Onde Ocorre Aterosclerose?

Onde ocorre aterosclerose

A aterosclerose é uma doença crônica caracterizada por um grande processo inflamatório que acontece devido à acumulação de placas de gordura no interior dos vasos ao longo dos anos, o que acaba por resultar no bloqueio do fluxo sanguíneo e favorecer a ocorrência de complicações, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Sintomas da aterosclerose

O consumo frequente de alimentos ricos em gordura como bolos, biscoitos, alimentos industrializados ou processados, por exemplo, aumenta os níveis de colesterol ruim no sangue, que pode se acumular nas paredes das artérias, causando aterosclerose. O depósito de gordura no interior das artérias, com o passar do tempo, pode diminuir ou bloquear completamente a passagem de sangue, podendo causar AVC ou infarto.

A obstrução diminui a circulação sanguínea, causando desde dor e palidez, até dificuldade para correr ou caminhar por determinadas distâncias, de acordo com o grau de obstrução.

Os fármacos antiplaquetários orais são essenciais porque a maioria das complicações resulta de fissura ou ruptura da placa, ocasionando ativação plaquetária e trombose. As seguintes fármacos são utilizados:

Tratamento da aterosclerose

<strong>Tratamento da aterosclerose</strong>

Independente do tratamento recomendado pelo médico, é importante mudar os hábitos de vida, principalmente os relacionados à prática de atividade física e à alimentação para que diminua a quantidade de colesterol mau circulante e o risco de desenvolvimento da aterosclerose, sendo importante evitar ao máximo alimentos gordurosos. Confira no vídeo a seguir o que fazer para diminuir o colesterol:

Os medicamentos que podem ser recomendados pelo médico são capazes de melhorar o fluxo de sangue e, consequentemente, de oxigênio para o coração, regular os batimentos cardíacos e diminuir o colesterol. É importante que o tratamento para aterosclerose seja feito conforme a orientação do médico para evitar o surgimento de complicações, como infarto, AVC e insuficiência renal, por exemplo. Veja mais sobre o tratamento para aterosclerose.

1. Arnett DK, Blumenthal RS, Albert MA, et al: 2019 ACC/AHA Guideline on the Primary Prevention of Cardiovascular Disease: Executive Summary: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol 74:1376–1414, 2019.

Principais causas

Apolipoproteína (B) (apoB) é uma partícula com duas isoformas: apoB-100, que é sintetizada no fígado, e apoB-46, que é sintetizada no intestino. ApoB-100 é capaz de se ligar ao receptor de LDL e é responsável pelo transporte de colesterol. Também é responsável pelo transporte de fosfolipídios oxidados e tem propriedades pró-inflamatórias. Presume-se que a partícula de apoB dentro da parede arterial seja o evento inicial para o desenvolvimento de lesões ateroscleróticas.

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Além de lipidograma, glicemia plasmática e hemoglobina A1C de jejum, alguns médicos dosam os marcadores séricos de inflamação. Níveis de proteína C reativa de alta sensibilidade ≥ 3,1 mg/L (≥ 29,5 nmol/L) são altamente preditivos de eventos cardiovasculares.

Como ocorre a formação da placa aterosclerótica?

<strong>Como ocorre a formação da placa aterosclerótica?</strong>

A arteriosclerose de Mönckeberg afeta artérias de pequeno a médio porte. Ocorre o acúmulo de cálcio dentro das paredes das artérias, o que as torna rígidas, mas sem estreitamento. Esse distúrbio essencialmente inofensivo geralmente afeta homens e mulheres com mais de 50 anos.

O álcool aumenta o nível de colesterol HDL (colesterol bom) e também diminui o risco de coágulos de sangue e inflamação, além de ajudar a proteger o corpo contra os subprodutos da atividade celular. No entanto, um consumo de álcool superior ao moderado (mais de 14 doses por semana para homens e mais de nove doses por semana para mulheres) pode causar problemas de saúde significativos e aumentar o risco de morte. Pessoas que bebem grandes quantidades de álcool devem reduzir essas quantidades. As pessoas que não bebem álcool não devem começar.

As pessoas com artérias ateroscleróticas em um órgão muitas vezes têm aterosclerose em outras artérias. Portanto, quando os médicos descobrem um bloqueio aterosclerótico em uma artéria — por exemplo, na perna — eles costumam fazer testes para procurar bloqueios em outras artérias, como as do coração.

Tratamento para aterosclerose

Demonstrou-se que o etil icosapente, uma forma altamente purificada do ácido eicosapentaenoico, um dos principais ácidos graxos ômega-3, reduz os eventos cardiovasculares, o que também ocorre com o uso de estatinas, em pacientes com doença cardiovascular prévia e triglicerídeos elevados. O mecanismo parece multifatorial (p. ex., inflamação reduzida, reatividade plaquetária reduzida, efeitos antiaterogênicos diretos).

2. White J, Swedlow DI, Preiss D, et al: Association of lipid fractions with risks for coronary artery disease and diabetes. JAMA Cardiol 1: 692–699, 2016.

Prevenção

3. Pearson GJ, Thanassoulis G, Anderson TJ, et al: 2021 Canadian Cardiovascular Society Guidelines for the Management of Dyslipidemia for the Prevention of Cardiovascular Disease in Adults. Can J Cardiol 37:1129–1150, 2021.

A imunocintilografia é uma alternativa não invasiva que usa traçadores radioativos para localizar placas vulneráveis. Exame de imagem do tipo positron emission tomography (PET) da vasculatura é outra abordagem emergente para avaliar placa vulnerável.

Causas

Com o tempo, as células do músculo liso movem-se da camada intermediária para o revestimento da parede da artéria e se multiplicam nessa região. Materiais de tecido conjuntivo e elástico também se acumulam na região, como também podem se acumular detritos de células, cristais de colesterol e cálcio. Esse acúmulo de células carregadas de gordura, células do músculo liso e outros materiais formam um depósito irregular chamado ateroma ou placa aterosclerótica. À medida que crescem, algumas placas tornam as paredes das artérias mais espessas e invadem o canal da artéria. Essas placas podem limitar ou bloquear uma artéria, diminuindo ou interrompendo o fluxo sanguíneo. Outras placas não obstruem a artéria gravemente, mas podem se romper, provocando a formação de um coágulo de sangue que bloqueia a artéria repentinamente.

As gorduras podem ser líquidas ou sólidas em temperatura ambiente. Gorduras líquidas, como óleos e algumas margarinas, tendem a ter mais gorduras poli-insaturadas e monoinsaturadas. Gorduras sólidas, como manteiga e banha, tendem a ter mais gorduras saturadas e trans. As gorduras saturadas e trans são mais propensas a causarem aterosclerose. Assim, sempre que possível, as pessoas devem limitar a quantidade de gorduras saturadas e trans em sua dieta e escolher alimentos com gorduras monoinsaturadas ou poli-insaturadas, alternativamente. As gorduras saturadas e trans são encontradas em carnes vermelhas, muitos itens de alimentos processados ou tipo “fast food”, laticínios integrais (como queijo, manteiga e creme) e margarinas sólidas (em barra). Entretanto, a evidência referente aos perigos de gorduras trans naturais permanece incerta. As gorduras monoinsaturadas são encontradas no óleo de canola e azeite de oliva, margarinas líquidas sem gordura trans, nozes e azeitonas. As gorduras poli-insaturadas são encontradas em nozes, sementes, óleos e maionese.

Estudos epidemiológicos mostram que a aterosclerose incide com maior frequência e intensidade em indivíduos que têm fatores de risco. Os principais fatores de risco são: tabagismo, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, obesidade/sobrepeso, níveis elevados de colesterol e triglicerídeos, inatividade física e histórico familiar.