O princípio da beneficência refere-se à obrigação ética de maximizar o benefício e minimizar o prejuízo. O profissional deve ter a maior convicção e informação técnica possíveis que assegurem ser o ato médico benéfico ao paciente (ação que faz o bem).
Em 1979, Tom Beauchamp e James Childress apresentam, pela primeira vez, os quatro princípios bioéticos: Beneficência, Não Maleficência, Autonomia e Justiça. A autonomia é o único dos princípios bioéticos que não é contemplado no Juramento de Hipócrates, escrito no século V a.C.
Os princípios da bioética contribuem para os profissionais entenderem a importância de incentivar e proteger o direito a autonomia dos pacientes, respeitando os limites da beneficência, não maleficência e justiça. O cuidado na enfermagem tem como perspectiva promover a confiança e a mútua responsabilidade.
A Bioética ajuda a compreender quais são esses limites que devem ser considerados em pesquisas científicas e procedimentos médicos em áreas mais sensíveis. A pretensão da Bioética é facilitar que os procedimentos estejam de acordo com os valores éticos e morais mais cultivados em cada sociedade.
No ensino da Enfermagem, a ética faz parte do currículo como disciplina, com conteúdos que devem permitir a criação de espaços para a reflexão. A característica de fazer “parar para pensar”, objetivando fazer raciocinar adequadamente para conduzir com competência, comprometimento e responsabilidade a profissão.
Qual é a necessidade da ética na saúde? Nos tempos atuais, conhecer e aplicar a ética na saúde é fundamental, uma vez que a humanização nos mais variados campos é amplamente debatida e estimulada na sociedade. Enquanto o paciente de outrora aceitava as orientações sem contestação, o de hoje exige mais do profissional.
É fundamental a ética entre corpo clínico e entre os profissionais e pacientes, pois, sem ética as relações interpessoais no ambiente de trabalho deixam de ser saudáveis. Isso contribui para que os trabalhadores e os colaboradores não exerçam todo o seu potencial.
Tanto a ética quanto a moral são assuntos que devem ser trabalhados no ambiente escolar com o intuito de nortear o comportamento dos indivíduos na sociedade em que vivem. Por ser a escola a verdadeira formadora de cidadãos, cabe-lhe a tarefa de orientar o comportamento ético e moralista dos seus educandos.