LETRA E). Na medida em que a economia açucareira ocupou grandes faixas do litoral brasileiro, a pecuária acabou sendo desenvolvida em terras do interior do nosso território. Ao mesmo tempo, devemos salientar que a adoção da pecuária extensiva incentivou a realização de várias incursões pelo território em busca de melhores pastagens para a criação de gado.
Esta firmação da pecuária no Brasil colonial também fez com que o número de animais crescesse rapidamente. De acordo com algumas estimativas, acredita-se que ainda no século XVII, ainda com as atividades pecuárias sendo realizadas especialmente no nordeste, o número de cabeças de gado passava das 600 mil, fazendo assim com que este serviço se firmasse como uma importante atividade econômica.
Porém, além de servir para o abastecimento e o sustento da população nas regiões que começavam a ser exploradas pelo país, a pecuária passou a oferecer outras atividades para as pessoas, como, por exemplo, o comércio de animais para o transporte de mercadorias ou mesmo de pessoas, ampliando assim o seu alcance e ganhando uma importância ainda maior.
Desta forma, a mão de obra na pecuária foi composta por diferentes tipos de trabalhadores livres, tanto de origem branca, mestiça ou negra, e até mesmo indígena. Outra diferença implementada pela atividade pecuária era o pagamento desta mão de obra, que era feita, em sua maioria, por meio de animais que nasciam nestes rebanhos, oferecidos aos trabalhadores em troca de seus serviços na atividade pecuária.
Sobre o tema pecuária no período Brasil Colônia, é correto o que se afirma na letra: C) expansão para o interior.
Outra atividade que surgiu no Brasil colônia e ganhou força rapidamente foi a atividade mineradora, que fez com que as regiões centro-oeste e sudeste do país começassem a ser exploradas para a mineração. Este avanço da mineração fez com que a pecuária também ganhasse força, avançando ainda mais pelo nordeste e também pela região sul do país, tendo como objetivo principal a oferta de serviços para abastecimento da população envolvida na atividade de mineração.
Durante o período do Brasil colônia, em meados do século XVI, a pecuária foi de grande importância para que ocorresse a expansão territorial, onde a população cada vez mais se deslocava para o interior do país, uma vez que as faixas litorâneas, principalmente no nordeste, estavam dedicadas ao cultivo de cana de açúcar.
A proibição decretada pelas autoridades da pecuária em regiões litorâneas, embora tivesse caráter estritamente restritivo, visando preservar as plantações de cana de açúcar, acabou fazendo com que as criações de gado avançassem pelas regiões do interior do Brasil.
Uma das regiões que mais contribuiu para esta expansão do serviço pecuário no Brasil colonial foi ao longo do Rio São Francisco, na época conhecido como Rio dos Currais, pois esta região fornecia excelentes reservas de água, pastos e reservas de sal-gema. Estas condições favoráveis fizeram com que surgissem neste entorno do rio diversas fazendas de criação de gado, contribuindo ainda para a exploração do interior do país utilizando a proximidade destas águas.
Por meio desse sistema, vemos que a pecuária colonial também era marcada por interessante mobilidade social, que permitia que os vaqueiros se tornassem donos do seu próprio rebanho. Paralelamente, vemos que a pecuária colonial destoava das políticas econômicas privilegiadas pela Coroa Portuguesa. Ao invés de produzir riqueza visando à conquista do mercado externo, a pecuária desse tempo concentrava-se no abastecimento das cidades e outros povoamentos do território brasileiro.
Com o tempo, e com o clima favorável brasileiro, observou-se a oportunidade de expandir as criações, e desse modo precisava-se de terras vastas para o rebanho, o que causou a exploração de terras mais para o centro do território.
Entre as atividades que surgiram neste período, a agropecuária começou a ganhar força, pois as cabeças de gado eram utilizadas para o serviço necessário nos engenhos de açúcar, fazendo com que a implementação da pecuária no Brasil colonial fosse assim facilitada.
Este comércio e a criação de animais feita pela pecuária contribuíram ainda mais para que a exploração avançasse pelo país, propiciando às pessoas uma maior facilidade para que novos lugares propícios para a mineração fossem explorados, levando assim estes trabalhadores cada vez mais para dentro do país.
Geralmente, os trabalhadores ligados à pecuária eram brancos, mestiços, índios e escravos alforriados. A existência de escravos era minoritária e grande parte desses trabalhadores – na qualidade de vaqueiros e peões – recebiam uma compensação financeira, considerada regular, pelos seus serviços. Os vaqueiros, que coordenavam as atividades junto ao gado e comandavam os peões, recebiam um quarto das crias do rebanho nascidas ao longo de um período de quatro ou cinco anos.
No entanto, a implementação de serviços pecuários acabava por interferir na principal exploração daquela época, o açúcar, pois era comum que os rebanhos de animais acabassem, ocasionalmente, causando danos em meio às plantações, fazendo assim com que se perdesse muito em termos de açúcar.
Com o passar do tempo, a criação de gado passou a ocupar regiões do interior do território que não interferissem na produção de açúcar do litoral. Tal experiência, ocorrida principalmente na região Nordeste, fez com que os primeiros criadores de gado adentrassem o território e rompessem com os limites do Tratado de Tordesilhas. No século XVIII, essa experiência foi potencializada por um decreto da Coroa Portuguesa que proibia a criação de gado em uma faixa de terras de oitenta quilômetros, da costa até o interior.
Dessa forma, podemos considerar que o modelo de criação de animais adotado - no Brasil colônia - foi o extensivo, que é aquele em que os animais são criados soltos no pasto.
A ocupação do território colonial português ocorreu a partir de algumas localidades do litoral rumo ao interior do continente. Indique qual das alternativas é incorreta em relação a este processo histórico.
No Brasil colônia, a pecuária teve um papel decisivo na: O cupação das áreas litorâneas. Formação e exploração dos minifúndios. Expulsão do assalariado do campo.
Desde o século XVII meados do século XVIII a pecuária ocupou diversas regiões do interior do Nordeste, tendo como centros de irradiação as capitanias da Bahia, onde o gado ocupou terras do "sertão de dentro" e de Pernambuco, ocupando as terras do "sertão de fora", sempre através dos rios, ao longo dos quais ...
As áreas onde ocorreu a expansão da pecuária atualmente são as da região centro-oeste do Brasil, além é claro, da região Sul, principalmente o Rio Grande do Sul, com longa tradição pecuária.
Apesar de sua importância para as diversas atividades da Colônia, considerava-se a criação do gado uma atividade secundária. Para que não prejudicasse a produção do açúcar, ocupando e danificando o espaço do canavial, ela foi sendo levada para o interior, cumprindo um importante papel em sua ocupação.
O gado criado nesses locais, bovino e muar, era utilizado na alimentação, na produção de couro para utensílios de trabalho e domésticos, além da tração animal nos trabalhos para a obtenção do açúcar.
Na hoje província de Buenos Aires, as estâncias se mantiveram concentradas nas margens dos rios Paraná e da Prata. ... Na época, a região já possuía estâncias onde habitavam populações sedentárias pioneiras em meio à imensidão dos Pampas.
Aos poucos, a expansão para o sul se amealhou aos interesses coloniais portugueses. Progressivamente, a criação de gado firmou a base da economia da região sul. ... As missões jesuíticas e a pecuária foram importantes para a ocupação da região sul.
Criatórios extensos denominados estâncias, também chamados fazendas no norte do Estado, surgiram a partir da existência de pastagens qualificadas, povoadas pelo gado xucro abundante remanescente do empreendimento jesuítico.
Com o tempo, muitos dos locais onde os tropeiros paravam para reunir o gado tornaram-se estâncias, fazendas de criação de gado para venda. ... Foi nas estâncias que surgiu o típico gaúcho, descendente de índios, portugueses ou espanhois.
Os escravos das estâncias, sobretudo os campeiros, trabalhavam com alto grau de autonomia e andavam armados e a cavalo, mas isso não significava que se rebeliam ou evadiam a cada oportunidade que aparecia.
As estâncias foram estabelecimentos rurais destinados inicialmente à reunião e invernação do gado solto remanescente das Missões Jesuíticas, com o objetivo de ser deslocado e comercializado no centro do país através de Sorocaba.
Ao longo dos caminhos das tropas, diversas fazendas, chamadas de invernadas, eram alugadas para os animais se alimentarem e as tropas descansarem. Ao redor desses locais, muitas cidades foram surgindo, como Castro, Curitibanos, Ponta Grossa, Rio Negro e Lapa.
O Poder Judiciário do Brasil baseia-se em três instâncias. ... Já a Justiça Especializada: 1ª instância - Varas do trabalho, Juntas eleitorais e Auditorias militares, na 2ª instância-TRT, TRE e TJM. Sendo os Tribunais Superiores* "3ª instância" - TST, TSE e STM, STJ e última instância "4ª instância" - STF.
A primeira instância ou primeiro grau são as varas ou seções judiciárias onde atuam o juiz de Direito. Essa é a principal porta de entrada do Judiciário.
Primeira instância Quando o parecer do juiz não for favorável ao interesse da pessoa que entrou com a ação, este poderá entrar com um recurso, e então o processo será analisado pela segunda instância.