O Que Ocorre Com As Plaquetas Em Casos De Dengue Hemorrgica?

O que ocorre com as plaquetas em casos de dengue hemorrgica

Dengue hemorrágica é uma complicação grave da dengue clássica, que provoca uma reação inflamatória exagerada no corpo e alterações na coagulação sanguínea, resultando em sangramentos ou hemorragias, que podem colocar a vida em risco.

4. A inserção de cateteres venosos profundos para infusão, avaliação da PVC e SvcO2 deve ser limitada, priorizando os sítios de punção compressíveis e evitando o acesso subclávio. Sempre que possível, a punção deverá ser guiada por ultrassonografia. Apesar de não haver consenso quanto ao limiar mínimo de contagem de plaquetas para a punção de acesso central seguro, sugere-se a transfusão de plaquetas com o objetivo de atingir 50.000/mm3 para a realização de procedimentos na UTI e cirurgias de urgência nos pacientes com dengue. A contagem de plaquetas obtida pelo método de impedância elétrica (presente nos contadores automatizados), pode apresentar resultados falseados devido a presença de fragmentos de eritrócitos ou plaquetas gigantes.(15) Recomenda-se que, especialmente nas contagens de plaquetas < 30.000/ mm3, o resultado seja confirmado através da contagem manual na câmara de Neubauer.(16)

Causas da dengue hemorrágica

- Dengue com sinais de alerta: A diminuição abrupta da temperatura, dor abdominal intensa e contínua, náusea e vômitos persistentes, hepatomegalia, redução do nível de consciência, sangramentos espontâneos, sinais clínicos de acumulação de líquidos (derrame pleural, ascite, derrame pericárdico) e o aumento do hematócrito acompanhado de diminuição das plaquetas, caracterizam os chamados sinais de alerta, que resultam do aumento da permeabilidade capilar com extravasamento de plasma para o terceiro espaço e determinam o início da fase crítica. A atenção para a presença de sinais de alerta no curso da evolução da dengue é fundamental, pois indica a possibilidade de evolução para dengue grave.

8. O uso prévio de anti-inflamatórios não esteróides, anticoagulantes orais, antiagregantes plaquetários e a historia de doença péptica aumentam a chance de hemorragias no curso da dengue. O estado prolongado de hipo-hidratação, assim como de hipotensão arterial/choque e a hipotermia são fatores determinantes no desencadeamento e perpetuação do distúrbio da coagulação, devendo ser corrigidos. No contexto da coagulopatia da dengue, não há informações que sustentem a utilização de corticóides, imunoglobulinas ou fator VII ativado recombinante.

Apesar de ser mais raro a dengue hemorrágica pode surgir em pessoas que nunca tiveram dengue, sendo que neste caso os bebês são os mais afetados. Embora ainda não se saiba exatamente porque isso pode acontecer há conhecimento de que os anticorpos da pessoa conseguem se ligar ao vírus, mas não consegue neutralizá-lo e por isso ele continua se replicando muito rapidamente e causando graves alterações no organismo.

Meu amigo Erney

Meu amigo Erney

- Usuários de terapia antitrombótica: como regra geral, os pacientes com dengue devem evitar o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) devido ao risco de desenvolvimento de síndrome de Reye e de agravamento das complicações advindas da trombocitopenia grave.(19)

As condições médicas pré-existentes (p. ex. cardiopatia, diabetes, pneumopatia crônica, gravidez) devem ser acompanhadas em todas as etapas, adequando o tratamento geral da dengue às necessidades especificas de cada situação.

Cirurgia do diabetes tipo 2 | Artigo

Os artigos elegíveis tiveram suas informações detalhadas no questionário PRISMA. No total, foram encontrados 39 artigos; e destes, 24 foram excluídos por não preencherem os critérios de elegibilidade. Foram adotados 15 artigos para a composição deste estudo de revisão (Figura 1).

A gravidade da doença, seu forte caráter reemergente e a ausência de um tratamento específico apontam a necessidade de estudos voltados para a compreensão do seu comportamento clínico, visto que a fisiopatologia da doença ainda não está completamente esclarecida e a evolução dos estudos são fundamentais para estabelecer uma base consistente para que sejam criadas medidas eficazes na progressão da cura.(8,9).

A dengue é causada por quatro sorotipos diferentes de vírus pertencentes ao gênero Flavivirus, família flaviviridae (DENV I a IV). Sua transmissão ocorre através de picadas de mosquitos do gênero Aedes, majoritariamente Aedes aegypti. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a dengue a infecção viral transmitida por artrópodes que mais rapidamente se alastra no mundo. A transmissão ocorre de forma endêmica em mais de 100 paises, onde anualmente são notificados de cinquenta a cem milhões de casos, causando pelo menos vinte e quatro mil óbitos. Na América do Sul entre 2001-2007, 64% dos casos de dengue foram diagnosticados em países do cone-sul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), dos quais 98% no Brasil, que apresenta a maior taxa de letalidade da subregião.(1-3)

Orlando Villas-Bôas | Entrevista

Orlando Villas-Bôas | Entrevista

Nas crianças, também as formas graves se manifestam depois do terceiro dia, quando a febre começa a ceder. Nos menores de 5 anos, o início da doença pode ser frustro, passar despercebido, e o quadro grave instalar-se como primeira manifestação reconhecível.

- Dengue sem sinais de alerta: os sintomas correspondem à fase febril aguda, caracterizada por mialgias, cefaleia, artralgias, exantemas em variados graus de intensidade. Deve-se chamar a atenção que esses achados clínicos não distinguem casos que evoluirão de forma benigna ou grave.

Como é feito o tratamento

a. Para pacientes com dengue e alto risco de trombose no curto prazo, tais como aqueles: 1) submetidos à angioplastia coronária com stents implantados recentemente (um mês para não farmacológico, e três a seis meses para farmacológico); 2) portadores de próteses valvares mecânicas, particularmente em posição mitral, tricúspide, ou com fibrilação atrial crônica (FAC) associada, história prévia de tromboembolismo ou nas pessoas com mais de uma válvula mecânica; 3) portadores de FAC com múltiplos fatores de risco trombótico (disfunção ventricular, idosos, hipertensos, diabéticos, valvopatas, acidente vascular cerebral (AVC) prévio, trombo intracavitário) - recomenda-se manter clopidogrel e AAS, naqueles que já recebiam. Suspender varfarina e substituir por heparina assim que o INR estiver abaixo da faixa terapêutica, monitorando seriadamente plaquetas e coagulograma. Suspender as medicações se contagem plaquetária for igual ou inferior a 50.000/mm3, evidência clínica ou laboratorial de sangramento ou choque.

Outros achados foram observados de forma menos frequente, como: hemoconcentração devido ao extravasamento de líquidos, neutropenia, monocitose, Coombs indireto positivo, dímero D aumentado e contagem de plaquetas normais com manifestações hemorrágicas em pacientes hemofílicos. Esses registros, além de estarem associados à resposta imune do vírus, foram observados em populações com características específicas, como paciente hemofílico e indivíduo diagnosticado com doença autoimune e infecção pela dengue simultaneamente.

A dengue hemorrágica não é contagiosa, pois como qualquer outro tipo de dengue, é necessária a picada do mosquito Aedes aegypti infectado com o vírus para desenvolver a doença. Assim, para prevenir a picada de mosquitos e o surgimento da dengue é importante:

CIÊNCIA

O espectro da infecção pelo vírus da dengue inclui desde as formas assintomáticas até os quadros graves com choque, disfunção orgânica e sangramento significativo. Estas recomendações têm como foco as formas graves de dengue.

A identificação precoce dos casos de dengue é de importância crucial para o controle das epidemias. O vírus da dengue causa um espectro variado de doenças que inclui desde formas inaparentes ou subclínicas, até quadros de hemorragia que podem levar ao choque e ao óbito.

A trombocitopenia concomitante ao aumento do hematócrito foi a alteração hematológica mais relatada nos trabalhos analisados nessa revisão. Esses achados podem ser relacionados ao processo fisiopatogênico da dengue grave, em que ocorre aumento da permeabilidade capilar e extravasamento de líquido para o ambiente extravascular. (12)

Quanto custa a vacina da dengue?

EficáciaMais 1 linha•12 de abr. de 2019