Para não levantarem suspeitas – os senhores de engenho proibiam que praticassem qualquer tipo de esporte – os capoeiristas adaptaram os movimentos e adicionaram elementos coreográficos e musicais, camuflando seu verdadeiro significado. Após a abolição da escravatura, a prática continuou sendo vista como subversiva e apenas em 1937 deixou de ser considerada criminosa pelo Código Penal brasileiro.
A prática é acompanhada de música, produzida por instrumentos como berimbau, além do canto e palmas dos participantes, organizados em roda. Assim, a rapidez dos movimentos ocorre de acordo com o ritmo da música.
Assim, apesar das diferenças entre os estilos, podemos destacar como características da capoeira: a presença da música, a formação em roda, os movimentos como chutes, rasteiras, acrobacias e cabeçadas. Na angola os movimentos são mais rasteiros e lentos e na regional mais dinâmicos e aéreos.
No Primeiro Reinado a Capoeira já era proibida, mas ainda não fazia parte do código penal, porém era reprimida e punida com chicotadas e trabalhos forçados era praticada por negros escravos, livres, mulatos, mamelucos, brancos e estrangeiros.
A partir da década de 1920, passa a surgir um sentimento nacionalista nas artes, política e cultura do Brasil, era a Semana da Arte Moderna de 1922, que sacudiu o Brasil com seu resgate a cultura genuinamente Nacional, surge então com força total a Capoeira, agora como Ginástica Nacional Brasileira, idealizado por Burlamarqui, Mestre Zuma, que em 1928, formou o primeiro manual da Capoeira sem Mestre, método didático, onde o leitor atraves do livro tinha conhecimento da Capoeira como jogo, como luta.
Enquanto esses eventos políticos aconteciam a Capoeira crescia, evoluia, tornava-se arma das pessoas que viviam nas ruas, não era só o negro praticante da Capoeira, como já escrevi, o praticante era, mulato, mameluco, negro, branco, todos essas raças contribuiram para moldar a Capoeira moderna de hoje.
Muitos foram os mestres de capoeira importantes, entretanto esses dois se destacaram como figuras essenciais para que a prática ganhasse respeito e ficasse conhecida por seu caráter de luta e manifestação cultural.
Por isso, outro grande capoeirista, o Mestre Pastinha, defendia a valorização das tradições e do estilo rasteiro daquela que é conhecida como capoeira angola.
O ciclo do ouro trás várias mudanças na sociedade colonial, como o ouro era uma riqueza de fácil acesso, requer só uma batéia (teoricamente), era fácil encontrar homem livre e ate mesmo escravo que enriquecia com a descoberta do ouro.
Só no primeiro ano de vigência da lei o Chefe de Polícia do Rio de Janiero, Sampaio Ferraz mandou para Fernando Noronha cerca de 400 capoeiristas, sendo que desses 400, 65% foram considerados brancos, 20% estrangeiros e apenas 15% de negros, como se vê ela já era muito utilizada por diversas raças diferentes, pois não impotava a raça em si e sim a situação soçial da pessoa, pobre e marginalizado era capoeirista na certa ! Porém isso não impediu que muitos homens ricos praticassem a Capoeira, sendo que a maioria desses homens eram boêmios, da noite, conheciam a malandragem popular e sabiam usa-la a seu favor quando precisavam.
Nessa época houve uma mudança significativa na vida social da colônia, nasce uma classe média que crescia conforme crescia, a exploração do ouro, afinal os mineiros precisavam comer, beber, dormir, morar, ou seja a extração do ouro possibilitou o nascimento de uma classe social que sze sustentava prestando serviços aos mineradores de então.
O Brasil também recebe muitas pessoas estrangeiras interessadas em aprender essa arte que se tornou um símbolo de resistência do povo negro contra a opressão e o racismo.
Lei do Ventre-livre, essa é muito boa! A partir da promulgação desta lei todo o escravo nasceria livre, mas, teria que ficar na fazenda do seu Sr. Até ser de maior e poder viver sua vida, enquanto esperava a sua maioridade trabalhava para o Sr., sem ganhar nada é claro…
Aqui começa a história das senzalas, da escravidão e da Capoeira, quando chegam os primeiros negros para serem usados no trabalho escravo. O Negro chegou para substituir o americano o “Negro da Terra”. Para a Coroa de Portugal era difícil controlar o aprisionamento e a venda do Americano, pior, o americano conhecia a região podia fugir para mata com facilidade, já o Negro era mais fácil de controlar. O comércio era feito de continente para continente de um país distante do outro lado do mar a Africa. Ao entrar nas colõnias os escravos negros eram contados e contabilizados, dessa forma o Rei podia fiscalizar muito melhor o tráfico. Este por sua vez se tornava bem mais rentoso que o o tráfico do americano.
Vale destacar ainda a importância da música tanto na capoeira angola quanto na regional. O berimbau, atabaque, agogô, as palmas e o canto são parte indispensável da prática, sendo realizados pelos outros praticantes que estão em roda assistindo a capoeira ser jogada.
No caso do Brasil os portugueses precisavam cocretizar sua efetiva colonização, pois, ingleses e franceses viviam a contrabandear as riquezas do Brasil, o que na cabeça do Rei de Portugal era uma ofensa gravissíma, afinal, ele acreditava que as terras do Brasil eram dele o que configurava em roubo contrabandear tais riquezas.
Em 1933, após uma apresentação de Mestre Bimba e seus alunos para o então interventor da Bahia a Capoeira é finalmente liberada, deixando de fazer parte do código penal e dando início a uma nova era para a Capoeira no Brasil.
Acredita-se que a origem do nome capoeira tenha relação aos locais onde o esporte era praticado: em campos abertos e sem vegetação. Esta técnica era também uma forma de preservar a cultura de origem e desenvolver laços entre os praticantes.
A capoeira de Angola é a forma tradicional e originária desta dança-luta, conservando aspectos de origem africana. Os movimentos desta modalidade são característicos por seu caráter lento e a sua proximidade ao solo.
Logo os europeus perceberam que estavam na vanguarda de muitos conhecimentos em relação a outros povos do planeta. Com esses conhecimentos e sua habilidade guerreira, experiência adquirida em séculos de Cruzadas com os povos mulçumanos, o europeu passa a diversificar a prática mercantilista estimulando o Colonialismo e é essa pratica econômica que nos leva a escravidão.
Consistia puramente em cortar e armazenar a madeira e levá-la para Europa, onde era usada de várias formas. Porém, nesse primeiro Ciclo não precisou de trabalho escravo, já que os silvícolas americanos, faziam esse trabalho por algumas quinquilharias como, contas, pedrinhas de vidro, espelhinhos, faca…
Ao longo da história do estabelecimento desse esporte em solo brasileiro houve o diálogo com diversas influências culturais e regionais, trazendo jeitos diferentes de se praticar esta arte, formando assim o que são conhecidos como os tipos de capoeira.
Constantemente submetidos aos maus tratos e opressão dos senhores de engenho, a fuga dos escravos era frequente. Com isso, criou-se a figura do capitão do mato, responsável pela captura, tortura e assassinato dessas pessoas.
Resposta: é importante como cultura brasileira, pois ela foi usada não so como dança mas também como uma luta, a capoeira não é 100% brasileira pois ela foi trazida da África mas ela tem seu estilo brasileiro pois ela foi mais desenvolvida aqui no Brasil já que os africanos usavam bastante dessa luta como defesa ...
A Importância da capoeira no Brasil é dada porque ele representa uma parte cultural, histórica e folclórico, pois a capoeira é uma expressão artistica afro-brasileira que mascara uma luta cheia de alegria, ritual, tradição e camaradagem.
Para fins da presente Convenção são considerados como bens culturais, qualquer que seja a sua origem ou o seu proprietário: a) Os bens, móveis ou imóveis, que apresentem uma grande importância para o patrimônio cultural dos povos, tais como os monumentos de arquitetura, de arte ou de história, religiosos ou laicos, ou ...
A valorização do patrimônio histórico cultural é a valorização da identidade que molda as pessoas. Por isso, preservar as paisagens, as obras de arte, as festas populares, a culinária ou qualquer outro elemento cultural de um povo, é manter a identidade desse povo.