A Via-Sacra, também chamada Via Crucis, é o trajeto seguido por Jesus carregando a cruz, que vai do Pretório até o Calvário. O exercício da Via-Sacra, como também é chamada, consiste em que os fiéis percorram, mentalmente, a caminhada de Jesus a carregar a Cruz desde o Pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando simultaneamente à Paixão de Cristo. Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve origem na época das Cruzadas (do século XI ao século XIII): os fiéis que, então, percorriam, na Terra Santa, os lugares sagrados da Paixão de Cristo, quiseram reproduzir, no Ocidente, a peregrinação feita ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém.
“Com Ele, o mal, sofrimento, e morte não têm a última palavra, porque Ele oferece a nós esperança e vida: Ele transformou a Cruz de um instrumento de ódio, derrota e morte em um sinal de amor, vitória e vida”.
É dividida em 14 estações do momento em que Ele foi condenado ao sepultamento Dele. Esta devoção há muito é incentivada pela Igreja, e é especialmente útil durante a Quaresma e Sexta-Feira Santa.
São Paulo coloca isso melhor em sua carta aos Romanos, “Dificilmente haverá alguém que morra por um justo; pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.”, Romanos 5:7-8.
Note-se, de passagem, que os peregrinos da Terra Santa no fim da Idade Média davam certamente provas de extraordinário fervor, pois para satisfazer à sua piedade, deviam submeter-se não somente aos perigos mortais da viagem marítima (piratas e peste), mas também a duras humilhações e dificuldades que os muçulmanos ocupantes da Palestina lhes impunham. Tal fervor não podia deixar de provocar imitadores cada vez mais numerosos entre os cristãos que estavam impedidos de empreender a viagem à Terra Santa; estes deviam experimentar o vivo desejo de substituir a peregrinação local ao Oriente por algum exercício de piedade que pudesse ser realizado nas igrejas ou nos mosteiros mesmos do Ocidente. É a esse desejo crescente que se deve o ulterior desenvolvimento do exercício do Caminho da Cruz.
Conta-se, por exemplo, que a bem-aventurada Eustochium (+ 1491), pobre Clarissa de Messina, construiu no interior da clausura uma capelinha que lembrava a Natividade do Senhor, outra evocava a casa de sua Mãe Santíssima, e outras mais, que significavam respectivamente o monte das Oliveiras, o Cenáculo, as casas de Anás e Caifás, o pretório de Pilatos, o monte Calvário e, por fim, o Santo Sepulcro. Visitava diariamente esses monumentos e, “como se houvera assistido às cenas que eles representavam, contemplava com lágrimas a bondade do Celeste Esposo e todos os feitos deste na sua respectiva sucessão” (Wadding, Annales Minorum, ad na. 1491).
Após doze meses de tal regime, na tarde em que devia encerrar a peregrinação espiritual, a Irmã para a Igreja, onde entrou em oração diante do Santíssimo Sacramento, com as mãos erguidas; ficou nessa atitude até a manhã seguinte, quando a Irmã Sacristã, tendo aberto a igreja, resolveu avisá-la de que os fiéis iam entrar na igreja para assistir à S. Missa. Eis, porém que a “peregrina” estava morta, de joelhos, irradiando do seu semblante uma luminosidade extraordinária (…).
A história da Via Sacra data de volta para o século 4 quando cristãos foram permitidos a legalmente praticar sua fé no Império Romano após 250 anos de perseguição.
Alguns autores de fins do séc. XV, entre os quais Félix Fabri (1480), compraziam-se em afirmar que o itinerário então adotado, do Calvário ao monte das Oliveiras, era aquele mesmo que a Virgem Santíssima costumava percorrer, recordando outrora os episódios da Paixão de seu Divino Filho; tal asserção, porém, era sugerida apenas pela devoção, carecendo de fundamento na realidade histórica.
A Via Sacra é praticada nas Igrejas na Sexta-feira Santa, mas pode ser feita por qualquer cristão no momento que sentir ser o mais apropriado para si. É uma reflexão individual, de encontro com Nosso Senhor, uma peregrinação mental que cada cristão pode e deve fazer.
Aquela paz, que é o bem supremo da ordem humana, aquela paz que é tão mais desejável quanto mais o mundo evolui para uma forma de vida interdependente e comunitária, de forma que uma ruptura da paz em determinado ponto, repercute em todo o sistema organizacional das nações; aquela paz, portanto, que se torna cada vez mais necessária e obrigatória; aquela paz - infelizmente - que os esforços humanos, mesmo os mais nobres e dignos de aplausos e solidariedade, dificilmente são capazes de proteger em sua integridade e a sustentar por outros meios que não os do medo e do interesse temporal. A paz de Cristo chove do alto; isto é, projeta sobre a terra e entre os homens,motivos e sentimentos originais e prodigiosos .
2. A tendência a “reproduzir” se acentuou por efeito das Cruzadas (séc. XI/XIII), que proporcionaram a muitos féis o ensejo de conhecer os lugares santos e de se nutrir da espiritualidade dos mesmos. Então, principalmente nos mosteiros, se foram erguendo capelas ou monumentos que recordavam os diversos santuários da Terra Santa e eram objeto de “peregrinação” espiritual dos monges e das monjas que não podiam viajar em demanda do Oriente.
Quantas pessoas estavam com Jesus no caminho para Calvário: Pilatos, Simão de Cirene, Maria, as mulheres? Por vezes, as pessoas podem ser como Pilatos, que não teve a coragem de ir contra a maré para salvar a vida de Jesus, e ao invés, lavou as mãos…
A origem desta prática é muito antiga: conta-se que, após a morte de Jesus, Nossa Senhora percorria, como forma de consolar o seu coração de Mãe, os lugares por onde o seu Filho havia passado até ao Calvário. Os fiéis passaram, então, a imitá-la, e há registos de que já no século IV os cristãos se deslocavam à Terra Santa para revisitar os lugares da Paixão de Jesus.
O fervor levou os fiéis a percorrerem o caminho doloroso do Senhor Jesus na ordem dos episódios da história da Paixão de Cristo. A narrativa da peregrinação do sacerdote inglês Richard Torkington, em 1517, mostra que, no início do século XVI, já se seguia a Via dolorosa do Senhor na ordem dos acontecimentos. Isso possibilitava aos fiéis a reviverem, mais intensa e fervorosamente, as etapas dolorosas da Paixão.
José de Arimateia, um dos discípulos de Jesus, pedira a Pilatos que permitisse retirar o corpo de Jesus da Cruz, para ser sepultado segundo os costumes dos judeus. Como era nobre e tinha uma boa influência junto de Pôncio Pilatos, José de Arimateia conseguiu que ele concordasse. Jesus foi, assim, retirado da Cruz, e o seu corpo desfalecido foi entregue nos braços de sua Mãe, Maria. José de Arimateia e Nicodemos, um membro do Sinédrio (a assembleia de juízes judeus) que Jesus convertera, envolveram o corpo de Jesus com panos embebidos numa mistura de mirra com aloes, como era costume fazer.
7. Tais afirmações talvez suscitem perplexidade em um ou outro dos fiéis cristãos. A perplexidade, porém, se dissipará sem demora após uma reflexão serena sobre o assunto.
Cada dia daquela peregrinação era acompanhada de um tema de meditação e exercícios de piedade. Em 1584, Adrichomius retomou o itinerário espiritual de Jan Pascha e lhe deu a forma que tem a Via-Sacra como a conhecemos hoje, ou seja, o caminho da Cruz de Cristo acontece a partir do pretório de Pilatos, onde Jesus foi condenado à morte, num total de 14 estações, até o Calvário, onde morre o Crucificado.
O fato causou profunda impressão nos fiéis da localidade, que mais tarde disseram ter obtido graças milagrosas por intercessão da santa Religiosa … (cf. Frei Bernardo de Brito, Primeira Parte da Chronica de Cister, I. VI c. XXXIV fol. 463, Lisboa 1602)
A Via Sacra é no fundo um exercício de reflexão, que consiste em percorrer mentalmente o trajeto que Jesus percorreu, carregando a cruz, do Pretório até ao Calvário, ao longo de 14 estações, que representam cenas da Paixão de Cristo.
O exercício da Via Sacra, consiste na prática devocional religiosa na qual os fiéis percorrem, mentalmente e por via de orações próprias, o percurso de Jesus a carregar a Cruz desde o Pretório de Pôncio Pilatos até ao Monte Calvário, meditando simultaneamente na Paixão de Cristo.
O conjunto de quadro via sacra (15 quadros) em seu tamanho 16x21 cm é rico em detalhes.
No total são 600 metros de percurso entre a primeira e última estação, sempre pela rua de nome Via Dolorosa. O trajeto total só pode ser percorrido a pé. Veja todos os passos da Via Sacra na Cidade Velha de Jerusalém. 1ª – Jesus é condenado.
Os cristãos tradicionalmente entendem a morte de Jesus na cruz como sendo um sacrifício proposital e consciente (dado que Jesus não tentou se defender em seus julgamentos), realizado por ele na figura de "agente de Deus" para redimir os pecados da humanidade e tornar a salvação possível.
– Com os braços estendidos, mas não tensos, os pulsos eram cravados na cruz. Desta forma, os pregos de aproximadamente 12,5 centímetros eram provavelmente postos entre o rádio e os metacarpianos, ou entre as duas fileiras de ossos carpianos.
Naquele tempo, perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena.
África
Santa Verônica ou Berenice, de acordo com o "Acta Sanctorum" publicado pelos bolandistas, foi uma mulher piedosa de Jerusalém que, comovida com o sofrimento de Jesus ao carregar a cruz até o Gólgota, deu-lhe seu véu para que ele pudesse limpar seu rosto.
Não se sabe ao certo onde se encontram os restos mortais de São José. Nas crônicas dos peregrinos que visitaram a Palestina, se encontram algumas indicações acerca do sepulcro do Santo. Duas delas apontam Nazaré e outras duas, Jerusalém no Vale do Cédron.
Antigo Egito
De acordo com o costume judaico, o noivado teria ocorrido quando ela tinha cerca de 12 anos, o nascimento de Jesus aconteceu cerca de um ano depois. O Novo Testamento começa o seu relato da vida de Maria com a anunciação, quando o anjo Gabriel apareceu a ela anunciando que Deus a escolheu para ser a mãe de Jesus.
No evangelho apócrifo em questão, ele é encarregado de cuidar de uma virgem, chamada Maria. Ela passa a viver em sua casa e o ajuda a cuidar de seus filhos menores, Tiago e Judas, até completar a idade de 14 anos e meio, quando ela poderá se casar.
A base bíblica é encontrada em Cânticos 4:8, Salmos e Apocalipse 12:1-7. O título de "Rainha do Céu" (ou Regina caeli) dado a Maria, remonta, no mínimo, ao século XII.
A ortodoxia ensina que Maria passou por uma morte natural, como qualquer outro ser humano; que sua alma foi recebida por Cristo após a sua morte e que seu corpo foi ressuscitado no terceiro dia, no qual este corpo foi finalmente elevado ao céu para se juntar à sua alma. Seu túmulo foi encontrado vazio no terceiro dia.
Nessa tradição cristã francesa, após a crucificação de Jesus, Maria Madalena navegou até Marselha, onde convenceu o governador da província a destruir templos pagãos e construir igrejas.
Sepulcro de Maria, Jerusalém