a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. Exemplos: Devo esclarecer-lhe o ocorrido/ Devo-lhe esclarecer o ocorrido.
A próclise é uma das três formas de colocação pronominal. Na próclise, o pronome pessoal oblíquo átono aparece antes do verbo....Na ênclise, o pronome pessoal oblíquo átono aparece depois do verbo:
Na teoria, todos nós sabemos quais são os pronomes pessoais -- me, te, se, nos, vos, lhe(s), o(s), a(s) e quando usá-los. Eles podem ser usados, na língua padrão, antes do verbo (próclise), depois do verbo (ênclise) e no meio do verbo (mesóclise).
O pronome “lhe” é usado para substituir o complemento de um verbo transitivo indireto, ou seja, que exige a preposição (a, para ) como antecedente. Logo, orações como: Quero lhe abraçar ou Não lhe conheço são equivocadas, pois os verbos “abraçar” e “conhecer” são transitivos diretos, não exigem preposição.
O e lhe são pronomes pessoais oblíquos átonos relativos à terceira pessoa do singular. São usados quando, na frase, o substantivo que substituem tem função de objeto direto (o, a, os, as) ou de objeto indireto (lhe, lhes).
Usa-se o pronome pessoal oblíquo da terceira pessoa, “lhe” ou “o/a”, quando o interlocutor for tratado por “você”, e o pronome pessoal oblíquo da segunda pessoa, “te”, se ele for tratado por tu. Simples assim.
Desejo-lhe é formado por verbo desejar + pronome pessoal lhe o que indica a pessoa ou coisa de que se fala ou escreve ou a pessoa a quem se fala ou escreve. Desejo-lhe as maiores felicidades. Desejo-lhe tudo de bom para o seu futuro. Ou seja, desejo que algo lhe ocorra.
De acordo com a Gramática Tradicional, quando o verbo não exigir preposição, usa-se o pronome oblíquo “o” ou “a”. Caso exija (enquadrando-se como verbo transitivo indireto), usa-se o pronome oblíquo pessoal “lhe”.
Dizer "Eu lhe amo" está errado porque o verbo amar, sendo um verbo transitivo direto, tem como complemento verbal um objeto direto, representado pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as. O pronome oblíquo lhe representa o objeto indireto, subentendendo uma preposição (lhe = a si).
Correto: Deus o/a abençoe. O verbo “abençoar” exige, neste caso, a regência direta, sem preposição; entretanto, em linguagem coloquial do dia a dia poderemos, também, dizer: “Deus te abençoe“.