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Para que seja respeitado o poder de escolha do consumidor, seguindo a orientação da RDC apresentada acima, na rotulagem de alimentos irradiados deverá constar a seguinte informação: “ALIMENTO TRATADO POR PROCESSO DE IRRADIAÇÃO”. E quando um produto irradiado for utilizado como ingrediente em outro alimento, como os condimentos, por exemplo, isso também deverá ser informado na lista de ingredientes, entre parênteses, após a especificação do ingrediente em questão.
São vários os tratamentos proporcionados pela irradiação. O uso de baixas doses (até 1 kGy) permite eliminar insetos, ovos e larvas (desinfestação), podendo prolongar em anos a vida útil de grãos e farináceos na condição em que são irradiados (se processados nas embalagens plásticas utilizadas no varejo). Essa aplicação é também uma eficaz alternativa ao perigoso uso da fumigação com brometo de metila.
A atual legislação brasileira autoriza o uso do tratamento para qualquer alimento, de acordo com as normas de boas práticas aplicáveis, não estabelecendo limites quantitativos, "desde que a dose mínima absorvida (quantidade de energia absorvida por unidade de massa) seja suficiente para alcançar a finalidade pretendida; e a máxima seja inferior àquela que comprometeria as propriedades funcionais e/ou os atributos sensoriais do alimento".
Dependendo da dose aplicada, os alimentos podem ser tratados para redução da microbiota, eliminação de patógenos ou mesmo esterilização completa, conforme ilustra adiante a tabela de classificação da dose de irradiação.
Em relação ao público consumidor, uma pesquisa realizada no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) demonstra que, no geral, os entrevistados não sabiam a diferença entre "alimentos irradiados" e "alimentos contaminados" e confundiam “alimento irradiado” com “alimento radioativo”. É preciso promover ações efetivas e eficazes para a comunicação com a sociedade.
Você já ouviu falar sobre irradiação de alimentos e sabe para que serve essa tecnologia? Não podemos negar que, na hora de fazer as compras, a aparência dos produtos (como frutas, verduras e legumes, por exemplo) ajuda a determinar, em grande parte, o que iremos comprar. Afinal, ninguém quer levar para casa um produto de aspecto não saudável, não é mesmo? É nesse ponto que entra a técnica da irradiação. Mas, afinal, qual o objetivo da irradiação de alimentos?
SBPR: A irradiação de alimentos é uma técnica para preservação e desinfestação de alimentos, submetidos a doses controladas de radiação ionizante para eliminação de insetos ou redução de microrganismos que contribuem para deterioração e comprometem a segurança do alimento. Podem ser utilizadas fontes de Cobalto-60, Césio-137, raios X e feixe de elétrons.
Exemplos de alimentos tratados com doses entre 2 e 7 kGy são: carnes bovina e suína, frangos, frutos do mar e crustáceos. Tais doses permitem descontaminar os produtos sujeitos ao ataque de vários tipos de agentes patogênicos (inclusive o vibrião da cólera); melhora a qualidade sanitária, reduzindo a microbiota deteriorante e viabiliza a armazenagem de peixes, sem escamar nem estripar, por mais de 30 dias sob refrigeração, sem a necessidade do uso do congelamento. Algumas bebidas também podem ser envelhecidas com o uso de doses intermediárias de irradiação. Alimentos crus, prontos para o consumo e minimamente processados constituem ótimos exemplos de candidatos ao tratamento por irradiação, visando à garantia da segurança alimentar.
A propaganda de produtos irradiados deve ser feita de forma bastante meticulosa e criteriosa. É necessário informar ao consumidor que o alimento tratado por irradiação não fica radioativo e que, em relação ao seu similar não irradiado, ele apresenta uma melhor qualidade sanitária e que por isso seu consumo é mais seguro. Além disso, em geral, pode ser ressaltado que o alimento continuará saboroso, nutritivo e apropriado para o consumo por um período significativamente mais longo.
Por fim, doses elevadas (iguais ou superiores a 10 kGy) são usadas na descontaminação de especiarias e condimentos, como por exemplo, a pimenta do reino, na esterilização de rações especiais para militares e pacientes imuno-deprimidos, ou no tratamento de rações animais. Esporos das bactérias Clostridiumbotulinum e Bacillus cereus podem ser completamente inativados pela aplicação de doses (12D10) iguais a 31 kGy e 46 kGy, respectivamente. Os astronautas da NASA, por exemplo, consomem refeições esterilizadas por radiação gama, as quais, mantidas em embalagens apropriadas, continuam frescas, saborosas e apropriadas para o consumo por um período de até cinco anos à temperatura ambiente.
Neste texto, iremos abordar o que é, qual o objetivo da irradiação de alimentos, como funciona um irradiador de alimentos e quais as vantagens e desvantagens da técnica. Continue lendo para saber mais!
A radurização é quando o alimento é exposto à baixas doses de radiação (até 1 kGy). Esse modelo é capaz de eliminar insetos, ovos e larvas, podendo prolongar em anos a vida útil de grãos e farináceos processados em embalagens plásticas, utilizadas no varejo.
A Figura 1 ilustra os efeitos da radiação gama em alimentos tratados no Centro Tecnológico do Exército (RJ) com um irradiador com fonte de césio-137, cuja atividade e taxa de dose atuais são respectivamente: 46 kCi (quilo Curie) e 1,8 kGy/h. Ela mostra a inibição do brotamento de batatas; o retardo de amadurecimento de mangas e a eliminação de fungos em tomates e laranjas.
Comparada a outros tratamentos, a tecnologia de irradiação no Brasil ainda é pouco usada e pouco divulgada. Contudo, seu uso é seguro e eficaz e apresenta-se como uma opção muito promissora para reduzir o desperdício e melhorar a saúde pública, pois aumenta a vida de prateleira dos produtos e ajuda no controle de surtos de doenças causadas por alimentos contaminados.
Esse método funciona com o intuito de conservação e redução na taxa de desperdícios. Os efeitos causados irão depender do tipo de alimento que recebe o tratamento e da dose de irradiação que é aplicada. Dentre esses efeitos, podemos citar:
A radapertização é o tratamento do alimento com doses elevadas de radiação (iguais ou superiores a 10 kGy). Esse processo é capaz de eliminar totalmente os micro-organismos que decompõem os alimentos, produzindo efeitos muito parecidos com os da esterilização. É útil na descontaminação de especiarias e condimentos (como a pimenta do reino, por exemplo), no tratamento de rações para animais e na esterilização de rações especiais para militares e pacientes imunodeprimidos.
Quanto a produtos irradiados no mercado, há muitos e são bastante comuns, como por exemplo o macarrão instantâneo (cujos temperos são irradiados). Este e outros produtos irradiados trazem essa informação na rotulagem, conforme exigência da Anvisa em sua RDC 21, de 26 de janeiro de 2001, que aprova o regulamento para a irradiação de alimentos.
Em relação a custos, uma reflexão: o público sabe que o Brasil investe em uso de agroquímicos e inseticidas que sabidamente deixam resíduos nos alimentos, promovem resistência dos insetos e microrganismos, liberam resíduos no meio ambiente, comprometem o equilíbrio ecológico e a saúde do trabalhador. E o custo dos agrotóxicos também é repassado ao consumidor! A irradiação de alimentos apresenta vantagem em todos esses quesitos, com a vantagem que, uma vez construídas as instalações, o custo desta técnica no longo prazo é bastante baixo, comparado ao tratamento com agroquímicos.
A irradiação de alimentos também favorece a expansão do comércio internacional ao viabilizar a exportação de mais produtos agropecuários, já que apresentam maior durabilidade durante o transporte.
Na preservação de alimentos, a irradiação tem se mostrado como uma ferramenta eficaz para aumentar significativamente a vida útil dos alimentos, reduzir perdas, garantir a segurança alimentar e aumentar a oferta do alimento ao consumidor.
Aproximadamente um terço da produção mundial de alimentos se perde antes de chegar à mesa do consumidor. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a diminuição da diferença entre a procura e a oferta de alimentos passa, necessariamente, pela redução de suas perdas. Além disso, o processo de globalização tem favorecido a propagação de doenças transmitidas por alimentos. Por conseguinte, tratamentos capazes de estender a vida útil e garantir a segurança de produtos alimentícios poderiam se constituir em valiosos auxiliares para minimizar tais problemas.
Na irradiação de alimentos, operadores devidamente treinados devem controlar e monitorar todo o processo. Nessa técnica, o alimento não entra em contato direto com o elemento radioativo. Na verdade, ele é exposto a uma fonte de radiação ionizante, normalmente beta ou gama, por um tempo controlado.
Além disso, mesmo doses da ordem de 0,1 kGy são capazes de inibir a ação de enzimas responsáveis por alguns processos fisiológicos, permitindo estender em vários meses o tempo de conservação de bulbos e tubérculos por inibição do brotamento; e de frutas (em algumas semanas), por retardo do amadurecimento (banana, mamão, manga, goiaba, melão etc).
Uma grande vantagem desta tecnologia é que pode ser realizada após o alimento já embalado, reduzindo significativamente o risco de recontaminação durante as fases de transporte, armazenamento e comércio dos produtos alimentícios.
Vantagem: Ela pode ser utilizada na Medicina(em tratamentos de queimaduras e câncer, por exemplo); na esterilizacão de material cirúrgico; na conservacão de alimentos; em cálculos sobre a densidade de certos materiais; na busca por petróleo; o custo-benefício do combustível - que evidencia o seu alto potencial ...
As principais vantagens da irradiação dos alimentos são: minimização dos microrganismos prejudiciais à saúde, a lenta maturação e germinação, permitindo assim prolongar a duração dos alimentos.
Não confunda ionização com excitação. A excitação não consiste na remoção do elétron do átomo, apenas na sua elevação a um nível energético maior (estado excitado), saindo, portanto, do nível fundamental. ... A radiação emitida dessa forma é chamada de radiação indiretamente ionizante.
Conjunto de atuações ou de operações com a finalidade de fazer o arrancamento completo de um órgão ou de um tumor ou de eliminar totalmente uma doença.
substantivo feminino Exclusão; ação de retirar algo e/ou alguém do conjunto: eliminação de participantes; eliminação de dívidas.
Segundo o National Pesticide Information Center, um pesticida é qualquer substância que se destina a prevenir, destruir, repelir ou mitigar qualquer "praga".
A erradicação da pobreza corresponde ao primeiro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) criados pela Organização das Nações Unidas (ONU) ... Seu princípio consiste em "reduzir pelo menos à metade, até 2030, a proporção de homens, mulheres e crianças que vivem na pobreza extrema, em todas as suas dimensões”.
O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza é comemorado em 17 de outubro. A data tem o objetivo de conscientizar a sociedade e os governos de todo o mundo sobre o elevado número de pessoas que ainda estão vivendo na extrema pobreza, expostos à miséria, fome crônica e violência.
Conceitos importantes mencionados na meta
Com baixos juros, as linhas de crédito do tipo microcrédito proporcionou aos pobres a aquisição de dinheiro para começar seu negócio, investir em atividades econômicas e contratação de pessoal, o que gerou lucro e a ascensão para além da linha da pobreza.
Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. ... Para alcançar este objetivo, é necessário promover práticas agrícolas sustentáveis, por meio do apoio à agricultura familiar, do acesso equitativo à terra, à tecnologia e ao mercado.
O objetivo do Programa Fome Zero é combater as causas estruturais da fome e da pobreza e ao mesmo tempo assegurar que haja comida na mesa de quem mais precisa. ... Por isso combater a fome é gerar empregos, aumentar a produção local de alimentos, dinamizar o comércio local e dar condições de cidadania às famílias.
O carro-chefe do Fome Zero é o Bolsa Família, um programa de transferência de renda. O benefício é constituído de uma parcela básica no valor de 50 reais e uma parcela variável no valor de 15 reais por beneficiário, até o limite de 45 reais.
No fim de janeiro de 2003, o governo federal lançou o programa Fome Zero, com o objetivo de integrar políticas emergenciais de combate à fome com políticas públicas estruturais. ... No PAA, o governo compra diretamente de produtores e cooperativas em larga escala, eliminando os atravessadores.
De acordo com José Graziano da Silva, principal coordenador deste programa e Ministro Extraordinário da Segurança Alimentar e Combate à Fome (MESA), o Programa Fome Zero tem como objetivo fornecer quantidade, qualidade e regularidade de alimentos a todos os brasileiros.