A PCR pode apresentar ritmos chocáveis (taquicardia ventricular sem pulso e fibrilação ventricular) e ritmos não chocáveis por desfibrilador (assistolia, atividade elétrica sem pulso).
Os ritmos chocáveis consistem em: Fibrilação Ventricular (FV) e Taquicardia Ventricular (TV) sem pulso.
Quando a fibrilação ventricular acontecer (caso de alteração abrupta das batidas do coração de forma rápida e desorganizada), a desfibrilação (choque elétrico) fornecida pelo desfibrilador será necessária para controlar a frequência dos batimentos do coração.
A fibrilação ventricular deve ser tratada com emergência extrema. A reanimação cardiopulmonar (RCP) deve ser iniciada o mais rápido possível. Uma desfibrilação (aplicação de choque elétrico no tórax) deve ocorrer tão logo um desfibrilador esteja disponível.
Existem cinco tipos principais de fibrilação atrial – diagnosticada pela primeira vez, paroxística, persistente, persistente de longa duração e permanente.
O flutter atrial típico é consequência de um grande circuito reentrante envolvendo quase todo o átrio direito. Os átrios despolarizam-se à frequência de 250 a 350/minuto (tipicamente 300 bpm).
O flutter atrial assim como a fibrilação são definidos como sendo padrões de descargas elétricas muito rápidas no coração que os batimentos cardíacos ficam menos eficientes e o bombeamento de sangue acontece em quantidades insuficientes o que resulta em hipotensão arterial.
CID10 - I49 - Outras Arritmias Cardíacas.
A arritmia cardíaca é uma condição caracterizada pela falta de ritmo nos batimentos do coração. Ela pode ser sintoma de algum problema (físico ou psicológico) para o organismo ou fruto de um desequilíbrio do próprio órgão.
A ablação por radiofrequência é o procedimento mais eficiente para o tratamento definitivo das arritmias cardíacas. É realizada através dos cateteres por veias e artérias, sem a necessidade de abertura do tórax.
Como vimos acima, um dos objetivos da ablação de Fibrilação Atrial é criar um isolamento elétrico permanente entre as veias pulmonares e o coração. Para que isso seja possível, vários pontos de cauterização (aplicação de RF) são feitos na região em que as veias pulmonares se juntam ao coração.
Cardioversão é a descarga elétrica sincronizada ao complexo QRS, evitando que o choque seja liberado em porções do ciclo de relativa refratariedade, evitando gerar uma fibrilação ventricular. Desfibrilação é a descarga sem sincronização, em qualquer momento do ciclo cardíaco.
É necessário anestesia geral breve ou analgesia IV e sedação. Devem estar presentes equipamento e pessoal para manter as vias respiratórias. Após a confirmação da sincronização ao complexo QRS no monitor, o choque é aplicado. O nível de energia mais apropriado varia de acordo com a taquiarritmia tratada.
A cardioversão elétrica é indicada nas situações de taquiarritmias como a fibrilação atrial (FA), flutter atrial, taquicardia paroxística supraventricular e taquicardias com complexo largo e com pulso.
Na cardioversão elétrica aplica-se uma dose terapêutica de corrente elétrica no coração num momento específico do ciclo cardíaco, o que reinicia a atividade do sistema de condução elétrica do coração. Na cardioversão química são usados medicamentos antiarrítmicos em vez de um choque elétrico.
Nesta perspectiva, a cardioversão é utilizada principalmente em fibrilações atriais e arritmias menos severas, enquanto a desfibrilação busca em grande parte reverter distúrbios graves como a taquicardia ventricular (TV) e a fibrilação ventricular (FV).
Um cuidado importante no momento da desfibrilação, é checar se o botão de sincronismo está DESATIVADO, pois como em situações de FV/TV não temos o registro de onda R e se o aparelho estiver programado para cardioverter, o choque não será administrado.