Lutas são disputas, em que dois ou mais indivíduos se interagem utilizando de golpes para imobiliza o adversário.
A técnica propicia uma eficiência tal que, segundo os guaranis, os antigos guerreiros Xondaro conseguiam agarrar flechas em pleno vôo. Assim como a capoeira, que pode exercer a função de luta ou de dança — conforme as circunstâncias —, a Xondaro também possui um papel múltiplo. Luta, dança e canto.
De origem Guarani, o Xondaro tem como sua principal característica a atitude de desviar-se do oponente, deixando-o gastar toda sua energia. Como nas artes marcias orientais, o Xondaro também usa como referência os movimentos dos animais, principalmente de três aves: o colibri, o gavião e a andorinha.
No local, os índios Guarani mantêm a tradição da dança Xondaro, que tem o respeito à natureza como princípio. Em São Luís do Maranhão, conhecida como a "Jamaica brasileira", a equipe de reportagem confere a movimentada cena de reggae do local.
10 danças brasileiras que você precisa conhecer
Cada povo possui seu toré próprio, mas, em geral, envolve uma dança circular ao ar livre, na qual os índios, em fila ou em pares, acompanham o ritmo da dança com cantos ao som de maracás, zambumbas, gaitas e apitos. Há vários grupos de Toré pelo Brasil, um deles é o grupo de Toré do rio São Francisco.
A dança Xondaro é praticada apenas pelo sexo masculino, num contexto de luta semelhante ao da capoeira, com treinamento específico, cujo objetivo é os indígenas permanecerem mais fortes, tanto fisicamente como espiritualmente, além de protegerem a si próprios e à opy.
(SEE – SP) Como característica predominante das danças indígenas, encontra-se: A seu sentido ritualístico, celebrando momentos importantes da comunidade.
Como em várias músicas Guarani Mbya, acompanhando a voz, são usados o mbaraka (violão), mbaraka mirĩ (chocalhos de mão) e a ravé (rabeca).
Os Guarani Mbya referem-se aos brancos como jurua. Não se sabe ao certo desde quando empregam esse termo, porém, hoje, ele tem uso corrente e parece destituído de seu sentido original. Jurua quer dizer, literalmente, “boca com cabelo'', uma referência à barba e ao bigode dos europeus conquistadores.
Os porahéi, canções dos guarani, têm diversos motivos religiosos, eles exaltam as divindades, falam da “Terra sem Males”, falam da coragem, da sabedoria e da luz de seus deuses e heróis, como pudemos ler no canto traduzido acima.
A música é uma manifestação muito importante da cultura guarani. Para esse povo, o ato de cantar dá acesso às palavras de Nhanderu, deus criador de tudo. ... Assim, para os guaranis, o canto permiti a transformação e o movimento do mundo e, principalmente, o contato com seus deuses.