Professor de filosofia desde 2014 e nerd desde sempre. Tem como objetivo pessoal mostrar às pessoas que filosofia é importante e não é uma coisa chata. Gosta de falar dos temas filosóficos de forma descontraída e atual, fazendo muitas referências ao universo nerd.
Schopenhauer tinha uma visão bastante peculiar sobre a vida. Para ele, a existência humana era marcada pelo sofrimento e pela insatisfação constante. Ele acreditava que a vontade era o motor de todas as nossas ações, mas também a fonte de nossa angústia. Segundo ele, nunca estamos satisfeitos, sempre desejando algo que não temos.
Portanto, Arthur Schopenhauer defende também a solidão como um componente fundamental para a felicidade – não apenas estar só, mas em bastar a si mesmo. De qualquer modo, é também na solidão que se alcança a verdadeira liberdade.
Logo, a obra de Schopenhauer é rica e impactante. Para continuar se aprofundando nos estudos sobre a filosofia, sobretudo em um dos assuntos tradicionais que interessavam o autor, confira a matéria sobre ética e moral.
Por outro lado, Schopenhauer se tornou uma referência importante para muitos pensadores. Nietzsche descobriu as suas obras aos 21 anos, e ficou encantado com essa filosofia que criticava a metafísica e produzia reflexões sem um ser divino envolvido.
Justificativa: é bastante comum na tradição da filosofia ocidental a importância da reflexão sobre si, o controle das vontades ou das paixões, e a conquista de uma independência.
Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0).
Arthur Schopenhauer escreveu diversas obras ao longo de sua vida. Todavia, por muito tempo, não era reconhecido e suas aulas na universidade eram pouco frequentadas. Tardiamente, começou a ser notado. Veja a seguir algumas de suas obras:
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Para Schopenhauer, o sentido da vida não está em alcançar objetivos ou conquistar bens materiais. Ele acreditava que o verdadeiro sentido estava na negação da vontade, ou seja, na renúncia aos desejos e na busca pelo desapego. Segundo ele, somente assim poderíamos encontrar a paz interior e a verdadeira felicidade.
O filósofo argumentava que a compreensão da verdadeira natureza da realidade última, que é constituída pela vontade cega e insaciável, leva a uma compreensão da natureza humana e do sofrimento humano, o que por sua vez leva à compaixão e à moralidade.
Há um modo, porém, de prolongar um pouco esses momentos. A mesma consciência que percebe a dor de viver pode, pela arte, chegar às primeiras objetivações da Vontade, controlando-a. As verdades eternas revelam-se por meio da arte. Isso se dá em graus variados, que vão da arquitetura à música, passando por escultura, pintura, poesia lírica e poesia trágica. A música é o grau mais alto.
Ele acreditava que a arte é capaz de expressar a essência da realidade última, que ele chamou de “vontade”, de uma forma que é direta e imediata, sem a mediação das categorias conceituais que limitam nossa percepção do mundo.
Para Schopenhauer, a arte tinha um papel fundamental na vida humana. Ele acreditava que a contemplação estética nos permitia transcender a realidade e alcançar momentos de redenção. Através da arte, poderíamos nos conectar com algo maior e experimentar uma sensação de plenitude e harmonia.
Schopenhauer argumentava que a mente humana não pode apreender a realidade última diretamente, pois nossa percepção do mundo é limitada pelas categorias conceituais que usamos para interpretar os dados sensoriais.
Além disso, Schopenhauer foi contemporâneo de Hegel. Enquanto o pensamento hegeliano fazia sucesso na época, pois pregava um progresso dialético da história, Schopenhauer não. Assim, ele se tornou uma espécie de contraponto nas reflexões de seus tempos.
Ela também serviu de base para muitas das ideias de Schopenhauer sobre a vida, a morte, a arte e a moralidade.
Ele acreditava que a experiência estética, como a contemplação de uma obra de arte, era uma das poucas maneiras de escapar temporariamente do sofrimento da existência humana.
Além de O mundo como Vontade e representação, escreveu A quádrupla raiz da razão suficiente (1813), sua tese de doutorado, Sobre a visão e as cores (1816, influenciado por Johann Wolfgang Goethe), Sobre a Vontade na natureza (1836), Os dois problemas fundamentais da ética (1841), Parerga e Paralipomena (1851).
Kant também foi outra influência crucial para Schopenhauer. Nesse caso, o autor discorda da ideia kantiana de que as ações das pessoas sejam fundamentadas apenas na razão. Logo, a moral deve estar conectada com outros elementos da realidade além da racionalidade.