Os videogames e gerações foram e são um marco pelo mundo quando se fala de entretenimento. Principalmente entre o público jovem, os consoles são uma forma de se divertir sozinho ou com os amigos. O PlayStation, por exemplo, foi e é um desses videogames de grande destaque no ramo, com formatos e jogos que marcaram a vida de milhões de pessoas.
Quem jogou os títulos anteriores certamente sentiu que esse Tekken trouxe muitas novidades. Em termos de modo de jogo, por exemplo, havia o Tekken Ball, em que os jogadores deveriam atacar uma bola de vôlei, sem deixá-la cair. No quesito diversão, era um dos jogos mais legais.
Esse custo era possível por uma abordagem que até então não era utilizada por nenhuma empresa de videogame: a de não buscar o lucro. Ao contrário do que era praticado, a Sony não lucrava nada com nenhum PlayStation vendido — na verdade, ela tinha até prejuízo. Isso quer dizer que cada console tinha um preço de custo para a Sony maior do que o valor pelo qual ela vendia o console, o que significava que a Sony estava “bancando” parte dos custos que, normalmente, seria repassado para os jogadores. Essa tática não foi criada à toa: a Sony estava pensando no longo prazo. Ao bancar parte dos custos, ela conseguia colocar no mercado um console com preço muito competitivo e que chamava a atenção de qualquer pessoa que quisesse comprar um videogame. Adquirindo ele, a pessoa seria então obrigada a comprar jogos para conseguir aproveitar o console, e é daí que a Sony tiraria o seu lucro: com mais videogames no mercado, mais jogos seriam comprados e, como a empresa recebe uma comissão por cada jogo vendido, maior seria seu lucro.
Foi um jogo conhecido também por sua narrativa e por apresentar personagens que se tornaram ícones da cultura geek e pop. Com tantos motivos, é justo que tenham anunciado o aguardo remake de Final Fantasy VII.
Uma terceira mudança de paradigma gerado pelo primeiro PlayStation também foi na própria forma como jogamos. Além de popularizar o uso de CDs, o PlayStation também popularizou o uso do Memory Card, acessório que era um cartão de memória que podia ser conectado e usado para salvar o progresso em qualquer jogo. Assim como um pendrive, esse acessório tornava os arquivos de save em um bem móvel e permitia que eles rodassem em qualquer videogame ou jogo, não necessitando ser a mesma mídia.
Essa é uma história que praticamente todo mundo que se interessa por videogames já ouviu falar em algum momento, mas é sempre bom relembrar: o PlayStation nunca existiria do jeito que o conhecemos se não fosse a Nintendo.
Isso porque o primeiro protótipo do console era uma parceria entre a Sony e a então maior fabricante de videogames do mundo, e a ideia original era que ele fosse o sucessor natural de 32 bits para o Super Nintendo (que era um videogame de 16 bits). Esses “bits” se referem à arquitetura do processador utilizado no console e até quais números ele consegue calcular. Por exemplo, um videogame de 8 bits (como o NES) consegue fazer naturalmente cálculos que apresentem um resultado final de até 256. Claro, ele ainda consegue calcular números maiores do que esse, mas ele necessita fazer mais de uma única operação para isso, o que torna a velocidade de resposta mais lenta.
Desde o sucesso do primeiro Final Fantasy, a franquia ganhou a fama de “vendedora de consoles”, ou seja, os jogos da saga eram daqueles que faziam as pessoas comprarem um videogame só para poder jogá-los. Foi assim durante todos os títulos da franquia lançados para o NES e para o Super Nintendo, e a esperança da Sony era de que isso não iria mudar com o lançamento para o PlayStation — e, realmente, não mudou. Final Fantasy VII — o primeiro jogo da Square lançado de forma exclusiva para o PlayStation — ainda é até hoje o game mais vendido de toda a franquia, tendo batido a marca de 11 milhões de unidades vendidas (considerando todos os relançamentos e versões para outros consoles que vieram posteriormente) e foi chamado pela própria Sony de “o jogo que vendeu o PlayStation”, já que as vendas do console deram um salto depois do lançamento do RPG da Square.
Quase sem querer, o primeiro console da Sony praticamente inaugurou toda a era moderna dos videogames, na qual a preocupação dos desenvolvedores é criar o jogo com o melhor gráfico e melhor jogabilidade possível, sem se preocupar com o tamanho dos arquivos, e em uma maior aproximação dos “jogos de PC” e dos “jogos de console”, praticamente acabando com as linhas que separavam ambos e permitindo que qualquer tipo de jogo rode e consiga ser controlado de forma fácil em qualquer tipo de aparelho, seja ele um PC gamer ou um console de mesa.
25 anos depois, o setor de videogames é o único que ainda dá lucros para a Sony, que hoje está no topo do mercado — e tudo isso graças ao primeiro Playstation, que não apenas superou todas as expectativas como também mudou para sempre a forma como pensamos sobre um videogame.
Há exatos 25 anos, no dia 3 de dezembro de 1994, a Sony lançava, sem muita pompa, seu primeiro console da videogame: o PlayStation. O aparelho era uma aposta da empresa japonesa para o mercado de videogames de mesa (aquele tipo que as pessoas adquirem para jogar em casa) e o slogan era “rumo a um milhão!”, já que a Sony acreditava que, se aquele aparelho vendesse um milhão de unidades em todo o mundo, já seria um sucesso.
Tamires Ferreira é jornalista formada pela Fiam-Faam e tem como experiência a produção em TV, sites e redes sociais, além de reportagens especiais. Atualmente é redatora de Hard News no Olhar Digital.
A narrativa muito bem construída, o protagonista humano e sem habilidades especiais e os sustos constantes fizeram desse jogo um dos grandes títulos do console. Certamente foi uma experiência bastante marcante para todos aqueles que puderam ver o nascimento dessa franquia.
Não podemos deixar de falar também de Psycho Mantis, o vilão máximo do primeiro Metal Gear. Ele ficou na memória dos jogadores por conversar direto com quem estava atrás do controle. Os títulos atuais da franquia são maravilhosos em tudo, porém devemos respeito eterno ao jogo que iniciou tudo.
Um dos maiores marcos do PS1 foi a inserção do Memory Card ao mercado. Como o próprio nome sugere, se tratava de um cartão de memória que permitia ao jogador salvar progressos dos jogos para continuar do ponto em que parou ao invés de recomeçar incontáveis vezes após eventuais fracassos.
Considerado durante muito tempo o melhor jogo de terror do PSOne, o primeiro Silent Hill ganhou o gosto do público pela sua narrativa e construção. Lançado em 1999, o game tinha uma característica única: o suspense. A névoa na tela, criada como disfarce às limitações gráficas do PlayStation, foi uma das características da franquia que acabou sendo uma das coisas mais assustadoras do jogo.