A distância média entre a Terra e o Sol é de 149,6 milhões de km. Essa medida, também chamada de Unidade Astronômica, é base para o cálculo de grande parte das distâncias astronômicas do nosso sistema Solar e de estrelas próximas.
Como as medidas astronômicas são sempre muito grandes, não é muito comum relacioná-las a unidades como quilômetros. Falar de milhões de quilômetros é algo que não é confortável. As medições entre corpos celestes são normalmente realizadas na Unidade Astronômica. Quilômetros são usados para cálculos dentro da Terra ou para nomear alguma distância no espaço sideral específico onde você deseja refletir a diferença nas distâncias entre o interior e o exterior do planeta.
Nessa camada são encontradas manchas escuras, conhecidas como manchas solares, as quais são tempestades magnéticas que surgem a cada 11 anos, justamente em decorrência de alterações no campo magnético do Sol.
Com algumas exceções, quanto mais longe do Sol, maior será a distância de sua órbita até a órbita do próximo objeto. Por exemplo, Vênus está 0,33 UA mais longe do Sol do que Mercúrio, e Saturno está 4,3 UA mais longe do que Júpiter; Netuno está 10,5 UA mais distante do que Urano.
Em 1763, Giovanni Cassini em Paris, e seu assistente Jean Richer na Guiana Francesa, conseguiram medir a paralaxe de Marte usando estrelas distantes como referência, e um método proposto por Galileu Galilei para sincronizar seus relógios: a observação de eclipses das luas de Júpiter. Cassini chegou ao valor de 140 milhões de km, um erro de apenas 7%, mas que indicava que as medições precisavam ser aprimoradas.
Isso seria facilmente resolvido com a aplicação das leis do movimento planetário propostas por Johannes Kepler, um século antes. Em seu terceiro postulado, Kepler propôs que o quadrado do período orbital de um planeta é diretamente proporcional ao cubo de sua distância para o Sol.
Até que em 1716, o astrônomo inglês Edmond Halley propôs um método revolucionário para calcular a distância até o Sol através de um trânsito de Vênus. O Halley deste caso, era aquele mesmo astrônomo que descobriu que os cometas orbitavam o Sol e previu o retorno de um grande cometa no ano de 1758. Infelizmente ele não viveu o suficiente para ver o retorno do cometa conforme suas previsões, mas em sua homenagem, aquele cometa recebeu o nome de “Halley”.
Quanto à temperatura, a mesma varia entre 5,5 mil e 15 milhões de graus Celsius, respetivamente as temperaturas da fotosfera e do núcleo. Curiosamente, a fotosfera é mais fria do que a camada mais externa do Sol, a Coroa.
Também chamada de Corona, é uma camada extensa, rarefeita e externa à fotosfera. Dela surge o vento solar, correntes de partículas carregadas que sopram à velocidade de 1 600 000 km/h. Em decorrência dos ventos solares, o Sol vai perdendo gradualmente a sua massa.
A proposta de Halley era medir a paralaxe de Vênus através da observação de seu trânsito em frente ao Sol feita a partir de diferentes locais da Terra. Conhecendo-se a distância entre os dois locais e medindo-se o ângulo entre os observadores e Vênus, poderia-se calcular a distância de Vênus por trigonometria. Mas como se obter a distância até o Sol a partir da distância de Vênus?
Sua composição é basicamente hidrogênio e hélio. É justamente a fusão nuclear do hidrogênio a fonte de sua energia, liberada na forma de luz e calor. Ao fundirem seus núcleos, átomos de hidrogênio formam o hélio.
Também chamada de Camada convectiva, é a camada interna à fotosfera que envolve a zona radiativa. Nela a energia é difundida por convecção, ou seja, pelo movimento de moléculas de gás.
Em número de partículas, a composição química é a seguinte: 71% de hidrogênio, e 27% de hélio, 1,2% de oxigênio e 0,6% de carbono.
Quando o Sol tiver consumido todo o seu hidrogênio, o hélio se tornará o seu principal combustível. Acabando o seu consumo, a morte do Sol estará em curso, pois nesse momento, o astro começará a aumentar de tamanho e engolirá planetas (é o que acontecerá com a Terra). Ele ficará 100 vezes maior, até que colapsará.
O Sol é uma estrela com diâmetro de 1 392 700 km, ou seja, 109 vezes maior que o da Terra, com 12 742 km. Isso quer dizer que poderíamos enfileirar 109 planetas Terras ao seu lado. Ele está localizado no centro de nosso sistema planetário, o Sistema Solar.
Em 1882, a equipe brasileira liderada por Louis Cruls chegou à medida de 149,4 milhões de km, que é apenas 0,1% menor que a distância considerada atualmente, e foi calculada de acordo com o método proposto por Edmond Halley, quase 200 anos antes.
A história da medição da distância entre a Terra e o Sol mostra como o conhecimento científico é construído ao longo do tempo, com a contribuição de diversas mentes brilhantes. E mostra também que a genialidade humana, muitas vezes, está além da nossa tecnologia.
Os primeiros esforços para calcular a distância até o Sol foram empenhados por Aristarco de Samos. Quase 300 anos antes de Cristo, Aristarco já havia calculado a distância até a Lua observando um eclipse lunar e utilizando uma moeda, uma vela e a Matemática. Na mesma época, ele bolou uma forma simples de medir a distância entre a Terra e o Sol.