A energia eólica é aquela produzida pelos ventos, mediante o movimento de turbinas que transformam energia mecânico em energia elétrica. Esta forma de produção de energia surgiu pela necessidade de diversificar a matriz elétrica brasileira que, até então, concentrava-se nas usinas hidrelétricas.
No nascimento do PROINFA, a tecnologia de geração de energia eólica ainda era muito cara e o desenvolvimento em leilões competitivos só viria mais tarde. No final de 2009, ocorreu o primeiro leilão de comercialização de energia voltado exclusivamente para a fonte eólica. Este leilão, denominado Leilão de Energia de Reserva (LER), foi um sucesso com a contratação de 1,8 GW e abriu portas para novos leilões que ocorreram nos anos seguintes.
Num futuro não tão distante, nossas eólicas offshore podem, ainda, estar atreladas à uma das indústrias que terão papel central na energia das próximas geração, que é o hidrogênio. Os estados do Nordeste do Brasil, por exemplo, já cientes desta possibilidade têm assinado acordos de cooperação que permitirão a produção de hidrogênio verde dentro de alguns anos, utilizando principalmente eólicas, com destaque para as possibilidades das eólicas offshore que, vale lembrar, são sempre projetos de grandes dimensões.
Em busca de amenizar os impactos ambientais que têm gerado mudanças climáticas em todo o mundo, os países estão em uma grande corrida para cumprir suas metas, através da transição para energias renováveis.
Podemos vislumbrar, então, que a verdadeira potencialidade e oportunidade da transformação, é o fato de o investimento nos recursos naturais, de forma responsável, gerar desenvolvimento econômico e social por meio da distribuição de renda, da inclusão e da diminuição das desigualdades econômicas e sociais. É preciso dar esse pulo de raciocínio e ação: não basta gerar energia renovável que não emita CO2, é preciso que essa energia impacte positivamente a vida das pessoas. Aí começamos a falar de uma real transformação energética.
O presidente Joe Biden fez o anúncio de cumprir a meta de instalar 30 GW de capacidade eólica offshore até 2030, além de mobilizar diversos departamentos do governo para dar suporte e acompanhar o andamento deste projeto. Tudo isso para atingir a descarbonização no país completamente até 2035.
Na verdade, o processo de produção de energia eólica é bastante simples e depende muito mais da incidência de ventos. Os dois principais elementos utilizados neste processo são o vento e o aerogerador.
Por fim, vê-se que a energia eólica é uma das principais medidas estratégicas utilizadas no Brasil e no mundo para diminuir a emissão de gases poluentes na atmosfera e amenizar os impactos ao meio ambiente.
A verdade é que a turbina possui uma grande funcionalidade, visto que é a partir dela que a energia eólica é produzida, além de abranger alguns outros elementos em sua composição como a torre, nacele, rotor, anemômetro, pás.
Este material foi elaborado pela ABEEólica com o objetivo de resumir as principais informações e números sobre o desenvolvimento da energia eólica no Brasil. Se precisar de mais informações, entre em contato com nossa assessoria de imprensa pelo [email protected]
O que nossos bons ventos significam, além de uma energia limpa e confiável, é isso: um benefício real, palpável e mensurável para a sociedade por meio da melhoria de indicadores tão importantes como é o caso do IDHM e do PIB.
Nosso desafio não é, portanto, gerenciar escassez de recursos naturais limpos, como é o caso de tantos países que precisaram investir bilhões em políticas de desenvolvimento de renováveis. Nosso desafio é gerenciar sua abundância para produção de energia, tirar de cada um deles o melhor possível, protegendo a natureza e trazendo retornos sociais e econômicos para a sociedade.
No Brasil, ainda não existe instalação de energia eólica offshore, apesar de possuir uma grande extensão litorânea e ter grande capacidade mundial, mas há a expectativas de projetos para 2022.
Um exemplo é o Complexo Eólico de Osório, construindo no Rio Grande do Sul, cujo valor atingiu R$ 4,46 milhões por MW instalado. Os custos altos são compensados pelo tempo de vida útil do equipamento, além do fato de ser um gerador de energia limpa e uma solução bastante favorável para combater os impactos ambientais.
O parque eólico Lagoa dos Ventos, localizado nos municípios de Lagoa do Barro, Queimada Nova e Dom Inocêncio no estado do Piauí, é considerado o maior da América do Sul e é operado pela Enel Green Power do Grupo Enel.
O estudo também avaliou um benefício importante da energia eólica, que é a baixa taxa de ocupação do solo, chegando à conclusão de que, mesmo num cenário em que os aerogeradores estariam mais próximos, pelo menos 92% da área ficaria livre para outras atividades, podendo este valor ser maior ainda dependendo da distribuição dos aerogeradores. (Oliveira, Curi, Felini e Ficarelli, 2020).
Com o movimento impulsionado pelo vento, a corrente magnética gera eletricidade que é armazenada. É possível construir um gerador de energia eólica no quintal de casa, bem como numa área extensa para alimentar uma cidade inteira.
Outra vantagem é que a força dos ventos oceânicos faz as pás girarem com mais força e com maior duração, tornando o sistema ainda mais eficiente e veloz do que os terrestres.
Em 1992, no arquipélago de Fernando de Noronha, entrou em operação o primeiro aerogerador instalado no Brasil, resultado de uma parceria entre o Centro Brasileiro de Energia Eólica (CBEE) e a Companhia Energética de Pernambuco (CELPE), com financiamento do instituto de pesquisas dinamarquês Folkecenter. Durante os dez anos seguintes, a energia eólica pouco cresceu, em parte pela falta de políticas, mas principalmente pelo alto custo da tecnologia.