É solúvel em água e muito solúvel em solventes orgânicos como o éter e o álcool. Assim, como os demais alcaloides, a nicotina possui gosto amargo e é muito tóxica. Ela se encontra nas plantas de tabaco, a partir das quais se produz o fumo, em uma concentração que varia de 2% a 8%.
O uso de altas doses de nicotina tem rápido efeito estimulante seguido de efeito depressor duradouro. Sobre o sistema nervoso central, a nicotina age atra- vés de várias vias neuroquímicas e diferentes receptores. Li- bera acetilcolina, noradrenalina, vasopressina e beta endorfinas.
Como ela faz isso? Ah, sim, a Nicotina aumenta os níveis de um neurotransmissor chamado dopamina nas partes do cérebro que produzem essas sensações de prazer e gratificação.
20 minutos: A pressão sanguínea e a temperatura dos pés e mãos voltam ao padrão de normalidade. 8 horas: Restam apenas 6,25% de nicotina no corpo, comparado a quem fuma regularmente. 12 horas: O nível de oxigenação do sangue volta ao normal.
Com a inalação contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início. Esse efeito é chamado de tolerância à droga. Com o passar do tempo, o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais cigarros.
A tolerância aos efeitos da nicotina estimula que se fume cada vez mais. A dependência física começa quando o hábito atinge uma freqüência preocupante – cerca de cinco cigarros por dia – e a nicotina passa a estar constantemente presente no sangue, em geral, depois de anos e milhares de cigarros fumados.
3 Diagnóstico Clínico: Critério de Fumante e de Dependência Física à Nicotina: É considerado fumante o indivíduo que fumou mais de 100 cigarros, ou 5 maços de cigarros, em toda a sua vida e fuma atualmente (OPAS, 1995).
Relata que fuma o primeiro cigarro imediatamente após acordar e que, com frequência, acorda no meio da noite para fumar. O paciente diz que fuma mais pela manhã, o primeiro cigarro do dia causa muita satisfação, tem dificuldade de ficar sem fumar em lugares proibidos e fuma mesmo doente.
A lista de problemas é extensa: aborto espontâneo, parto prematuro, nascimento de feto com baixo peso, menor quantidade de leite materno, posteriores dificuldades de aprendizado, entre outros. “Além disso, em um indivíduo normal, bastam 100 cigarros para que se possa estabelecer a dependência da nicotina.
Para ele, um namoro entre fumante e não fumante tem boas chances de dar errado, embora não acredite que o gosto da nicotina atrapalhe mais um beijo do que o de bebidas alcoólicas, por exemplo. Como se vê, mais do que um malefício à saúde, o cigarro pode muitas vezes prejudicar relacionamentos.
A exposição involuntária à fumaça do tabaco pode acarretar desde reações alérgicas (rinite, tosse, conjuntivite, exacerbação de asma) em curto período, até infarto agudo do miocárdio, câncer do pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) em adultos expostos por longos períodos.
“O ambiente fica impregnado com as substâncias tóxicas. Por exemplo, se uma pessoa fuma dentro de um carro, essas substâncias levam até 24 horas para se dissipar.
A prevenção individual cabe principalmente à pessoa que fuma. Idealmente, ela deveria parar de fumar. Se isto for impossível ela deve, pelo menos, fumar à distância das demais pessoas, de preferência em locais abertos. Os não-fumantes, por seu turno, devem evitar a companhia frequente de fumantes.
Contém monóxido de carbono, que bloqueia a função de certas células sangüíneas. Tem ação cancerígena tanto para o fumante ativo quanto para o passivo. Causa dilatação dos brônquios, aumentando a absorção de oxigênio. Contém nicotina, que age sobre o sistema nervoso e causa dependência.
A principal atitude de um fumante passivo é evitar a exposição ao cigarro e sua fumaça. Para isso, não permita que pessoas fumem dentro de sua casa, ou dentro do seu veículo de transporte. Ainda, verifique o seu local de trabalho e persista em regras para evitar essa situação.
As substâncias tóxicas do cigarro, especialmente o alcatrão, irritam as paredes dos alvéolos, estimulando a produção de uma grande quantidade de muco. Com o muco acumulado e a saída de ar dificultada, os alvéolos incham. 3. Afinal, as suas paredes se rompem, causando o enfisema.
Além desses problemas, a poluição do ar desencadeia diversas outras consequências para nosso corpo. Ela está relacionada com a diminuição da eficácia do sistema mucociliar das nossas narinas, aumento dos sintomas da asma, infecções das vias aéreas superiores e incidência de câncer de pulmão e doenças cardiovasculares.
O tabagismo é uma doença (dependência de nicotina) que tem relação com aproximadamente 50 enfermidades, dentre elas vários tipos de câncer (pulmão, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia), doenças do aparelho respiratório (enfisema pulmonar, bronquite crônica, asma, ...
Quando respiramos, esse ar vai para os pulmões, retirando dali o gás oxigênio, essencial para a nossa sobrevivência (inspiração). Depois, também pela respiração, nosso corpo libera gás carbônico e outros componentes do ar que não foram utilizados (expiração).