Basicamente, bioeletrogênese nada mais é do que a capacidade celular de gerar potenciais elétricos pela membrana plasmática. ... Em outras palavras, é a propriedade de algumas células de gerar e alternar a diferença de potencial elétrico da membrana.
O potencial de repouso da membrana é determinado pela distribuição desigual de íons (partículas carregadas) entre o interior e o exterior da célula e pela permeabilidade da membrana diferenciada para diferentes tipos de íons.
A repolarização é a segunda fase do potencial de ação e ocorre logo em seguida à despolarização. Durante este curtíssimo período, a permeabilidade na membrana celular aos íons sódio retorna ao normal e, simultaneamente, ocorre agora um significativo aumento na permeabilidade aos íons potássio.
Retorno à posição de repouso de uma membrana, de uma célula ou de uma fibra muscular. No caso das fibras musculares, a repolarização dá-se no momento em que termina a excitação. Em eletrocardiografia, a onda T indica o fim da repolarização dos ventrículos.
– Difusas: Significa que essa alteração está presente em todo o eletrocardiograma, pois se não fosse assim, o termo seria: Alterações Localizadas da Repolarização ventricular.
As alterações da repolarização (primárias ou secundárias) são anormalidades do segmento ST e da onda T que acontecem por distúrbios na forma e/ou duração dos potenciais de ação na fase de repolarização.
Alterações na repolarização ventricular São alterações na onda T do eletrocardiograma e podem estar presentes no caso de hipertensão arterial, estenose da válvula aórtica ou na isquemia cardíaca.
Onda T - corresponde à repolarização ventricular (relaxamento). EFEITO DA DIRECÇÃO DA ONDA DE DESPOLARIZAÇÃO NAS DEFLECÇÕES DO E.C.G. A onda registada será positiva quando a onda de despolarização se dirige para o eléctrodo positivo.
A repolarização precoce (RP) é definida como uma elevação côncava do segmento ST, acompanhada de alteração morfológica na porção final do complexo QRS e onda T simétrica e ampla, de mesma polaridade do QRS. É considerada um padrão variante do normal e ocorre em paciente sem cardiopatia estrutural.
A onda T representa, no eletrocardiograma, a repolarização ventricular. Geralmente o registro é de uma deflexão arredondada e lenta, habitualmente com polaridade igual a do complexo QRS. Normalmente, a onda T é assimétrica, com ramo ascendente lento e descendente com maior inclinação.
Já as alterações na onda T podem indicar isquemia. Lesões no músculo cardíaco costumam causar modificações no intervalo entre a onda S e a onda T. Se houver desnível no intervalo ST, pode significar isquemia ou um infarto em evolução.
Há várias doenças que causam inversão da onda T no eletrocardiograma (ECG). Entre as principais causas estão a doença arterial coronária (DAC) além de outras patologias de origem não isquêmica (ex: sobrecarga de ventrículo esquerdo, tromboembolismo pulmonar).
Além disso, pacientes jovens afrodescendentes saudáveis podem apresentar ondas T negativas de V1 a V4 precedidas por um segmento ST convexo. Dica: ondas T negativas em paredes lateral ou inferior, mesmo em pacientes jovens, sempre deve levar à investigação de cardiopatia estrutural (ex: cardiomiopatias).
Define-se assim: A onda P representa a despolarização atrial; ... A onda T representa a repolarização ventricular; A repolarização atrial é camuflada no eletrocardiograma, pois ocorre juntamente à despolarização ventricular.
SEGMENTO ST: É o segmento de linha que une o complexo QRS à onda T. ... INTERVALO QT: É o intervalo medido do início do QRS ao término da onda T. Representa a sístole elétrica ventricular, que é o tempo total da despolarização e da repolarização dos ventrículos no ECG.
O complexo QRS é dito normal quando a duração for inferior a 120 ms e amplitude entre 5 e 20 mm nas derivações do plano frontal e entre 10 e 30 mm nas derivações precordiais, com orientação normal do eixo elétrico8,9. Os limites normais do eixo elétrico do coração no plano frontal situam-se entre -30º e +90º.
É um segmento marcado do fim do COMPLEXO QRS ao fim da ONDA T. Representa o intervalo entre o fim da despolarização ventricular e o início da repolarização ventricular. É comparável à linha de base (intervalo PR) para verificar se o mesmo se encontra nivelado, ou seja, normal.
Amplitude do QRS para o cálculo do eixo: Para isso tem de subtrair à amplitude da onda R, a amplitude da onda Q e a da onda S. Importante, se o resultado for negativo colocar o sinal (-2, por exemplo). QRS = 12 mm. QRS = 1 mm (onda R: 7 mm - onda S: 6 mm).
O desvio do eixo elétrico é uma alteração muito comum, podendo estar associada a questões normais, como altura e peso, ou a algumas doenças, como a pressão alta. Não se preocupe com a alteração, mas procure o cardiologista para afastar possíveis causas desta condição.
Método simples para determinar o eixo elétrico
Quando não existe QRS equifásico, podemos determinar o eixo, também, por um método simples – as amplitudes dos QRS.
A cada momento da despolarização da fibra miocárdica, é possível representar um vetor. Quando somamos todos os vetores decorrentes da despolarização completa do miocárdio, conseguimos determinar o vetor resultante, ou vetor médio, o que então chamamos de eixo cardíaco.
Para isso, devemos avaliar a presença de onda Q patológica em uma determinada topografia. A onda Q patológica deve ter pelo menos 40ms de duração (1mm) e apresentar pelo menos 1/3 da amplitude do QRS, em 2 derivações vizinhas.
7-1, a onda P é isodifásica em aVL; logo, o eixo de P estará perpendicular a aVL e, portanto, em D2. Para sabermos se o eixo aponta me., +60º ou –120º, basta olharmos a morfologia de P em D2. Como em D2 a onda P é positiva, dizemos que o ÂP está a +60º (Fig. 7-2).
A onda U é a última deflexão do eletrocardiograma, representando o final da repolarização ventricular. Desde a primeira descrição de Einthoven em 1903, até recentemente, sua origem tem sido objeto de muita discussão e os mecanismos exatos envolvidos na sua gênese ainda não estão totalmente claros.