A febre amarela silvestre ocorre, principalmente, por intermédio de mosquitos do gênero Haemagogus. Uma vez infectado em área silvestre, a pessoa pode, ao retornar, servir como fonte de infecção para o Aedes aegypti (também vetor do dengue), principal transmissor da febre amarela urbana.
A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano.
No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina.
A febre amarela urbana não existe no Brasil desde 1942 e é transmitida quando o mosquito urbano, o Aedes aegypti, pica uma pessoa doente e depois pica outra pessoa suscetível, transmitindo a doença. Exatamente como acontece com a dengue, zika e chikungunya.
A diferença entre as variantes silvestre e urbana é o vetor de transmissão: na cidade a doença é transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito que transmite a dengue. Na mata, os mosquitos do gênero Haemagogus transmitem o vírus.
A febre amarela urbana é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti (atualmente não temos casos de febre amarela urbana registrados no TO). Quando o mosquito pica um macaco ou uma pessoa doente, que está com febre amarela, ele torna-se capaz de transmitir o vírus.
A água faz parte do ciclo da febre amarela por que é nela que os ovos dos mosquitos Haemagogus e Aedes aegypti, que transmitem o vírus para os seres humanos e outros vertebrados, eclodem. Sem água limpa e parada, os ovos não eclodem e não viram larvas.
Verificado por especialistas Os países mais atingidos pelas epidemias atuais sarampo, gripe e febre amarela são, respectivamente: Venezuela, Brasil e Países da África.
Em cada ano, a febre amarela causa 200 000 infeções e 30 000 mortes, das quais cerca de 90% ocorrem em África. Nas regiões do mundo onde a doença é endémica, vivem cerca de mil milhões de pessoas.
O vírus da febre amarela circula em todos os municípios das regiões Norte, Centro-Oeste (incluindo o Distrito Federal). Também circula em numerosos municípios das regiões Nordeste (no Maranhão, em todos), Sudeste e Sul.
Qual a origem do recrudescimento da febre amarela, no Brasil? Pode-se atribuir ao desequilíbrio ambiental parte da responsabilidade pela epidemia? A área de circulação do vírus da febre amarela, considerada de risco transmissão para seres humanos, vem crescendo de forma progressiva desde 2000.
Febre amarela no Brasil
O Brasil vive um grande aumento de número de casos de febre amarela. Desde julho de 2017, foram confirmados 779 casos e 262 pessoas morreram em decorrência da enfermidade. Segundo o Ministério da Saúde, o país vive o maior surto da doença já registrado nas últimas cinco décadas.
Os primeiros casos de morte registrados pelo vírus Ebola surgiram na África Central no ano de 1976, quando humanos foram contaminados através do contato com cadáveres de macacos.
A peste foi carregada por pulgas em navios que retornavam dos portos da Ásia, espalhando-se rapidamente devido à falta de saneamento adequado: a população da Inglaterra, então com cerca de 4,2 milhões, perdeu 1,4 milhão de pessoas devido à peste bubónica.
Fala-se que o contágio aconteceu mais rapidamente pela via marítima, isto é, pelas embarcações que navegavam pelo Mar Mediterrâneo, mas a contaminação por via respiratória permitiu que a doença prosperasse. A circulação de comerciantes, soldados e peregrinos contribuiu para difundi-la por terra.