Contudo, essa definição está bastante errada. Ela é incompleta e desconsidera a imensa variedade que forma o Oriente Médio. Além disso, a região têm outras denominações religiosas, para além do islamismo.
O soberano [Ciro] persa revelou magnanimidade diante dos reis e povos vencidos. Astíages, Creso e Nabônide foram tratados liberalmente. As populações tiveram seus sentimentos e crenças religiosas respeitadas: devolveram-se às respectivas cidades as estátuas divinas que Nabônide havia trazido para a Babilônia; aos judeus exilados não só foi permitida a volta à Palestina e a construção do tempo, mas também restituíram-se os vasos de ouro e de prata encontrados no tesouro real [babilônico] e provenientes do antigo templo de Jerusalém [destruído pelos babilônios]. (GIORDANI, 1969, p. 275, acréscimo nosso)
O império persa ruiu aproximadamente em 330 a.C. após uma série de vitórias quase inacreditáveis dos macedônicos contra o rei persa, Dario III. Grânico, Isso e Gaugamela, as grandes batalhas vencidas pelas poderosas falanges macedônicas.
A Estrada Real Persa era utilizada para rápido o envio e recebimento de mensagens e se estendia por milhares de quilômetros com centenas entrepostos, onde os mensageiros podiam trocar de cavalo, descansar ou simplesmente repassar a mensagem a outro mensageiro, que imediatamente sairia no mesmo galope até o posto seguinte. A distância entre cada entreposto seria de aproximadamente 25 km.
Os persas eram descendentes dos indo-europeus, que primeiro começaram a povoar a região ao leste da mesopotâmia, cerca de 6000 a.C. Acredita-se que essas levas imigratórias se estenderam até 2000 a.C., quando os povos começaram a melhor se estabelecer na região, abandonando o nomadismo.
A religião seguida pelos persas era o zoroastrismo, criada pelo profeta Zaratustra, também chamado de Zoroastro (628–551 a.C.). O livro sagrado do zoroastrismo é a Avesta.
Os persas, como muitos povos do Oriente, eram reconhecidos pelo excesso de pompa e luxo de seus monumentos, palácios e cidades de modo geral. E com os seus jardins não seria diferente.
Em determinada ocasião, Alexandre teria lançado:
Os persas foram nômades e vassalos de outros povos por milhares de anos até que em 559 a.C. foram unificados sob a liderança de Ciro II, passando rapidamente a ser uma forte civilização da região.
Para administrar um império tão vasto e complexo, mantendo-o sempre sob uma forte centralização política, uma série de inovações, como satrápias, estradas e um eficiente sistema de correio, foram elaborados e disponibilizados por todo o império.
Os persas conseguiram um feito notório para a economia da época, quando conseguiram padronizar a moeda de modo “internacional”. Chamada de dárico, a moeda levou o nome do seu criador, Dario I. Essa padronização demonstrou o status e poderio do império, além de obviamente facilitar o comércio entre os mais diferentes povos.
A agricultura representava pequena parte da economia devido ao solo pouco produtivo da região que habitavam, sendo mais comum a comercialização de produtos agrícolas a partir da compra e venda a outros povos, como o do chamado “Celeiro da Antiguidade”, o Egito.
De maneira geral, entretanto, quando falamos em Oriente Médio, estamos pensando em quase 1 bilhão de habitantes, que pertencem a pelo menos 4 matrizes religiosas tradicionais e são compostos por, pelo menos, 4 grupos étnicos diferentes.
Importante destacar a existência de aparatos militares em localidades estratégicas para intervenção, fazendo valer a lei do imperador ora sufocando eventuais rebeliões ora espionando supostos sápatras desleais.
Apesar de toda a rigidez da política, era de praxe esperar um bom grau de tolerância por parte dos persas para com os povos conquistados. A tolerância, principalmente a religiosa, tratava-se de uma característica destacada na sua cultura, algo bem incomum para os padrões da época.
A Mesopotâmia, a Ásia Menor, e o Egipto passariam a fazer parte do Império Persa, iniciado por Ciro O Grande. Com a morte do Rei Cambises, filho de Ciro, o controle da Pérsia passaria para Dario I que dividiu o grande Império em 20 Sátrapias, o mesmo que províncias.
Exemplo: nasceu na classe dos artesãos, como artesão morrerá, assim como seus descendentes. Apenas em situações raras e extraordinários se tem a quebra dessa caracterização da sociedade civil persa.
A civilização persa é considerada como uma das mais expressivas da Antiguidade por ter conseguido expandir seu território até o Egito, Síria, Babilônia, Fenícia, Palestina, Reinos da Lídia e por ter compreendido porções de terras gregas da Ásia Menor.
Filho de Dario I e neto de Ciro II, Xerxes I também era um guerreiro formidável. Herdou o trono com a missão de vingar a derrota de seu pai para os gregos. Falando em números, a força de invasão persa teria sido a maior da Antiguidade e Idade Média, algo com aproximadamente 250 mil soldados.
Devido à vastidão do império, fez-se por bem dividir as regiões para facilitar a administração. Cada divisão da Pérsia era chamada de Satrápia (foram mais de 20) e seus governantes conhecidos por sátrapas, cuja função principal era a arrecadação de impostos.