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Para validar essa hipótese, seria necessário se avaliar a afinidade da ACE2 de ratos de bambu com a proteína S viral, realizar infecções experimentais, avaliar as manifestações clínicas e patológicas e testar a capacidade de transmissão viral entre indivíduos. Caso a suscetibilidade de infecção dessa espécie venha a ser comprovada, levantamentos metagenômicos poderiam estabelecer seu papel na transmissão do Sars-CoV-2 para humanos. Será que finalmente encontraremos o elo perdido que falta no quebra-cabeça da origem e transmissão do Sars-CoV-2?
O primeiro diagnóstico do Covid-19, no Brasil, ocorreu em fevereiro de 2020, em São Paulo, num homem recém-chegado da Itália. O diagnóstico foi realizado no Hospital Albert Einstein e a contraprova confirmada pelo Ministério da Saúde. Em tempo recorde – 48 horas – pesquisadores brasileiros conseguiram sequenciar o genoma desse novo coronavírus, conquista importante para obter informações sobre sua origem e o desenvolvimento de vacinas.
No Departamento de Bioquímica e Biologia Tecidual do IB-Unicamp, Mori tem se dedicado nos últimos anos a estudar a biologia do envelhecimento. Em seu projeto atual, o pesquisador investiga por que idosos e pessoas com doenças associadas ao envelhecimento são mais suscetíveis às complicações da COVID-19.
O tratamento para o Covid-19 é sintomático e de suporte, uma vez que ainda não existem medicamentos específicos nem vacina contra a doença.
No entanto, ainda não se sabe se a carga viral é mais elevada nessas células porque elas se tornam mais facilmente infectáveis quando expostas ao SARS-CoV-2 em cultura ou se a quantidade de vírus que entra é a mesma, mas o patógeno consegue se replicar mais. “Precisamos fazer novos experimentos e acompanhar a evolução da carga viral ao longo do tempo”, explica Mori.
Esses aspectos estão sendo investigados em parceria com o pesquisador Luiz Osório Silveira Leiria, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Peto (FMRP-USP). Leiria coordena um projeto – apoiado pela FAPESP – que tem como objetivo descobrir o papel de determinados lipídeos no controle da inflamação causada no organismo pelo SARS-CoV-2.
“Esse achado de que adipócitos senescentes apresentam maior carga viral aponta um possível link entre doenças metabólicas, envelhecimento e maior severidade da COVID-19”, avalia o pesquisador.
“Temos células adiposas espalhadas por todo o corpo e os obesos as têm em quantidade e tamanho ainda maior. Nossa hipótese é a de que o tecido adiposo serviria como um reservatório para o SARS-CoV-2. Com mais e maiores adipócitos, as pessoas obesas tenderiam a apresentar uma carga viral mais alta. No entanto, ainda precisamos confirmar se, após a replicação, o vírus consegue sair da célula de gordura viável para infectar outras células”, explica à Agência FAPESP Marcelo Mori professor do Instituto de Biologia (IB) e coordenador da investigação.
Ainda de acordo com Mori, o envelhecimento acelerado do adipócito induzido pela radiação UV mimetiza o que costuma ocorrer no tecido adiposo de indivíduos obesos e nos idosos.
Um estudo estimou o tempo do ancestral comum mais recente (TMRCA) para metade e o final de novembro de 2019. Outro grupo de pesquisa obteve um tempo parecido, entre 22 a 24 de novembro de 2019. Esse período em que um vírus ancestral de todos os isolados Sars-CoV-2 poderia ter surgido é próximo do dia primeiro de dezembro, data na qual o primeiro caso clínico com sintomas da covid-19 foi relatado.
O problema, segundo o pesquisador, é que tanto nos indivíduos obesos como nos idosos e nos portadores de doenças crônicas as células senescentes começam a se acumular no tecido adiposo, tornando-o disfuncional. Tal fato pode resultar no desenvolvimento ou no agravamento de distúrbios metabólicos.
Karina Toledo | Agência FAPESP – Experimentos conduzidos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) confirmam que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) pode ser capaz de infectar células adiposas humanas e de se manter em seu interior. Esse dado pode ajudar a entender por que indivíduos obesos correm mais risco de desenvolver a forma grave da COVID-19.
Outra descoberta interessante é a existência de uma inserção de uma sequência polibásica antecedida por uma prolina (resíduos PRRAR) na junção das porções S1 e S2 da proteína S. Essa região pode estar envolvida na clivagem por furina e outras proteases do hospedeiro e ter implicações na transmissibilidade do vírus e na definição da especificidade de seus hospedeiros. O sítio de clivagem é encontrado no Sars-CoV-2, mas não nos coronavírus de morcegos e pangolins.
São considerados grupos de maior risco para a Covid-19:
Nas comparações feitas in vitro, os pesquisadores da Unicamp observaram que o novo coronavírus infecta melhor os adipócitos do que, por exemplo, as células epiteliais do intestino ou do pulmão.
Em um artigo recente, pesquisadores chineses fizeram análises de modelagem estrutural e de interação entre o sítio RBD da proteína S e o receptor ACE2 e observaram que o hamster, dentre as diferentes espécies de animais de experimentação testadas, apresenta a maior afinidade entre as duas proteínas. Infecções experimentais reproduziram as principais manifestações clínicas e lesões da covid-19, validando seu uso como modelo de infecção experimental.
Por sua vez, devem ser encaminhados para atendimento médico-hospitalar nas UTIs os pacientes graves com insuficiência respiratória que necessitam de oxigênio suplementar, respiradores, e para os portadores de pneumonia e miocardite (inflamação no músculo cardíaco), sintoma que tem mostrado certa prevalência na atual pandemia.
No Departamento de Bioquímica e Biologia Tecidual do IB-Unicamp, Mori tem se dedicado nos últimos anos a estudar a biologia do envelhecimento. Em seu projeto atual, o pesquisador investiga por que idosos e pessoas com doenças associadas ao envelhecimento são mais suscetíveis às complicações da COVID-19.
“Esse achado de que adipócitos senescentes apresentam maior carga viral aponta um possível link entre doenças metabólicas, envelhecimento e maior severidade da COVID-19”, avalia o pesquisador.
Os experimentos com adipócitos humanos estão sendo conduzidos in vitro, com apoio da FAPESP, no Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (Leve). A unidade tem nível 3 de biossegurança, um dos mais altos, e é administrada por José Luiz Proença Módena, professor do IB e coordenador, ao lado de Mori, da força-tarefa criada pela Unicamp para enfrentar a pandemia (leia mais em agencia.fapesp.br/32861). Os resultados ainda são preliminares e não foram publicados.
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