A Hepatite B é um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil e é causada por vírus. Em 2018, foi responsável por 13.922 (32,8%) dos casos de hepatites notificados no Brasil. O vírus da Hepatite B está relacionado a 21,3% das mortes relacionadas às hepatites entre 2000 e 2017.
A hepatite B aguda torna-se crônica em cerca de 5 a 10% dos total de pacientes; o risco é maior na idade jovem (90% para recém-nascidos, 25 a 50% para crianças com 1 a 5 anos e cerca de 5% para adultos).
Deve-se realizar outros testes para avaliar a função hepática; incluem níveis séricos de albumina, bilirrubina, e tempo de protrombina (TP)/razão normalizada internacional (RNI).
As gestantes que apresentem resultado do teste rápido reagente para hepatite B deverão complementar a avaliação com solicitação de exame específico e carga viral da hepatite B e, caso confirmado o resultado, a gestante pode ter indicação de profilaxia com tenofovir (TDF) a partir do 3º trimestre da gestação, caso atenda aos critérios estabelecidos no PCDT de Prevenção da Transmissão Vertical.
A dosagem para a TAF é 25 mg por via oral uma vez ao dia; não é necessário ajuste na dosagem se a depuração da creatinina estiver reduzida. A eficácia do TDF e da TAF é semelhante, mas o TAF é mais seguro nos pacientes em caso de preocupação quanto à toxicidade renal ou densidade óssea. Antes de iniciar e durante o tratamento, deve-se verificar os níveis séricos de creatinina e fósforo, a depuração da creatinina e os níveis urinários de glicose e proteína.
Além disso, pode ser indicada a realização de exames de sangue para avaliar o funcionamento do fígado, sendo solicitada a dosagem de Transaminase Glutâmico Oxalacética (TGO/ AST - Aspartato aminotransferase), Transaminase Glutâmico Pirúvica (TGP/ ALT - Alanina Aminotransferase), Gama-glutamiltransferase (gama-GT) e bilirrubina, por exemplo. Saiba mais sobre os exames que avaliam o fígado.
O tratamento da hepatite B varia de acordo com a fase da doença, sendo recomendado na hepatite aguda a realização de repouso, hidratação e cuidados com a dieta, enquanto que na hepatite crônica o tratamento normalmente é feito com remédios prescritos pelo hepatologista, infectologista ou clínico geral.
Este vírus transmite-se principalmente por via sexual, mas também através da partilha de agulhas e transmissão mãe-filho durante a gestação ou nascimento. Num estado mais avançado, a infeção pode potenciar o desenvolvimento de doenças hepáticas graves, como a cirrose e cancro no fígado.
Na hepatite B crónica, o tratamento antiviral está muitas vezes recomendado, atingindo-se o controlo do vírus na grande maioria dos casos. Embora não cure a infeção, tem o potencial de reduzir a lesão do fígado, prevenindo complicações a longo prazo.
Contudo, quando é confirmado pelo exame de sangue que o indivíduo portador de hepatite B crônica não tem doença hepática, ele não precisa tomar mais os medicamentos, por isso é que os indivíduos com hepatite B crônica necessitam de realizar exames de sangue com frequência. Saiba mais detalhes sobre o tratamento para hepatite B.
Antivirais podem melhorar os resultados dos testes de função hepática e do exame histológico do fígado e retardar a progressão para cirrose, mas pode ser necessário tomá-los indefinidamente; a resistência ao fármaco não é tão preocupante com os fármacos mais recentes.
Se HBsAg torna-se indetectável e ocorre seroconversão de HBeAg em pacientes com infecção por HBV crônica positiva para HBeAg, esses pacientes podem ser capaz de interromper os fármacos antivirais. Pacientes com infecção crônica por HBV negativos para HBeAg quase sempre precisam tomar fármacos antivirais indefinidamente para manter a supressão viral; eles já desenvolveram anticorpos para HBeAg e, portanto, o único critério específico para a interrupção do tratamento contra HBV seria HBsAg que torna-se indetectável.
Sem tratamento, casos de HBV podem desaparecer de maneira espontânea (incomum), progredir rapidamente ou desenvolver cirrose de forma gradual e lenta ao longo de décadas. Em geral, a resolução inicia-se com um aumento transitório da gravidade da doença e resulta na soroconversão da hepatite B e antígeno (HBeAg) em anticorpos contra a hepatite B e antígeno (anti-HBe), seguido pela perda do antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg).
Na hepatite B crônica há um grande risco de surgirem doenças graves do fígado, como cirrose hepática, insuficiência hepática e câncer do fígado, que podem criar danos irreversíveis no fígado, por isso, nestes casos, os pacientes devem seguir o tratamento indicado pelo médico.
Centers for Disease Control and Prevention (CDC): perguntas e respostas sobre hepatite B para profissionais de saúde: esse recurso fornece uma visão geral da hepatite B (incluindo estatísticas, transmissão, fatores de risco, triagem, sintomas, diagnóstico e tratamento), bem como informações sobre a vacina contra hepatite B, hepatite B e viagens internacionais. Acessado em 8 de junho de 2022.
A hepatite B aguda tem cura espontânea, na maior parte dos casos, devido ao próprio organismo criar anticorpos para eliminar o vírus. Contudo, em alguns casos, a hepatite B pode tornar-se crônica e o vírus permanecer no organismo por toda vida.
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