A nutrição parenteral, ou alimentação intravenosa, é a administração de nutrientes por meio de infusão intravenosa (na veia) para pacientes que se encontram impossibilitados de se alimentar por via oral. A administração é indicada quando:
A glicose representa a única fonte de carboidratos na NP, as demais fontes de carboidratos, tais como frutose, sorbitol e xilitol, produzem efeitos colaterais negativos. Uma das vantagens da solução de glicose é a de ser facilmente encontrada e ser barata, porém o seu excesso pode causar infiltração de gordura no fígado e aumento do estresse respiratório (CARVALHO et al., 2014; GASTALDI et al., 2009).
Na insuficiência respiratória: emulsão lipídica que fornece a maior parte das calorias não proteicas para minimizar a produção de dióxido de carbono promovida pelo metabolismo dos carboidratos
Esse tipo de alimentação serve para fornecer parte ou todas as necessidades calóricas de uma pessoa, sendo indicada quando a pessoa precisa manter o trato gastrointestinal em repouso, ou quando é necessário complementar a via oral ou a nutrição enteral.
Os pacientes desnutridos que são alimentados de forma rápida e excessiva podem desenvolver alterações hidroeletrolíticas graves, como hipofosfatemia, hipomagnesia, hipocalemia e deficiência de vitaminas.
MARCHINI, J. S.; Okano, N.; Cupo, P.; Passos, N. M. R. R. S.; Sakamoto, L. M.; Basile-Filho, A. Nutrição parenteral — princípios gerais, formulários de prescrição e monitorização. Medicina, v. 31, p. 62-72, jan./mar., Ribeirão Preto, 1998.
A nível metabólico, a maior parte das complicações incluem alterações dos níveis de açúcar no sangue, acidose ou alcalose metabólica, diminuição dos ácidos graxos essenciais, alterações dos eletrólitos (sódio, potássio, cálcio) e aumenta da ureia ou da creatinina.
A terapia de nutrição parenteral (NP) é um tema de grande interesse no meio farmacêutico, envolvendo diversos tópicos, desde aspectos clínicos àqueles relacionados ao controle de qualidade das preparações. Apesar de ser um tema extenso, os principais pontos podem ser resumidos de maneira simples.
Sempre que possível, devemos levar em consideração o “peso seco” do paciente em situações de retenção hidrossalina (doentes críticos anasarcados, insuficiência cardíaca e hepática).
Nesse artigo vamos falar sobre as indicações e contra indicações, a composição, a importância da monitorização do paciente e as possíveis complicações da terapia, mas antes vamos apresentar o conceito e um breve histórico sobre a NP.
A inanição e baixa ingestão de carboidratos causa redução na secreção de insulina, que, por sua vez, faz com que as gorduras e proteínas sejam catabolizadas para produção de energia.
GASTALDI, M.; SIQUELI, A. G.; SILVA, A. C. R.; SILVEIRA, D. S. G. Nutrição Parenteral Total: Da Produção a Administração. Pharmácia Brasileira, set./out., 2009.
CORTES, J. F. F.; FERNANDES, S. L.; NOGUEIRA-MADURO, I. P. N.; BASILE-FILHO, A.; SUEN, V. M. M.; SANTOS, J. E.; VANNUCHI, H.; MARCHINI, J. S. Terapia nutricional no paciente criticamente enfermo. Medicina, v. 36, p. 394-398, abr./dez., Ribeirão Preto, 2003.
Anormalidades relacionadas à glicose são comuns. A hiperglicemia pode ser evitada monitorando a glicemia, ajustando a dose de insulina da solução da NPT e administrando insulina por via subcutânea conforme necessário. Hipoglicemia pode decorrer da súbita interrupção da infusão contínua de glicose. O tratamento depende do grau de hipoglicemia. Hipoglicemia recente pode ser revertida por glicose a 50% por via intravenosa; hipoglicemia mais prolongada pode requerer infusão de glicose a 5 a 10% por 24 horas antes de retomar a NPT via acesso venoso central.
Além disso, a alimentação intravenosa pode ser administrada em hospitais ou em casa, em indivíduos de todas as idades e os (as) pacientes conseguem conviver com ela pelo tempo necessário.
Os lipídios proporcionam uma Nutrição Parenteral Total (NPT) de menor volume e menor osmolaridade, auxiliam a evitar a carência de ácidos graxos essências (ácidos linoleico, linolênico e aracdônico) e de todas as complicações bioquímicas decorrentes desta ausência (GASTALDI et al., 2009).
A nutrição parenteral parcial fornece somente parte das necessidades nutricionais diárias, suplementando a ingestão oral. Muitos pacientes hospitalizados recebem glicose ou soluções de aminoácidos por esse método.
Além disso, pode ainda acontecer infecção da ferida do cateter, inflamação do vaso sanguíneo, obstrução do cateter, trombose ou infecção generalizada por vírus, bactérias ou fungos.
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A decisão sobre qual paciente sera submetido a NP envolve aspectos relacionados com a doença de base e a experiência clínica da equipe de suporte nutricional sendo a primeira etapa considerar se o processo mórbido em si vai ser influenciado pelo suporte nutricional parenteral, se a doença ou o tratamento vai piorar o apetite, alterar a digestão/absorção e qual a sua duração (MARCHINI et al., 1998).
A melhor maneira de prevenir é iniciar com apenas metade do previsto de acordo com o peso do paciente, e ir avançando ao mesmo tempo em que monitoriza os níveis séricos dos eletrólitos.
Em geral, a NP melhora as condições nutricionais e se mostra benéfica em pacientes com desnutrição moderada a grave, e pacientes moderadamente desnutridos com cirurgia do trato gastrintestinal superior. No entanto, efeitos benéficos da NP não são demonstrados em pacientes nutridos ou levemente desnutridos (2,4).
Uma meta de 35 kcal/kg por dia é uma meta aceitável se o ganho de peso for desejado em um paciente relativamente estável e em fase de defervescência da inflamação sistêmica.
Existem três vias de administração da nutrição parenteral:
Conheça os benefícios da Nutrição Parenteral
São indicações clínicas para a nutrição parenterai, EXCETO:
Indicações e contraindicações para a nutrição enteral (NE) e parenteral (NP)
Entre as complicações gastrointestinais, mais frequentes no uso da NE, estão diarreia, vômitos, náuseas e constipações, que podem estar relacionadas ao excesso de gordura na dieta, infusão rápida ou intolerância a componentes da fórmula.
A terapia de nutrição enteral tem como benefícios: • Reduzir o estresse metabólico, • Melhorar o balanço nitrogenado e o controle glicêmico, • Aumentar fluxo sanguíneo visceral, a resistência anastomótica e a síntese de proteínas viscerais, • Melhorar a função da barreira da mucosa intestinal e • Fornecer maior ...
O acesso enteral engloba os seguintes tipos: Sondas: São recomendadas por 3 a 4 semanas. A posição da sonda pode ser gástrica (Nasogástrica), duodenal e jejunal (Nasoentérica). A posição duodenal é indicada se houver gastroparesia (esvaziamento gástrico retardado) ou risco aumentado de broncoaspiração.
O suporte nutricional enteral pode ser ofertado por sondas introduzidas pela via nasogástrica, nasoduodenal ou nasojejunal, para terapia em curto prazo (três a quatro semanas), ou, então, por procedimentos cirúrgicos – gastrostomia ou jejunostomia, como a endoscopia percutânea, para alimentação em longo prazo (período ...
A NE é feita por meio de uma sonda que chega diretamente ao estômago ou intestino delgado e pode ter diferentes vias de acesso, como:
O principal objetivo da nutrição enteral é manter ou recuperar a saúde nutricional do paciente. Para isso, a nutrição enteral é feita pela via gastro-intestinal e complementa ou substitui a nutrição convencional, feita pela ingestão de alimentos sólidos e de água.
A Nutrição trata da integração entre a humanidade e o alimento, de modo a preservar à sua saúde do ser humano.
Quando o indivíduo tem dificuldades para se alimentar por via oral (boca), é proposto para ele alternativas diferentes de alimentação para que, assim, ele não fique sem receber os nutrientes necessários à sua sobrevivência. Nesse caso, as opções propostas são as dietas enteral e parenteral.
As vias de administração são definidas pelos, as principais vias de administração são: Sonda nasoenteral: posição gástrica, duodenal ou jejunal; Ostomias: Gastrotomia, jejunostomia.
No âmbito da medicina, existem dois tipos desses instrumentos: sonda nasoenteral e sonda nasogástrica. Ambas servem como alternativa de alimentação para indivíduos que não podem se alimentar totalmente pela boca durante a nutrição enteral.
Por serem resistentes podem permanecer no paciente por longo tempo (5 meses ou mais), sendo necessária a troca somente quando apresentarem problemas como ruptura, obstrução ou mal funcionamento.