O ano de 2021 marcará três décadas da última vitória de Nelson Piquet na Fórmula 1. Famoso por saber ajustar carro como poucos e por fazer valer sua técnica e habilidade nas pistas, o tricampeão e piloto “raiz” é pouco lembrado entre os grandes nomes do automobilismo. Muito graças ao seu temperamento ácido, tão aguçado quanto sua habilidade ao volante.
Piquet era mais completo, Senna mais veloz. Piquet, mais mecânico. Senna, mais piloto. Piquet, mais estratégico e inteligente. Senna, mais emotivo e arrojado. Piquet, mais sincero. Senna, mais polido. Piquet, mais inovador. Senna, mais perfeccionista.
A verdade é que Piquet, ao contrário da esmagadora maioria dos pilotos da F1, nunca fez questão de fazer o tipo de bom moço. Mas nos brindou com momentos inesquecíveis nos 13 anos em que disputou a principal categoria do automobilismo internacional. Foram três títulos mundiais, 204 grandes prêmios disputados, 23 vitórias, 24 poles e 60 pódios.
Ô Mr. Gos’sosa! “Que seu comentário sirva para reflexão dos ‘conteúdos’ de Piquet e seus seguidores. No entanto, sabendo da “cultura inútil” dessa ‘turma’,me arrisco a dizer, que é óbvio que eles vão optar pela negatividade dos três filtros.
Rafael, entendo seu argumento e é saudável pensar assim enquanto brasileiro. Massageia o ego. Mas Senna teve sua trajetória interrompida (e no auge). Caso o acidente não fosse de tal fatalidade, provavelmente perderia o campeonato de 94 pro Schumacher (considerando já estar 30 x 0 pro alemão, difícil reverter, ainda mais com a B194 voando e a FW16 patinando com problemas de projeto). Mas, com a mais absoluta imaculada certeza Senna levaria 95, 96 e 97 com a Williams – onde acredito que se aposentaria, após o hexacampeonato e batendo o recorde de Fangio, sua meta. Então essa disputa/rivalidade sem sentido ‘Senna x Piquet’ não teria propósito de existir. Senna muuuuuito ridiculamente superlativamente mais piloto que Piquet. Não dá para comparar. Não é uma questão de sennista, é uma questão de realidade e consciência. Qualquer tentativa de argumentação para tentar colocar Piquet acima de Senna (ou mesmo no mesmo nível), cai no território do imaginário, da distorção de realidade, da ilusão. Fui Piquet em sua época, piquetista mesmo. Mas Senna não foi desse planeta. Quanto à sua última questão: qual o VALOR que a F1 entrega atualmente? Ainda que algum brasileiro consiga uma vaga num carro campeão (em posição de primeiro piloto)… ainda que venha a se sagrar campeão… no que a F1 atual se transformou… jamais terá o mesmo sabor das conquistas de nossos heróis da Era de Ouro.
Em 8 de agosto de 1982 Hockenheim foi palco de uma cena única – e bizarra – na F1: o dia em que um enraivecido Piquet desferiu socos, empurrões e pontapés em um adversário – detalhe, ainda de capacete. Tudo aconteceu depois que a Brabham do brasileiro foi tocada pelo ATS do chileno Eliseo Salazar e os dois saíram da pista. Piquet desceu do carro gesticulando muito e partiu para cima do chileno, que sequer esboçou reação.
Conheça os momentos brilhantes do piloto nas corridas e as críticas típicas nos boxes – e fora deles. Assista ao vídeo com alguns dos momentos marcantes da carreira de Piquet:
Piquet garantiu a terceira colocação no Mundial de Pilotos com essa e outra vitória magistral, na etapa anterior à Austrália, no Grande Prêmio do Japão. Na corrida que sagrou Senna bicampeão – depois que o brasileiro deu o troco em Prost e fechou o caminho para o francês logo na primeira curva -, Piquet foi o vencedor nesta que foi a última dobradinha brasileira da F1.
Promessa? Superstição? Que nada, o novo radiador queimou os pés de Piquet, que, mesmo assim, seguiu na corrida. Assim que estacionou o carro nos boxes, após cruzar a linha de chegada, teve de colocar os pés em um balde de gelo.
O mundo do automobilismo está em festa. Tricampeão mundial de Fórmula 1, Nelson Piquet completou 67 anos neste sábado, trazendo consigo, além da idade, muitas histórias para contar.
“Estou realmente ansioso para voltar a correr em um LMP2 no próximo ano”, disse Nelsinho. “Daniel e eu já corremos no Brasil, nos conhecemos bem, então estou animado para ter a chance de correr com ele mais uma vez. É bom ter um plano de longo prazo definido, e acho que isso nos permitirá ter um futuro realmente bem-sucedido nas corridas.”
Piquet chegou à última prova da Fórmula 1 em 1983 com o foco na vitória para garantir o título. Alain Prost (Renault) liderava o Mundial de Pilotos dois pontos à frente do brasileiro e seis a mais que o compatriota René Arnoux (Ferrari). Na derradeira corrida, nunca foi tão certeira a tática dele e da Brabham para assegurar o bicampeonato.
Na época os Estados Unidos sediava mais de um grande prêmio na temporada. Curiosamente, foi o primeiro e único GP do Oeste dos EUA, em Long Beach, no dia 30 de março de 1980, que serviu de palco para a primeira vitória de Nelson Piquet na categoria.
ABAIXO, COMEÇO DE UMA PROVA DA FÓRMULA VW-1600 EM INTERLAGOS. NELSON PIQUET, ALFREDO GUARANÁ MENEZES E MÁRIO "KEKO" PATI JR. TRAVAM UM GRANDE DUELO NO CIRCUITO PAULISTANO
“Em 1980 nós perdemos o campeonato na última corrida, no Canadá. Eu fiz a pole position, o Alan Jones me espremeu, tivemos que trocar de carro. Eu costumava tomar pílulas de sal para não desidratar, e quase no momento da segunda largada me deu vontade de fazer xixi. Acabei fazendo antes da largada mesmo.”
Sua última corrida foi nas Mil Milhas Brasileiras de 2006, em Interlagos, onde compartilhou a vitória no Aston Martin DBR9 com o filho Nelsinho, Hélio Castroneves e Christophe Bouchut. Hoje, Piquet brinca: "Quando parei de correr, vi como minhas férias eram boas!"
“É uma ótima notícia que conseguimos garantir nossa primeira formação de pilotos em 2023 e, com uma luta tão forte pelo campeonato pela frente, mal posso esperar para ver como Daniel, Andy e Nelson se sairão”, comentou Zak Brown.
Dito e feito. Piquet abriu bastante vantagem para fazer o primeiro pit-stop em Kyalami. Para completar, Prost abandonou a prova e aí bastava completar a corrida em quarto lugar para levantar o título. Piquet tirou o pé para poupar o carro, cruzou a linha de chegada em terceiro e celebrou o bicampeonato.