Todas as sociedades possuem um conjunto de ideias e reflexões próprias sobre a origem do mundo, sobre como foram criados os seres e elementos: os humanos, os animais, as plantas, os rios, as paisagens, os astros, o céu, a terra etc.
Entre povos da família lingüística Jê, o cosmos é concebido como habitado por diferentes humanidades - a subterrânea, a terrestre, a subaquática e a celeste – que existem desde sempre. O tempo das origens é o da indiferenciação e da desordem, da convivência e da interpenetração daqueles domínios. Astros, como o Sol e a Lua, são gêmeos primordiais que vivem aventuras na terra e aqui deixam o seu legado, antes de partirem para sua morada eterna. Nos mitos Jê, há referências explícitas às atividades de subsistência e às práticas sociais de modo geral. Instituições sociais – a nomeação dos indivíduos, a guerra, o xamanismo... – têm no mito descritas as suas origens e exposta a sua essência.
Os mitos podem ser definidos como narrativas orais que contêm verdades consideradas fundamentais para um povo (ou grupo social). São histórias que contam como as coisas chegaram a ser o que são e como as divindades, os homens, os animais e as plantas se diferenciaram.
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Veremos referências mais concretas aos modos indígenas específicos de conceber o cosmos e de se situar nele. Segue a ilustração, feita aqui apenas como ponto de partida.
Um fenômeno curioso que ocorre na natureza, principalmente em pântanos, é o fogo fátuo, no qual os gases de materiais em decomposição podem provocar explosões de fogo. Dessa forma, a criação do boitatá pode ser uma lenda que explica o fogo fátuo.
Todos os dias a mãe chorava sobre o local e a terra era regada com suas lágrimas. Até que de repente um arbusto brotou no lugar onde Mani foi enterrada e a jovem pensou que talvez a filha estivesse querendo sair.
Os mitos são histórias sobre um passado bem distante que, ao mesmo tempo, dão sentido à vida no presente, pois explicam como o mundo, os seres e as coisas vieram a ser como são.
Na maioria das vezes, as histórias são muito complexas, isto é, de difícil compreensão para as crianças que ainda não dominam muitos conhecimentos. Os mais velhos, quando vão contar os mitos para as crianças, tornam a história mais acessível, com menos detalhes complicados. Assim elas entram em contato com assuntos importantes e, aos poucos, vão descobrindo e conhecendo a riqueza de sua cultura.
Os mitos falam sobre a vida social e o modo como ela é organizada e concebida em uma determinada sociedade. Não a espelham, simplesmente: problematizam-na, tornam-na objeto de questionamento e incitam a reflexão sobre as razões da ordem social. Podem – e, de fato, muitas vezes o fazem – terminar por reafirmá-la (Lévi-Strauss, 1976), mas isto não se dá de forma mecânica.
Para os índios, sem essas diferenças, não haveria nem troca nem cooperação. Elas são celebradas por meio do oferecimento de comida e bebida, e, às vezes, de cantos e objetos.
As lendas indígenas brasileiras fazem parte da rica cultura dos povos originários do nosso país. Transmitidas oralmente ao longo de gerações, constituem uma importante herança cultural.
Assim, Iara passou a viver junto com os peixes e passava o tempo entoando doces melodias com sua voz encantada. Os homens, atraídos pelo seu canto, são arrastados para o fundo do rio e morrem.
Existem temas comuns aos mitos dos ameríndios (povos indígenas que vivem em todo continente americano), pois durante milhares de anos, conviveram, realizaram trocas, compartilharam experiências e ideias e assim se criou um conjunto de características comuns.
A recorrência de assuntos, noções, figuras e imagens nas mitologias indígenas sul-americanas foram objeto da obra consagrada de Claude Lévi-Strauss, que revelou, por debaixo e através das variações locais, problemáticas comuns. O simbolismo prolífico e as imagens ricas e diversificadas dão concretude às noções abstratas, filosóficas, que expressam a visão indígena do mundo. Simetrias, inversões, valorações antagônicas que se alternam, homologias, alteração de ênfases... são mecanismos da lógica do mito e, nesta medida, da lógica do pensamento humano, ambos postos em movimento para propiciar a reflexão sobre oposições, tais como a de natureza/cultura; vida/morte; homem/mulher; particular/geral; identidade/alteridade. As mitologias e as cosmologias indígenas tratam, portanto, de temas com que se preocupam todos os homens, com menor ou maior grau de elaboração, expressão ou consciência. São temas, como se vê, que remetem à essência do que significa ser humano e estar no mundo. Por isto mesmo, apesar do estranhamento inicial trazido por signos desconhecidos - que carregam concepções inesperadas, articuladas a teorias cuja tradução escapa à primeira aproximação - a comunicação é possível e se dá não só na pesquisa e na divulgação, como também fascina e desafia.
Essa é uma lenda da região norte e possui também outras versões. Uma delas diz que a jovem foi na verdade atacada e violentada por um grupo de homens, que a atiraram no rio.
Um exemplo de objeto presente nos rituais indígenas é o chocalho, utilizado para cura e purificação. Hoje em dia, artefatos ritualísticos também são vendidos como artesanato.
Os Marubo cantam seus mitos para curar doenças e, para cada doença, existe um canto diferente. Os cantos podem ser curtos, durando apenas 20 minutos, ou muito longos, cantados ao longo de até três dias. Um tema comum nos cantos longos é aquele que fala sobre o surgimento das pessoas, dos animais, dos espíritos, enfim de como surgiu todo o universo.
Mas isso despertou a inveja de Jurupari, o deus das sombras. Planejando causar o mal, Jurupari se transformou em uma serpente e picou o garoto enquanto ele colhia frutos na mata.
Em muitas cosmologias, as relações entre humanos e os demais seres são pensadas através da idéia da predação, numa metáfora que simbólica e logicamente aproxima caça, guerra, sexo e comensalidade. Ainda no alto rio Negro, o xamã parece estar encarregado de garantir que fluxos e volumes de energia vital compartilhada por humanos e animais mantenham-se em níveis adequados. Exageros na matança de animais deflagrariam, como contrapartida, epidemias e malefícios entre os homens, provocados por espíritos protetores dos animais. Um equilíbrio vital nas lembranças e o convívio com a idéia da morte são experiências diárias na apreciação e na condução da vida.
Deram-lhe o nome de Mandi (ou Maní) e na tribo ela era adorada como uma divindade. Pouco tempo depois, a menina adoeceu e acabou falecendo, deixando todos amargurados. Mara sepultou a filha em sua oca, por não querer separar-se dela. Desconsolada, chorava todos os dias, de joelhos diante do local, deixando cair leite de seus seios na sepultura. Talvez assim sua filha voltasse à vida, pensava. Até que um dia surgiu uma fenda na terra de onde brotou um arbusto.
A mãe se surpreendeu. Talvez o corpo da filha desejasse dali sair. Resolveu então remover a terra, encontrando apenas raízes muito brancas, como Mandi (Maní), que, ao serem raspadas, exalavam um aroma agradável. Todos entenderam que criança havia vindo à Terra para ter seu corpo transformado no principal alimento indígena. O novo alimento recebeu o nome de Mandioca, pois Mandi (Maní) fora sepultada na oca.
Atlas (em grego: Άτλας), também chamado Atlante, na mitologia grega, é um dos titãs condenado por Zeus a sustentar os céus para sempre. Era casado com Pleione, com a qual teve sete filhas conhecidas como Plêiades, bem como sete filhas que eram ninfas, as hespérides.
A Titanomaquia, na mitologia grega, foi a guerra entre os titãs, liderados por Cronos, contra os deuses olímpicos, liderados por Zeus, que definiria o domínio do universo. Zeus conseguiu vencer Cronos após resgatar seus irmãos depois de uma luta que durou dez anos.
Cronos, o mais jovem, assumiu a liderança da luta contra Urano e, usando uma foice oferecida por Gaia, cortou seu pai em vários pedaços. Do sangue de Urano que caiu sobre a terra, nasceram os Gigantes, as Erínias e as Melíades.
Os deuses do Olimpo são: Zeus, Hera, Poseidon, Atena, Ares, Deméter, Apolo, Ártemis, Hefesto, Afrodite, Hermes e Dionísio. Eles viviam no monte Olimpo, o monte mais alto de toda Grécia. Ficavam no topo, acima das nuvens.