Endometriose é uma afecção inflamatória provocada por células do endométrio que, em vez de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal.
Relugolix (outro antagonista do GnRH) combinado com estradiol e noretindrona está sendo estudado como tratamento para endometriose. Essa combinação minimiza as ondas de calor e a perda óssea, mas se for tomada por mais de 24 meses, é possível que a perda óssea continue a ocorrer e se torne irreversível.
Os médicos classificam a endometriose como sendo mínima (estádio I), leve (estádio II), moderada (estádio III) ou grave (estádio IV) tomando por base as seguintes características:
Endometriose profunda é a forma mais grave da doença. As causas ainda não estão bem estabelecidas. Uma das hipóteses é que parte do sangue reflua através das tubas uterinas durante a menstruação e se deposite em outros órgãos. Outra hipótese é que a causa seja genética e esteja relacionada com possíveis deficiências do sistema imunológico.
Já os locais menos comuns incluem as trompas de Falópio, a superfície exterior dos intestinos delgado e grosso, os ureteres (canais que vão desde os rins até à bexiga urinária), a bexiga e a vagina. Raramente, o tecido endometrial cresce nas membranas que revestem os pulmões (pleura), no saco que envolve o coração (pericárdio), na vulva, no colo do útero ou nas cicatrizes cirúrgicas encontradas no abdômen.
O médico pode descobrir que a mulher tem endometriose no ovário através da ultrassonografia transvaginal ou pélvica, em que é observada a presença de cisto no ovário com mais de 2 cm e cheio de líquido escuro.
A endometriose provoca inchaço abdominal e retenção de líquidos, porque acaba provocando uma inflamação nos órgãos em que se encontra, como ovários, bexiga, intestino ou peritônio. Apesar de não haver um grande aumento de peso na maioria das mulheres, pode-se notar um aumento do volume abdominal, principalmente pélvico nos casos mais severos de endometriose.
No entanto, é possível que esses medicamentos não consigam eliminar a endometriose, e mesmo que consigam, muitas vezes ela volta depois que a terapia é interrompida, a menos que um tratamento mais radical seja usado para fazer com que os ovários parem de funcionar total e permanentemente.
A laparoscopia costuma ser usada para remover as lesões; as lesões peritoneais e ovarianas podem ser eletrocauterizadas ou, raramente, vaporizadas ou excisadas a laser. Endometriomas devem ser removidos porque a remoção previne a recorrência de forma mais eficaz do que a drenagem. Após esse tratamento, as taxas de fertilidade são inversamente proporcionais à gravidade da endometriose. Se a ressecção está incompleta, às vezes administram-se agonistas de GnRH durante o período perioperatório, mas não está claro se essa tática aumenta as taxas de fertilidade. A ressecção dos ligamentos uterossacros com eletrocauterização por via laparoscópica ou laser pode reduzir a dor na região mediana da pelve.
Assim, o médico pode recomendar que a mulher inicie as tentativas de engravidar o quanto antes, ou poderá indicar a técnica de congelamento de óvulos, para que no futuro a mulher possa decidir se quer fazer a inseminação artificial e ter filhos.
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À medida que a doença progride, o tecido endometrial ectópico tende a aumentar gradualmente de tamanho. Ele também pode se espalhar para novos locais. No entanto, a quantidade de tecido e o quão rápido a endometriose avança são fatores extremamente variáveis. O tecido pode permanecer na superfície das estruturas ou pode penetrá‑las profundamente (invadir) e formar nódulos.
Exames de imagem não detectam de forma confiável a endometriose; entretanto, esses exames às vezes mostram a extensão da endometriose e, portanto, podem ser usados após o diagnóstico para monitorar a doença e a resposta ao tratamento. Uma ultrassonografia mostrando um cisto ovariano consistente com um endometrioma é altamente sugestiva do diagnóstico. A presença e o tamanho dos endometriomas ovarianos são parte do sistema de estadiamento da endometriose (estádio III: pequenos endometriomas; estádio IV: grandes endometriomas) e a diminuição no tamanho do endometrioma pode evidenciar uma resposta ao tratamento.
Tratam-se os casos moderados a graves de endometriose com maior efetividade por ablação ou excisão do maior número possível de implantes e, ao mesmo tempo, restauração da anatomia pélvica e preservação da fertilidade o máximo possível. Pode-se fazer ablação dos implantes endometrióticos superficiais. Para implantes profundos e extensos, excisão.
Pode-se tratar endometriose retovaginal, a forma mais grave da doença, com os tratamentos usuais para endometriose; entretanto, ressecção ou cirurgia do colon pode ser necessária para prevenir a obstrução do cólon.
Estadiar a endometriose ajuda os médicos a formular um plano de tratamento e avaliar a resposta à terapia. Segundo a American Society for Reproductive Medicine, a endometriose pode ser classificada como estágio I (mínima), II (leve), III (moderada) ou IV (grave), com base em
Os ovários e os ligamentos que sustentam o útero são locais onde o tecido endometrial ectópico costuma se desenvolver e, com menos frequência, ele se situa nas trompas de Falópio. Porém, às vezes o tecido endometrial ectópico também surge em outras regiões da pelve e do abdômen, ou, em casos raros, ele pode ser encontrado nas membranas que revestem os pulmões ou o coração.
Medicamentos podem ser receitados para inibir a atividade dos ovários e, assim, retardar o crescimento do tecido endometrial ectópico e reduzir o sangramento e a dor. Os seguintes medicamentos costumam ser usados:
Uma ultrassonografia ou imagem por ressonância magnética (RM) podem ajudar o médico a avaliar a endometriose de maneira não invasiva (ou seja, não é necessária uma incisão). É possível que ela seja realizada para verificar quanto à presença de um cisto ovariano causado por endometriose (endometrioma). No entanto, sua utilidade para definição de diagnóstico é limitada. Às vezes, a RM consegue detectar sinais característicos que são exclusivos do tecido endometrial. No entanto, a RM não consegue detectar pequenas placas de tecido endometrial.
O endométrio é uma mucosa que reveste a parede interna do útero, sensível às alterações do ciclo menstrual, e onde o óvulo depois de fertilizado se implanta. Se não houve fecundação, boa parte do endométrio é eliminada durante a menstruação. O que sobra volta a crescer e o processo todo se repete a cada ciclo.