Como Identificar Medicamentos Psicotrpicos?

Como identificar medicamentos psicotrpicos

Se você já ouviu falar em medicamentos psicotrópicos, provavelmente sabe que eles são usados para tratar transtornos mentais, como ansiedade, depressão, transtorno bipolar e esquizofrenia. Mas o que exatamente são esses medicamentos?

Quais são os psicofármacos?

Em Campinas, os psicotrópicos foram mais utilizados por mulheres, indivíduos de raça/cor da pele branca, com pior percepção da saúde, transtornos mentais comuns e problemas emocionais. É necessária uma atenção diferenciada para os subgrupos populacionais que referiram maior prevalência de uso de psicotrópicos, e para a desigualdade de raça/cor da pele na utilização de psicofármacos. Considerando-se que o uso desses medicamentos pode elevar os riscos de dependência e de intoxicações, além dos vários efeitos adversos, os achados apresentados contribuem para a avaliação do uso racional desse grupo de fármacos.

Os achados das análises de desigualdade racial nas prevalências de TMC, na busca por serviços de saúde para problemas emocionais/mentais e no uso de psicotrópicos contribuem para cobrir lacunas no conhecimento sobre o tema e para subsidiar o aprimoramento de políticas destinadas a reduzir as desigualdades raciais em saúde. As desigualdades raciais observadas na procura e no uso de serviços de saúde mental, bem como no tratamento medicamentoso, ressaltam a importância de ações e políticas públicas voltadas para a superação de barreiras ao acesso a cuidados em saúde mental que afetam, em especial, os segmentos socioeconomicamente desfavorecidos.

A automedicação é perigosa e pode resultar em enormes problemas e prejuízos à saúde. No caso de dúvidas, entre em contato com um (a) profissional da saúde.

Amostragem e coleta de dados

Amostragem e coleta de dados

Antes de tomar drogas psicotrópicas, certifique-se de compartilhar com seu médico quaisquer problemas médicos conhecidos, como doenças cardíacas, diabetes ou pressão alta, para garantir que a medicação não agrave essas condições preexistentes.

Foram considerados medicamentos psicotrópicos os inseridos nas seguintes classificações da ATC: antidepressivos (N06A), benzodiazepínicos (N03AE; N05BA; N05CD e N05CF), antiepilépticos (N03A) e outras classes compostas por analgésicos opioides (N02A), drogas anti-parkinsonianas (N04A e N04B), antipsicóticos, incluindo os estabilizadores de humor (N05A), psicoestimulantes (N06B) e drogas antidemência (N06D).

No Brasil, desde 2004, com a implementação da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, observa-se uma ampliação no acesso a medicamentos, buscando-se garantir seu uso racional.30 Medicamentos psicotrópicos são importantes para o tratamento do sofrimento humano; porém, seu uso não deve ser estrito e sim integrado a um cuidado mais amplo, com maior interface entre a farmacoterapia e a psicoterapia, para uma assistência mais efetiva. Dessa forma, faz-se mister destacar a importância dos problemas de saúde mental na atenção à saúde das populações, adotando-se medidas para minimizar a morbidade e ampliar o uso racional desse grupo de medicamentos na atenção primária à saúde.

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O estudo com idosos em Bambuí-MG, já citado, realizado sobre dados de 1997 (n=351) e 2012 (n=462), observou uma tendência de aumento no uso de antidepressivos, com maior proporção dos inibidores seletivos de serotonina.3 O abuso de prescrições de antidepressivos, como o cloridrato de fluoxetina, constitui um grave problema de Saúde Pública, especialmente entre os idosos.7 Trabalho sobre o tratamento de depressão no idoso aponta para o enfoque no uso do medicamento, a cura de males decorrentes de adversidades psicossociais, falta de suporte social e de acesso a serviços de saúde adequados para o tratamento desse transtorno na idade mais avançada.7 Particularmente, o tratamento de distúrbios depressivos deveria envolver medidas não medicamentosas e medicamentosas.6

Os principais erros cometidos durante a administração de medicamentos psicotrópicos estão associados a distrações ambientais, conhecimento insuficiente sobre farmacologia, erros provenientes da interpretação da escrita […]

Indicadores

Indicadores

A prevalência de uso de psicotrópicos nos idosos foi de 10,8%. Estudo transversal de base populacional, sobre dados do estudo ‘Saúde, Bem-estar e Envelhecimento’ com idosos de idade ≥65 anos, encontrou prevalência de uso de 12,2%.22 Entre os mais longevos (75 a 89 anos) residentes de Bambuí-MG, verificou-se tendência de aumento no uso de antidepressivos de 8,3% em 1997 para 23,6% em 2012.3

Para a obtenção dos participantes em cada domínio de idade, após atualização dos mapas dos setores sorteados e elaboração da listagem de endereços, foram selecionadas amostras independentes de domicílios. Com base na probabilidade dos moradores de cada grupo etário residirem no domicílio, conforme dados do Censo Demográfico de 2000, foram sorteados 2.150, 700 e 3.900 domicílios, respectivamente, para entrevistas com adolescentes, adultos e idosos. Nos domicílios sorteados, todos os moradores da faixa etária selecionada foram entrevistados. Realizaram-se até três visitas domiciliares para a localização dos participantes. Detalhes do plano de amostragem do inquérito ISACamp encontram-se disponíveis em: www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/plano de amostragem.pdf.

Os psicofármacos, também conhecidos como psicotrópicos, psicoterapêuticos ou psicoativos, são um grupo de medicamentos empregados no tratamento de condições que afetam a saúde mental, como transtorno de ansiedade, depressão, insônia e transtornos psicóticos (por exemplo, psicoses e esquizofrenia).

Como agem os psicofármacos?

Destaca-se que, em Campinas-SP, as prevalências de TMC, insônia, problema emocional e uso de serviços de saúde não apresentaram diferenças estatísticas significativas segundo a raça/cor da pele (dados não apresentados). Entretanto, para os indivíduos que referiram problema emocional, o maior percentual de procura de atendimento correspondeu ao segmento de brancos (dados não apresentados). Este achado pode explicar, ainda que parcialmente, a menor prevalência de uso desses fármacos observada entre pardos e negros. Por conseguinte, a menor prevalência de uso de psicotrópicos pode refletir menor proporção de diagnóstico de problemas de saúde de origem psíquica no subgrupo de negros e pardos. Estudos com metodologias distintas são necessários para identificar os motivos pelos quais os indivíduos não brancos, que referem problemas emocionais tanto quanto os brancos, procuram com menor frequência os serviços de saúde no município.

As investigações sobre o uso de psicotrópicos, com dados obtidos de pesquisa de base populacional, justificam-se pelo maior acesso da população aos medicamentos e seu crescente uso, pela possibilidade de caracterizar o uso não racional, e pela importância dos psicotrópicos em resgatar o potencial funcional dos indivíduos após a estabilização clínica da doença. No que se refere ao município paulista de Campinas, não foram encontrados estudos que estimem a prevalência do uso desses medicamentos no conjunto da população adulta e idosa.

Foi comprovado que os psicotrópicos ajudam pessoas com doenças mentais, incluindo borderline, ansiedade, transtorno bipolar, depressão e esquizofrenia.

Artigo

el estudio incluyó a 2.472 personas y la prevalencia de utilización de fármacos en los tres días anteriores fue 6,8% (IC95% 5,5;8,1); en análisis ajustadas observamos una asociación positiva entre uso y sexo femenino (OR=1,48; IC95% 1,01;2,18), peor salud percibida (OR=2,10; IC95% 1,13;3,89), trastorno mental común (OR=1,66; IC95% 1,09;2,51) y problemas emocionales (OR=8,04; IC95% 4,87;13,02); individuos negro/marrón mostraron menor uso (OR=0,58; IC95% 0,39;0,88); se destacaron antidepresivos (52,6%), ansiolíticos (28,1%) y antipsicóticos (17,0%).

O número de pessoas para compor a amostra do inquérito foi calculado considerando-se a situação correspondente à máxima variabilidade para a frequência dos eventos estudados (50%), nível de confiança de 95% (z = 1,96), erro amostral entre 4 e 5% e efeito de delineamento igual a 2, totalizando 1.000 indivíduos em cada grupo de idade: adolescentes (10 a 19 anos), adultos (20 a 59 anos) e idosos (60 anos e mais). Esperando-se uma taxa de 80% de resposta, corrigiu-se o tamanho da amostra para 1.250. Foram considerados os registros de dois domínios de idade: 20 a 59 e 60 anos e mais, para os quais foram sorteadas amostras independentes, que constituíram a população adulta (≥20 anos) (n=2.472).

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Os psicotrópicos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),1 são substâncias que agem no sistema nervoso central produzindo alterações de comportamento, humor e cognição. São substâncias químicas que atuam sobre a função psicológica e alteram o estado mental, incluídos os medicamentos com ações antidepressiva, alucinógena e/ou tranquilizante. O uso de psicotrópicos, especialmente os antidepressivos, tem aumentado consideravelmente, em função da melhora nos diagnósticos de transtornos psiquiátricos, do aparecimento de novos fármacos no mercado farmacêutico e das novas indicações terapêuticas de psicofármacos já existentes. Especificamente para os antidepressivos, além desses fatores, deve-se considerar o prolongamento do tratamento medicamentoso da depressão; no caso dos idosos, também da depressão na fase final de vida, em função de limitações físicas e sociais da idade.2,3

Leia também: Antidepressivo: qual é o melhor e o mais usado? E os novos?

A amostra do inquérito foi obtida por meio de amostragem probabilística, estratificada, por conglomerados e desenvolvida em dois estágios. No primeiro estágio, foram sorteados 70 setores censitários com probabilidade proporcional ao número de domicílios do setor. No segundo estágio, de cada um dos 70 setores, foram sorteados domicílios a partir das relações atualizadas dos endereços.

Serviços Personalizados

Serviços Personalizados

O objetivo do estudo foi investigar a existência de desigualdades raciais na prevalência de problemas emocionais, na busca por serviços de saúde e no uso de psicotrópicos. Trata-se de um estudo transversal de base populacional que utilizou dados do inquérito de saúde de Campinas (ISACamp) em 2014/15. Analisou-se 1.953 indivíduos com 20 anos ou mais de idade. Foram estimadas prevalências de transtorno mental comum (TMC), de relato de problemas emocionais, de insônia, de busca e uso de serviço de saúde e de uso de psicotrópicos segundo cor da pele autorreferida, tendo como categorias: brancos e pretos/pardos. Razões de prevalência foram estimadas com uso de regressão múltipla de “Poisson”. A prevalência de TMC foi mais elevada nos pretos/pardos em comparação aos brancos, mas não houve diferença entre eles quanto ao relato de problemas emocionais e de insônia. Verificou-se que os brancos procuraram mais os serviços de saúde por causa do problema emocional. O uso de psicotrópicos também foi superior nos brancos. Os resultados revelaram a presença de desigualdades raciais na presença de TMC, na procura de serviços de saúde e no uso de psicotrópicos, ressaltando a necessidade de ações que identifiquem e superem as barreiras que dificultam o acesso aos cuidados de saúde mental pelos diferentes segmentos raciais.

Uso de psicotrópicos (sim, não) e tipo de psicotrópico: A informação sobre o uso de psicotrópico foi obtida com o uso das seguintes perguntas: (1) O(a) Sr(a) usou algum medicamento nos últimos 15 dias? Frente a resposta positiva: (2) Quantos e quais foram os medicamentos usados?