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Didática, pra que te quero? Refletindo o processo de ensinar e aprender matemática na escola pública. Por Josélia Gomes Neves www.partes.com.br/educacao/didatica.asp Diléia da Silva Brun[1] Josélia Gomes Neves Vaneska José Nunes da Silva Viviane Gomes RESUMO: Investigamos neste trabalho, as dificuldades de aprendizagem na disciplina de matemática de uma turma de 5ª Série […]
Voltando à sua vida como professor no ano de 1957, tem-se que Ubiratan ministrou aulas de Física em um curso Clássico no Colégio Nossa Senhora de Sion. Afirmou ter feito uso de uma metodologia de ensino diferenciada da que até então era utilizada, objetivando que os alunos se sentissem motivados nas aulas daquela disciplina:
O povo Tapirapé habita duas Terras Indígenas (TI), a TI Tapirapé/Karajá e a TI Urubu Branco. Ambas localizam-se na Região do Médio Araguaia, Mato Grosso. Atualmente, há um número aproximado de 700 índios da etnia Tapirapé habitando os dois Territórios. Há indícios dessa ocupação em documentos datados do início do Século XVI. Os ciclos cerimoniais Tapirapé são constituídos por vários ritua…
[...] juntamente com meu pai fui a um encontro do grupo da professora Marina Cintra. Eu era professor de uma grande escola e fazia minhas falas nesses encontros. E eu lembro que uma vez, o Sangiorgi comentou com o meu pai: ‘seu filho é muito sonhador, quando ele estiver firme em sala de aula as idéias dele não vão ser as mesmas, ele é muito sonhador’ (depoimento oral).
No ano de 1961, Ubiratan publicou o artigo: A álgebra moderna e a escola secundária, na revista Atualidades Pedagógicas, sobre um curso destinado aos professores do Estado de São Paulo, no ano de 1958, promovido pela CADES. A preocupação de Ubiratan era estreitar a distância existente entre os assuntos discutidos nas pesquisas acadêmicas e a escola básica, pois os professores de Matemática “estavam sempre na fronteira da pesquisa matemática” e ele “ficava inconformado de ver todas essas coisas não chegarem à escola” (depoimento oral).
Essa insistência de Ubiratan pela inovação do ensino da Matemática permaneceu. No ano de 1961, ele intermediou a visita do professor George Springer, da Universidade de Kansas em Rio Claro/SP, o qual proferiu uma conferência abordando sobre o Movimento da Matemática Moderna que já estava ocorrendo nos Estados Unidos.
Em 2001, em razão de suas contribuições nessa área, Ubiratan D’Ambrosio recebeu o Prêmio Kenneth O. May da Comissão Internacional de História da Matemática. Quatro anos mais tarde, em 2005, foi reconhecido por seus trabalhos no campo da educação matemática com a medalha Felix Klein, distinção da Comissão Internacional de Instrução Matemática.
Segundo Ubiratan, nesse mesmo período, Piaget estava estudando as estruturas mentais da criança, instituindo um diálogo que envolveu profissionais de várias áreas. Dentre eles, estavam matemáticos, psicólogos e pedagogos. Ainda sobre o artigo apresentado no congresso de 1957, Ubiratan afirmou que, se olhado hoje, depois que tudo aconteceu, parecia ser um trabalho de Matemática Moderna, pois mostrava as idéias que estavam por trás dessa nova matemática. Ele relatou que guarda ainda a lembrança da emoção que sentiu ao saber que seu artigo foi aceito no II Congresso de Ensino de Matemática “[...] o trabalho era distribuído aos participantes e alguém avaliava a aprovação [...] e foi aprovado. Era a proposta que eu queria. Que bacana ver isso cinquenta anos depois! Puxa vida!”(depoimento oral).
Este projeto tem por objetivo a realização de uma pesquisa bibliográfica e documental relativa ao pensamento e às concepções sobre Educação e Matemática de Luís Antônio Vemey (1713-1792), educador e pensador português do século XVHL, tal como consta em sua obra De Re Physica, publicada em Roma no ano de 1769. Vemey contribuiu com suas idéias para a reforma educacional do Marquês de Pombal…
Sob a orientação do Dr. Jaurès P. Cecconi, Ubiratan defendeu sua tese de doutorado intitulada Superfícies Generalizadas e Conjuntos de Perímetro Finito, no dia de seu aniversário, 08 de dezembro de 1963, na Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. Os professores Gilberto Loibel, Nelson Onuchic, Domingos Pisanelli, Abrão de Moraes e Cândido Lima da Silva Dias, todos da USP, fizeram parte da banca de defesa de sua tese.
Ubiratan abriu um parêntese para discorrer sobre o início de sua carreira docente no Colégio Visconde de Porto Seguro. Era o ano de 1953 e, embora ainda aluno do curso de Licenciatura, já portava um registro provisório para exercer o magistério. Ele disse que nesse colégio procurou ensinar, no curso ginasial, uma matemática nova, mais experimental, em harmonia com o que estava aprendendo na faculdade.
As aulas de Biologia eram ministradas pelo professor Dr. Tabor. Tratava-se de aulas experimentais em laboratório. Ubiratan confessou que “ficava no microscópio examinando as coisas, identificando os bichinhos” e sentia muito gosto em participar das aulas. Esse professor realizava viagens para a Indonésia, África, Américas, objetivando conhecer a natureza, revelando-se como um grande mestre e cientista.
Ubiratan permaneceu no cargo de Diretor do Instituto da UNICAMP até finais de 1980, quando retornou aos Estados Unidos, assumindo como Chefe da Unidade de Melhoramento de Sistemas Educativos da OEA, coordenando todos os programas de Educação da América Latina.
[...] expliquei tudo sobre a revista. O diretor me falou: ‘olha, eu não tenho possibilidade de dar para vocês o material, mas as máquinas e tudo isso, estará disponível’ . Então a gente precisaria comprar papel, e precisaria comprar uma coisa para a impressão que íamos fazer. Não podia ser tipográfica, porque lá não tinha tipografia. Existia só máquina de reprodução. Naquele tempo existia uma coisa chamada off-7, que a gente imprimia. O off-7 custava caro, mas os professores fizeram uma vaquinha e deram o dinheiro pra gente. Foi formidável. Você já pensou uma escola assim? (depoimento oral).
Do programa então vigente para o primeiro e segundo anos do curso ginasial constavam as disciplinas: História; Geografia; Latim; Francês; e Matemática, ministrada pelo professor Antônio Lellis Villas Boas. Havia ainda Desenho Geométrico, na qual eram realizados trabalhos manuais, inclusive a caligrafia, que despertou saudades durante o relato de Ubiratan: