A assustadora história real de Gypsy Rose Blanchard foi vivida em meio a uma teia de enganações. Conhecer o caso de Gypsy é como se deparar com um trama cinematográfica, com reviravoltas perturbadoras e uma explosão final chocante. Porém, essa é a amarga e cruel realidade de uma jovem que, durante toda a sua vida, foi envolta em mentiras sobre a sua condição de saúde, até que descobriu a terrível verdade.
Fontes das imagens: Spiceend, Expressen, Aventuras na História, People e NY Daily News
Ao entrar na adolescência, Gypsy, ansiosa por um pouco de liberdade, começou a perceber algumas incongruências na história de sua doença. Aos 18 anos, veio a compreensão terrível – sua mãe havia mentido para o mundo sobre sua saúde durante toda a sua vida.
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Como resultado, as mentiras da mãe foram associadas ao que conhecemos como Síndrome de Münchhausen, ou seja, um tipo de abuso no qual o tutor exagera ou até mesmo induz uma doença num menor de idade para conseguir atenção e simpatia.
Em 2016, Gypsy Rose Blanchard foi condenada a 10 anos de prisão por ter arquitetado o assassinato da própria mãe, Dee Dee Blanchard, após uma série de abusos cometidos pela matriarca. Nesta sexta-feira, 29, foi anunciado que Gypse deixará a prisão mais cedo.
Em 2016, a jovem confessou que arquitetou o assassinato da mãe com o namorado, Nicholas Godejohn, entretanto, a história vai além do crime que resultou na prisão da jovem.
Assim como mencionado acima, Gypsy Rose morava com sua mãe em uma casa no meio-oeste dos Estados Unidos. Juntas, as duas lutavam contra as inúmeras doenças da garota. De acordo com Dee Dee, Gypsy nasceu com diversos problemas de saúde que só foram agravando-se com o tempo. Só para ilustrar, algumas das doenças listadas por ela foram:
Ademais, de acordo com Rod Blanchard, pai de Gypsy Rose que havia sido afastado da filha por Dee Dee, a menina nasceu saudável. Contudo, a partir de seus três meses, a garota começou a protagonizar as mentiras da mãe. Essa farsa só foi descoberta por Gypsy aos seus 18 anos, quando ela se deu conta de que seus laudos médicos eram adulterados por sua mãe e passou a planejar seu assassinato.
A mulher foi condenada após confessar à Justiça, em 2016, ter encomendado o assassinato da mãe ao seu então namorado, Nicholas Godejohn. Ela justificou que cometeu o crime por vingança, pelos anos em que Dee Dee inventou que a filha possuía doenças crônicas que a obrigavam a estar em uma cadeira de rodas.
Dee Dee fez a filha acreditar que tinha doenças como leucemia, distrofia muscular, problemas de visão, asma severa, epilepsia e apneia do sono, explica o site Hollywood Forever TV.
Seus remédios e o tanque de oxigênio também não estavam visíveis no ambiente. Os cabelos da menina estavam curtos e espetados — a cabeça careca servia para que parecesse doente desde criança. A farsa finalmente teve um fim. Era tudo uma grande mentira.
Extremamente protetora, Dee Dee dizia que Gypsy sofria de distrofia muscular, epilepsia, asma severa, apneia do sono, problemas na vista, entre outras doenças. Desde criança, Gypsy foi tratada como uma pessoa frágil e com a saúde debilitada. Alvo de inúmeros tratamentos diários.
Um dia depois de achar o corpo de Dee Dee, a polícia foi até a casa de Nicholas e ele se rendeu rapidamente. Gypsy estava com ele, mas não usava a cadeira de rodas que normalmente a acompanhava: não era preciso.
Os dois compartilhavam segredos por mensagens no Facebook, mas Gypsy usava uma conta com o nome falso de Emma Rose, porque dizia que, como sua mãe era super protetora, não gostava que ela falasse sobre assuntos como homens e namoro.
Enquanto a polícia buscava pistas sobre o paradeiro de Gypsy Rose, uma amiga da garota revelou que a filha de Dee Dee tinha um namorado secreto na internet. Dessa forma, com essa informação em mãos, os investigadores encontraram uma conta fake de Gypsy no Facebook, na qual ela utilizava o nome de Emma Rose.
De acordo com especialistas, Dee Dee seria portadora da chamada síndrome de Münchausen, uma doença que faz com que a pessoa finja sintomas físicos e psicológicos para obter atenção e simpatia para si mesma. No entanto, Dee Dee fazia isso com a filha, o que resultou em inúmeros apoios do governo, instituições de caridade e até mesmo viagens gratuitas para a Disneylândia.
O casal se conheceu em um site de relacionamento cristão e estava se comunicando há dois anos. O nome do namorado era Nicholas Godejohn, de 24 anos, seis a mais que Gypsy, e morava na cidade de Big Bend, em Wisconsin.
Fontes: Aventuras na História, Mega Curioso, Correio da Manhã.
Quando perguntada a respeito dos problemas de saúde de Gypsy, a mãe listava as mais variadas complicações, que incluíam anomalias cromossômicas, distrofia muscular, epilepsia, asma severa, apneia do sono, problemas na vista, entre outros. Segundo ela, sempre fora assim, desde que sua filha era um bebê.