Quando A Frica Foi Colonizada?

Quando a frica foi colonizada

A colonização europeia da África é um período importante da história mundial, no qual potências europeias estenderam seu domínio sobre o continente africano. Esse processo teve uma série de causas e consequências que moldaram a África até os dias de hoje.

A colonização europeia teve um impacto profundo nas populações africanas, resultando em perda de terras, exploração econômica, imposição de sistemas políticos e culturais estrangeiros e conflitos internos.

Consequências da colonização europeia na África

Desde o final do século XVII surgiram inúmeras expedições de missionários e exploradores em direção ao interior da África. Além disso, grupos de missionários passaram a atuar no continente com o objetivo de converter povos, difundindo o cristianismo. Acrescente-se a isso a ação de exploradores movidos com frequência pelo espírito aventureiro e comercial. Essas expedições serviram para verificar, cada uma à sua maneira, as potencialidades comerciais das várias regiões.

É importante notar que o termo “indígena” era usado com frequência pelos colonizadores para designar os povos africanos. Isso mostra quão etnocêntrica era a concepção europeia acerca dos povos não europeus. Para eles, os povos de outros continentes eram, de modo geral, “selvagens”, não sendo necessário utilizar termos específicos para cada grupo étnico. Na América ou na África, bastava usar o termo genérico: índio.

As potências coloniais dividiram a África em áreas de influência, sem levar em consideração as identidades étnicas e culturais das populações africanas. Isso resultou na formação de fronteiras arbitrárias que ainda causam tensões e conflitos até hoje.

O processo de descolonização

O processo de descolonização

As duas nações que mais possessões tiveram na África foram a França e a Inglaterra. Pode-se dizer que, de modo geral, a França optou por ter uma administração mais rígida e violenta. No processo de descolonização, a Inglaterra escolheu, em boa parte das colônias, garantir a independência de forma pacífica, embora no Quênia, por exemplo, tenham existido muitos conflitos.

A partilha da África ocorreu de forma gradual a partir do início do século XIX. Como era de se esperar, surgiram ao longo do tempo diversas rivalidades entre os europeus. Na costa ocidental da África, por exemplo, a disputa foi acirrada, sobretudo entre ingleses e franceses.

Legado da colonização europeia na África

Mais tarde, a descoberta de ouro e diamantes no transvaal motivou os ingleses a avançar sobre a ocupação bôere. Isso levou à deflagração da guerra que, em três anos, matou cerca de 75 mil pessoas, sendo boa parte delas negras. Durante o conflito, foram criados, talvez pela primeira vez na história, campos de concentração. Milhares de famílias negras e bôeres foram presas e morreram lentamente de fome e doenças. Ao final, os ingleses conquistam o transvaal.

Com frequência, os preceitos do darwinismo social se aliaram ao cristianismo evangélico. Ao longo do tempo, centenas de missões católicas e protestantes passaram a percorrer a África com o objetivo de “regenerar” os povos nativos e ensinar-lhes sua verdade religiosa. Embora muitos grupos religiosos tenham se destacado por trabalhos humanitários, sua tentativa de impor novas crenças e costumes também gerou graves conflitos sociais.

Imperialismo

Imperialismo

O processo de colonização envolveu a ocupação de territórios africanos pelos europeus. Exploradores, aventureiros e forças militares foram enviados para estabelecer postos avançados, construir fortalezas e dominar áreas-chave. Os europeus frequentemente encontraram resistência das populações locais, o que levou a conflitos violentos em muitos casos.

Aos poucos, as autoridades europeias iniciaram a criação de um grande aparato militar e administrativo nas regiões dominadas. Essa organização formal facilitava a exploração e garantia enormes lucros tanto para os Estados europeus quanto para os capitalistas. se durante a colonização do século XVI os monarcas tiveram papel preponderante, nesse momento os conglomerados capitalistas foram tão ou mais importantes do que os Estados nacionais.

Os movimentos de independência da primeira metade do século XX, de modo geral, tiveram pouco sucesso. Após a segunda Guerra Mundial (1939-45), porém, surgiram condições mais propícias para as lutas. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1948, garantiu aos povos do mundo o direito à autodeterminação. Além disso, era clara a contradição existente, pois os mesmos países que tinham feito a guerra em nome da liberdade e ainda mantinham domínios coloniais.

Processo de colonização

No entanto, a distância em relação aos futuros mercados e a extensão territorial dos continentes a serem explorados eram enormes. Percebendo que era impossível contornar essas dificuldades sem o apoio dos Estados nacionais, os capitalistas europeus passaram a apoiar politicamente e economicamente sua atuação política nessas regiões.

Uma das principais atividades da colonização europeia na África foi a exploração dos recursos naturais. As potências coloniais extraiam minérios, como ouro e diamantes, exploravam a agricultura e utilizavam a mão de obra local para a produção em larga escala. Essa exploração resultou em uma enorme transferência de riqueza da África para a Europa, deixando um legado de desigualdade econômica.

A partilha da África

A Conferência acabou por desenhar as fronteiras da África segundo os interesses das potências imperialistas, não respeitando a configuração geopolítica preexistente, o que colocou tribos rivais sob uma mesma administração. Etnias também foram separadas pelas fronteiras criadas em 1885. Como veremos, isso criou enormes problemas posteriormente.

A divisão arbitrária do continente africano pelas potências coloniais deixou um legado de fronteiras artificiais que não levavam em consideração as identidades étnicas e culturais das populações africanas. Isso contribuiu para conflitos étnicos e políticos que persistem até os dias de hoje. A falta de coesão entre diferentes grupos étnicos e a competição pelo poder têm sido desafios significativos para muitos países africanos.

O que atraiu os colonizadores europeus para a África?

A Revolução Industrial motivou esses países a explorar matérias-primas, especialmente minérios, dentre os quais podemos destacar o ferro, cobre, chumbo, além de produtos de origem agrícola, como algodão e borracha; todos fundamentais para a produção industrial.

O que mudou nas características da escravidão existente na África depois da chegada dos europeus?

A escravidão na África não surgiu após a chegada dos europeus na Época Moderna, mas tornou-se comercial depois disso. ... A principal diferença era que a escravidão na África não tinha o caráter comercial adotado após o desenvolvimento do tráfico de escravos através do oceano Atlântico.

Quais as consequências da colonização do Brasil?

A colonização do Brasil: um processo que marcou profundamente a formação do nosso país. ... A conquista de rotas comerciais com o Oriente, tido até então principal área de fluxo comercial das nações européias, fez com que a descoberta das terras brasileiras não fosse de muito interesse para a Coroa.

Quais sequelas foram deixadas na África após a independência?

As consequências da descolonização na África são muitas, considerando em primeiro lugar a questão das fronteiras classificadas de “artificiais” por separar, às vezes, povos da mesma língua e da mesma cultura.

Como era a África antes dos europeus chegaram?

Antes da chegada dos europeus, a África teve reinos ricos e fabulosos. Na Antiguidade, temos o império de Cartago e do Egito; e na Idade Média, a constituição do Império de Mali e da Etiópia. Através das cidades do norte da África se estabeleceu o contato e trocas comerciais com os países europeus.

Como foi o início da escravidão na África?

Escravidão. ESCRAVIDÃO, ESCRAVO NEGRO: a chamada "escravidão moderna, ou escravidão negra" começou com o tráfico africano no século XV, por iniciativa dos portugueses (em 1444, estes começam a adquirir escravos negros no Sudão), com a exploração da costa da África e a colonização das Américas.