A polarização é um fenômeno que vem se tornando cada vez mais presente na sociedade contemporânea e se caracteriza pela formação de grupos extremamente opostos, que defendem ideias e valores contrários, muitas vezes de forma radical. Essa divisão profunda pode ocorrer em diversos setores da sociedade, desde a política até questões culturais e religiosas, e pode ter impactos significativos na democracia e na coesão social.
O resultado: cada pessoa consolida e reforça as ideias que já tem e passa a ter mais certeza de que está certa em seus julgamentos. As visões discordantes se tornam cada vez mais estranhas, absurdas e, no ponto máximo, inaceitáveis.
Quando se fala da polarização entre apoiadores de diferentes partidos, o Brasil ficou em nono lugar na pesquisa, mas com um nível bastante alto: 83% dos respondentes apontaram “muita” ou “muitíssima” tensão entre esses grupos.
Por meio da democracia, não seria necessário usar a força para chegar ao poder: a disputa não aconteceria por meio da violência, mas pela discussão de ideias e apresentação de propostas para melhorar a vida de todos. Quem convencesse mais cidadãos e conseguisse mais votos chegaria aos postos de comando.
Tão importante quanto estar atento às falhas em nossas visões e argumentos é entender como eles são construídos. Chegamos às conclusões por meio da análise de fatos e evidências? Demos pesos iguais (ou pelo menos parecidos) às opiniões divergentes sobre o assunto?
A mídia e as redes sociais têm um papel importante na disseminação da polarização. Muitas vezes, elas são responsáveis por criar e amplificar as divisões, seja por interesses políticos ou econômicos. Por isso, é fundamental consumir informações de fontes confiáveis e questionar discursos polarizadores. Além disso, é importante buscar diversidade de opiniões e evitar o compartilhamento de notícias falsas.
A pesquisa realizada pelo instituto Ipsos não é uma prova definitiva e incontestável de que vivemos um momento de alta polarização na sociedade, mas é uma amostra útil da percepção dos cidadãos de diferentes partes do mundo.
Em relação à política institucional, o processo decisório corre o risco de travar quando dois lados não conseguem formar acordos mínimos. Essa consequência é mais clara nos Estados Unidos, onde apenas dois partidos disputam o poder e, cada vez mais distantes, chegam a parar o país em votações fundamentais.
Mais uma vez, a percepção de polarização dos brasileiros fica acima da média global. Oito em cada dez participantes veem uma alta tensão entre os pobres e os ricos. Não é um resultado que surpreende para o oitavo país com maior desigualdade de renda no mundo.
Esse termo se refere a uma mudança no debate político ocorrido nos Estados Unidos a partir da década de 1990, e posteriormente no Brasil. O foco da disputa deixou a economia e as políticas públicas e passou para questões relacionadas à cultura, costumes e comportamento.
O resultado corrobora aquilo que especialistas têm apontado e pode ser visto em discussões políticas nas redes sociais, onde o diálogo é abafado por ofensas, acusações e generalizações.
Segundo o próprio instituto, no caso de alguns países, entre eles o Brasil, os respondentes são mais urbanos e possuem mais educação e renda que a maioria de suas populações, o que deve ser levado em conta ao analisar os dados.
Outros exemplos de polarização podem ser vistos em questões culturais e religiosas, onde grupos extremistas costumam demonizar aqueles que discordam de suas crenças e valores. Isso pode levar a uma falta de tolerância e a um aumento dos conflitos, prejudicando a convivência entre os diferentes grupos da sociedade.
Por exemplo: os dois lados dão menor importância a propostas concretas, como um plano de política econômica, e colocam no centro da discussão questões de cunho moral, como a descriminalização do aborto e a educação sexual em escolas. O professor e pesquisador Eduardo Wolf, autor do livro “Guerra cultural: ideólogos, conspiradores e novos cruzados”, define a guerra cultural como “uma luta pela alma da nação”.
Analisando a realidade dos Estados Unidos, o jornalista Ezra Klein, autor de “Why we are polarized”, aponta que a polarização e o crescente distanciamento entre democratas e republicanos teve uma consequência positiva: a adoção, por parte dos democratas, das chamadas pautas identitárias, especialmente a luta contra o racismo.
Para ser aceito em um grupo, era preciso se mostrar digno de confiança, o que por sua vez exigia lealdade. Ela era fundamental para que um agrupamento de indivíduos agisse de modo coordenado e organizado. A grande questão é que ela , quando levada a fundo, implica em abrir mão da própria individualidade para aceitar as normas, crenças e ideias do grupo.
Dessa forma, segundo os resultados, existe maior tensão entre diferentes setores da sociedade (ricos e pobres e diferentes classes sociais) e entre aqueles que têm ideias políticas diferentes.
Caso tenha necessidade, um segundo polarizador pode ser utilizado para confirmar a polarização do primeiro. Ele é colocado de maneira que polarize a onda em uma direção perpendicular à do primeiro polarizador. A onda então é impedida de se propagar e os polarizadores assumem a característica de estarem cruzados. A imagem abaixo mostra um esquema da polarização da luz:
O que fazer com som alto do vizinho? Pode ser formulada denúncia perante o órgão responsável pela política de meio ambiente (Seuma), para análise do nível de ruído, se está dentro dos limites permitidos. Caso não, o órgão notificará o infrator, com aplicação de multa.
Para fazer a denúncia, basta acessar ao site www.webdenuncia.org.br, clicar na opção "denuncie agora" e escolher o tipo de crime a ser relatado. As denúncias podem ser feitas por computador, tablets ou celulares com acesso à internet.
Disque Denúncia 181 - ACOMPANHAMENTO DE DENÚNCIA ANÔNIMA.
Por mais que o funcionário do DCF não possa te informar o nome da pessoa que fez a denúncia, ele é obrigado a fornecer os detalhes da denúncia. Em alguns casos é possível descobrir o autor da denúncia. Se você suspeitar que o autor da denúncia e seu agressor sejam a mesma pessoa, avise sua assistente social.