Resumo: A noção de Justiça de Platão reflete na sua metafísica, colocando-a em uma posição de uma Verdade a ser buscada por todos que prezam um amor pelo conhecimento, dando-a uma posição de virtude, de uma excelência a ser apreendida por qualquer um.
Desta forma, na concepção de Platão, o homem justo é aquele cuja alma racional (pensamento e vontade) é mais forte do que as outras duas almas, impondo à concupiscente a virtude da temperança ou moderação, e à colérica a virtude da coragem, que deve controlar a concupiscência.
Trasímaco é quem expõe uma das maiores discordâncias com Sócrates na República. Para ele, a justiça e o justo são apenas o resultado da imposição da força de um cidadão mais forte sobre outro. Uma cidade não é nada mais do que o domínio de um grupo pequeno de pessoas, ou uma pessoa, sobre todas as outras.
Para Platão, toda virtude é conhecimento. Ao homem virtuoso, segundo ele, é dado conhecer o bem e o belo. A busca da virtude deve prosseguir pela vida inteira - portanto, a Educação não pode se restringir aos anos de juventude.
Segundo o Estagirita, o homem bom e virtuoso é aquele que alia inteligência e força, que utiliza adequadamente sua riqueza para aperfeiçoar seu intelecto. A virtude, ou a excelência moral, resulta do hábito, de sua prática. Quanto mais o ser humano exercitar a virtude, mais virtuoso será.