Com uma abordagem sutil e bastante perspicaz, a discriminação é entendida a partir da relação de quem a pratica consigo mesmo, e não como uma falha do outro. Cada um dos sete livros tem uma peculiaridade, mas todos têm o toque especial de Jane Austen.
Grande amigo de Mr. Bingley, descrito como fechado e distante, não nutre a princípio nenhum afeto pelas irmãs Bennet, que considera serem de estatuto inferior. No princípio da narrativa, Mr. Darcy carrega um ar arrogante e superior, como se estivesse deslocado do universo da família Bennet. No entanto, com o passar do tempo e com a convivência com as irmãs, acaba por se apaixonar por Elizabeth.
A história construída por Jane Austen tece uma forte crítica à sociedade da sua época, regida pelas ambições econômicas e por relações construídas a partir do interesse. Não por acaso a primeira frase que inicia o enredo é:
Protagonista da história, Lizzie é descrita como uma jovem bela, culta e inteligente. Inconformada com a ordem social, ela não se subjuga e decide casar apenas por amor. Uma das características centrais da personagem é o forte senso de independência que possui, Elizabeth é definitivamente uma mulher deslocada do seu tempo histórico. Num contexto em que as meninas eram criadas para serem esposas e mães, Lizzie enxerga além, não se conformando em seguir o status quo e reproduzindo relações por conveniência.
Aos poucos, a jovem acaba por perceber que o rapaz tem boa índole e admite os seus sentimentos. As coisas mudam especialmente depois do recebimento de uma carta que Mr.Darcy escreve à ela justificando as suas atitudes. Após a leitura, Elizabeth consegue ver que há ali um homem de bem. Felizmente Mr.Darcy reitera o pedido de casamento e Elizabeth afinal aceita. O casal vai viver em Pemberley.
A trama do romance se desenrola com a chegada de dois jovem solteiros afortunados na região (Mr.Bingley e Mr.Darcy). A mãe das meninas vê no surgimento dos rapazes uma oportunidade para resolver os problemas da família.
O longa metragem foi indicado aos Óscares de melhor atriz (Keira Knightley), melhor figurino, melhor trilha sonora e melhor direção de arte. O filme também foi indicado ao Globo de Ouro em duas categorias (melhor filme e melhor atriz). Por fim, Orgulho e Preconceito levou para casa o Bafta de melhor revelação (pelo trabalho de Joe Wright).
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Apesar de ter sido escrito há tantos anos, até hoje Orgulho e Preconceito continua ocupando o top livros mais lidos. A cada ano são comercializados 50.000 exemplares apenas no Reino Unido.
Uma das irmãs Bennet, é aquela que tem obsessão por livros e a que mais cultiva o intelecto. É considerada por todos uma moça de muito juízo e de grande sabedoria devido a infindável curiosidade que herdou do pai.
A jovem Lizzie é extremamente admirada pelo pai, um curioso incurável, mas é profundamente criticada pela mãe, que teme pelo futuro de Elizabeth devido as suas ideias consideradas revolucionárias.
Uma curiosidade sobre o clássico: um exemplar da primeira edição foi encontrado e levado a leilão, em Londres, no ano de 2003. A obra foi arrematada por cerca de 58 mil euros.
Bingley). Elizabeth é a segunda mais velha das cinco irmãs Bennet da propriedade Longbourn, situada perto da vila fictícia de Meryton, em Hertfordshire, Inglaterra. Ela tem 20 anos no meio do romance.
Em 2009 foi publicada uma paródia de terror do livro que teve imenso sucesso. Pride and Prejudice and Zombies (em português Orgulho e Preconceito e zumbis) foi adaptado para o cinema em 2016 sob a direção de Burr Steers (confira abaixo o trailer).
Apesar de termos várias adaptações do romance mais popular de Jane Austen, as duas mais populares são a minissérie de 1995, estrelada por Colin Firth como Darcy e Jennifer Ehle como Elizabeth Bennet, e o filme de 2005 estrelado por Matthew Macfadyen e Keira Knightley, ocupando os mesmos papéis.
Um jovem muito rico, de boa família, que aluga a mansão de Netherfield e se encanta rapidamente por Jane Bennet. Mr. Bingley parece ser um bom rapaz, que carrega valores sólidos, mas acaba por ser um tanto influenciável pela opinião alheia e demonstra possuir uma personalidade fraca, sendo dominado principalmente pela mãe e pela irmã. Logo que Mr. Bingley aparece na trama, os pais das irmãs Bennet demonstram interesse em casa-lo com uma das filhas.
As irmãs caçulas não são quase mencionadas, o pouco que se sabe é que elas costumavam arranjar problemas. Sabe-se que Lydia tinha extremo senso de humor e era a irmã mais extrovertida do grupo. Kitty, por sua vez, tinha em Lydia a sua melhor amiga, as duas costumavam cochichar em voz baixa partilhando segredos.
Austen aborda e denuncia a lei do morgadio, isto é, a organização familiar baseada a partir da noção de uma linhagem. Nesse tipo de sociedade as propriedades eram inalienáveis e indivisíveis e eram transmitidas ao primogênito descendente varão.
— Seu plano é bom — replicou Elizabeth — quando está em jogo apenas o desejo de se casar bem; e, se eu estivesse decidida a arranjar um marido rico, ou um marido qualquer, seria este o plano que adotaria. Mas estes não são os sentimentos (...)
O final feliz também acontece para Jane, irmã de Elizabeth. Mr.Bingley retorna à cidade e explica as suas motivações para ter ido embora repentinamente. O rapaz suplica o perdão à amada e a pede em casamento. Ela aceita o pedido e os dois ficam vivendo em Netherfield.
O enredo é bastante rico e há uma preocupação nítida da autora em retratar detalhadamente a sociedade inglesa do século XIX com a sua cultura, os seus hábitos e os seus valores morais. Como rapidamente se percebe, a dualidade entre o amor e o dinheiro é a engrenagem que faz mover a narrativa.
Jane Austen nasceu no dia 16 de dezembro 1775, em plena era georgeana, em Hampshire, Inglaterra, filha do casal de boa reputação Cassandra e George Austen. O pai, um intelectual, sempre estimulou o lado criativo dos filhos e fez de tudo para que frequentassem a sua farta biblioteca pessoal.