avaliar qualquer tipo de inflamação ou infecção do corpo, já que mede a velocidade da separação entre os glóbulos vermelhos e o plasma, que é a parte líquida do sangue, pela ação da gravidade. Assim, quando há um processo inflamatório na corrente sanguínea, são formadas proteínas que diminuem a viscosidade do sangue e aceleram a velocidade de hemossedimentação, provocando como resultado um VHS alto.
Alguns dos fatores que podemos atribuir à popularidade deste exame são sua simplicidade e baixo custo, além de ser um procedimento que há décadas está presente na rotina laboratorial.
Se seus resultados não estiverem no intervalo normal, isso não significa necessariamente que você apresenta alguma condição médica que exige tratamento. Uma VHS moderada pode indicar gravidez , menstruação ou anemia, em vez de uma doença inflamatória. Certos medicamentos e suplementos também podem afetar seus resultados. Isso inclui contraceptivos orais , aspirina, cortisona e vitamina A. Informe ao seu profissional de saúde quaisquer medicamentos ou suplementos que você esteja tomando.
Os valores de referência do exame VHS são diferentes para homens, mulheres ou crianças. Nos homens, o ideal é, em 1h, até 15 mm; em 2h, até 20 mm. Nas mulheres, o resultado ideal é, em 1h, até 20 mm, em 2h, até 25 mm. Nas crianças, o valor do exame de VHS deve ficar entre 3 - 13 mm.
A taxa de sedimentação de hemácias (ou eritrócitos) também serve para ajudar na detecção de outros tipos de inflamação, como por exemplo:
No caso, por exemplo, de identificação de infecções, a presença de febres e leucocitose são alterações para se ficar de olho, dado que se manifestam de forma mais precoce que o aumento de VHS.
Um profissional de saúde coletará uma amostra de sangue de uma veia do seu braço, usando uma pequena agulha. Após a inserção da agulha, uma pequena quantidade de sangue será coletada em um tubo de ensaio ou frasco. Você pode sentir uma pequena picada quando a agulha entra ou sai. Isso geralmente leva menos de cinco minutos.
Os processos inflamatórios no nosso corpo podem fazer com que as células se aglomerem mais facilmente. De fato, as proteínas inflamatórias reduzem a viscosidade do sangue – o que facilita a separação das hemácias e do plasma.
Portanto, ele faz uma medida indireta verificando o volume de plasma que “sobra” depois de todas as hemácias se depositarem no fundo do tubo de ensaio. O valor obtido representa a velocidade de separação entre os glóbulos vermelhos e o plasma do sangue.
Desta forma, o médico sempre deve ver o valor do exame VHS e analisá-lo de acordo com a história clínica da pessoa, pois nem sempre o seu resultado é compatível com a situação da saúde da pessoa avaliada. O médico também poderá utilizar exames mais novos e mais específicos, como o PCR, que costuma indicar de forma mais específica situações como infecção. Saiba o que é e como é feito o exame PCR.
Então, para realizar o teste, o laboratório deve coletar uma amostra de sangue venoso, sendo este em tubo anticoagulante, que será separada de 1 a 2 horas para deixar com que haja o processo de sedimentação das hemácias no fundo do recipiente. A metodologia pode variar de acordo com cada laboratório, alguns diluem o sangue em 4 partes e adicionam uma pipeta própria para o exame com marcação numérica (como uma régua).
Assim, após 1 hora ou 2 horas, esta deposição será medida, em milímetro, por isso o resultado é dado em mm/h. Para realizar o exame VHS, não é necessário nenhum preparo, e o jejum não é obrigatório.
Desta forma, o VHS é um exame muito sensível, pois consegue detectar facilmente uma inflamação, porém é pouco específico, ou seja, não é capaz de indicar qual o tipo, o local ou a gravidade da inflamação ou infecção que ocorre no corpo. Por isso, os níveis de VHS devem ser avaliados pelo médico, que irá identificar a causa de acordo com a avaliação clínica e a realização de outros exames, como o PCR, que também indica inflamação ou hemograma, por exemplo.
O exame de VHS mede a velocidade de separação entre os glóbulos vermelhos e o plasma pela ação da gravidade. Assim, quando há a formação de proteínas que diminuem a viscosidade do sangue, pode ser identificado um processo inflamatório, gerando VHS alto. Muito sensível, esse exame não consegue, porém, determinar o local ou gravidade da inflamação ou infecção.
Quando o exame de VHS aponta níveis baixos, geralmente não há alterações significativas. Entretanto, é fundamental saber que algumas condições alteram esse valor, dificultando a descoberta de inflamações ou infecções. São elas policitemia, leucocitose severa, uso de corticosteroides, hipofibrinogenia e esferocitose hereditária. Por isso, é importante a interpretação de um especialista e pedido de outros exames complementares, como o PCR.
Todavia, faz-se importante destacar que um VHS acima de 100mm/h mostra uma boa especificidade para certas doenças, sendo indicado na identificação, por exemplo, polimialgia reumática e artrite temporal.
Uma importante dica é que quando o fator reumatóide é fortemente positivo (acima de três vezes o valor normal), a maior chance é de se tratar de doença reumática autoimune, especialmente Artrite Reumatóide, Síndrome e Sjögren e Crioglobulinemia Mista.
A febre reumática, chamada popularmente de reumatismo no sangue, é uma doença que pode acometer as articulações, mas o seu quadro mais grave é o acometimento das válvulas cardíacas, motivo pelo qual essa doença é habitualmente tratada pelo cardiologista (leia: FEBRE REUMÁTICA – Sintomas e Tratamento).
A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica que geralmente afeta as pequenas articulações das mãos e dos pés. Ela interfere no revestimento dessas articulações, causando um inchaço doloroso que pode, eventualmente, resultar em erosão óssea e deformidade articular.
A causa da artrite reumatoide é desconhecida. É uma doença autoimune, o que significa que o sistema imunológico do corpo ataca os tecidos saudáveis por engano. Infecções, genes, mudanças hormonais e fatores ambientais, como o cigarro, podem estar relacionados com a doença.
Dieta para Artrite Reumatoide
A suplementação de vitamina D, nutriente que possui efeitos anti-inflamatórios, pode ajudar a prevenir e até mesmo impactar positivamente o tratamento de pacientes com artrite reumatoide, doença autoimune que causa inflamação crônica, geralmente nas articulações.
Pessoas com artrite reumatoide não podem comer carne de porco. MITO. Não há nenhuma prescrição específica que proíba o consumo de carne de porco. O que se recomenda é uma alimentação saudável, o que envolve a não ingestão de comidas gordurosas (gordura trans ou saturada).
A Páscoa chegou e com ela uma dúvida surge: quem tem doença reumática como a artrite reumatoide pode comer chocolate? Pode, mas com moderação. Comer chocolate aumenta os níveis de serotonina no nosso corpo, o que aumenta também a sensação de bem-estar.
1 – Alimentos inflamatórios: