O tecido ósseo é o componente principal do esqueleto e seu principal objetivo é fornecer suporte para os tecidos moles adjacentes e proteger órgãos vitais, através da caixa craniana, caixa torácica e canal medular.
O tecido ósseo secundário é o mais frequentemente observado nos adultos. A principal diferença em relação ao tecido ósseo primário é a organização das fibras colágenas em lamelas paralelas umas às outras, dispostas em torno de canais que contém vasos sanguíneos. Daí o nome dado a esse tipo de tecido ósseo: tecido ósseo lamelar. Esse sistema de lamelas concêntricas circundando canais vasculares é conhecido como sistema de Havers. Um sistema de Havers pode ser chamado ainda de ósteon.
Com isto, permitem a atividade dos osteoblastos que continuam a produção da matriz óssea. A ação dos osteoblastos e osteoclastos faz com que os ossos estejam em contínua remodelação. A matriz óssea é composta por uma parte orgânica e inorgânica. A parte orgânica é constituída por fibras colágenas, proteoglicanos e glicoproteínas.
Acredita-se que os osteoclastos são derivados dos monócitos e têm a função de realizar a reabsorção óssea durante o crescimento e o remodelamento ósseo. Os osteoclastos são polimorfos, multinucleados (com cerca de 20 núcleos em seu citoplasma) e maiores do que os osteoblastos e osteócitos. Eles geralmente são encontrados nas lacunas de Howship (locais de reabsorção óssea). Como essas células têm alta demanda metabólica, elas apresentam várias mitocôndrias no seu citoplasma. Além disso, possuem vários vacúolos repletos da enzima fosfatase ácida, que facilita a reabsorção óssea.
Existem diversas lesões neoplásicas ósseas importantes que todo estudante deveria conhecer. Devemos recordar que aquelas neoplasias classificadas como tumores agressivos benignos são propensas a sofrer uma transformação maligna:
Eles participam não apenas da secreção dos componentes orgânicos da matriz óssea, mas também de sua calcificação pela secreção de enzimas como a fosfatase alcalina, capaz de regular a fosforilação de outras fosfoproteínas.
Os osteoblastos ficam presos na matriz óssea que eles mesmos produzem e, como consequência, se diferenciam em osteócitos. Essas células mantêm suas projeções citoplasmáticas, ou seja, suas comunicações com os osteócitos e osteoblastos adjacentes. Ao contrário dos condrócitos, os osteócitos não sofrem divisão celular nem produzem nova matriz. Essas células são elípticas, levemente basófilas e contêm um núcleo ovalado com muito menos organelas do que os osteoblastos.
Os osteoblastos são derivados mesenquimais das células osteoprogenitoras. As células osteoprogenitoras são estimuladas pelas proteínas morfogenéticas ósseas logo antes do início do processo de formação do osso. Ao contrário dos osteoclastos, os osteoblastos são células mononucleares, cúbicas e basófilas, que se encontram na superfície do osso em desenvolvimento durante seu crescimento e remodelação. Os osteoblastos secretam a matriz óssea e facilitam a mineralização óssea.
Os vários centros de ossificação crescem radialmente e acabam por se fundir e substituir a membrana conjuntiva preexistente. A palpação do crânio dos recém-nascidos revela áreas moles – as fontanelas –, nas quais as membranas conjuntivas ainda não foram substituídas por tecido ósseo.
- as células da cartilagem hialina sofrem várias modificações: hipertrofia dos condrócitos; a matriz cartilaginosa situada entre os condrócitos hipertróficos reduz-se a finos tabiques e sofre calcificação; morte dos condrócitos por apoptose
A doença Paget é notavelmente diferente da osteoporose, já que é um transtorno que se caracteriza pela produção óssea aumentada e desorganizada. Ela tem três fases principais: uma fase osteolítica-destrutiva, seguida por um quadro osteoclástico-osteoblástico, no qual se evidencia uma nova formação excessiva de osso, e uma fase osteoclástica. Sua etiologia é desconhecida, mas fatores genéticos e ambientais contribuem em sua patogênese.
Os osteócitos têm um papel fundamental na manutenção da integridade da matriz óssea. Osteoblastos:os osteoblastos sintetizam a parte orgânica da matriz óssea, composta por colágeno tipo I, glicoproteínas e proteoglicanas. Também concentram fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz.
Os osteoclastos convivem com os osteoblastos e osteócitos, mas pertencem a uma linhagem celular bastante diferente, sendo derivados de monócitos que, no interior do tecido ósseo, fundem-se para formar os osteoclastos multinucleados.
A camada interna do periósteo, justaposta ao tecido ósseo, é mais celularizada e apresenta células osteoprogenitoras, morfologicamente semelhantes aos fibroblastos. Essas células se multiplicam por mitose e se diferenciam em osteoblastos, desempenhando papel importante no crescimento dos ossos.
Além da classificação em osso esponjoso e osso compacto, o tecido ósseo pode ser classificado em tecido ósseo primário, também conhecido como tecido ósseo imaturo ou não lamelar, e tecido ósseo secundário, também conhecido como tecido ósseo maduro, ou lamelar.
O tecido ósseo é formado por células e material extracelular calcificado, a matriz óssea. As células deste tecido podem ser de três tipos: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Os osteoblastos localizam-se periferia do osso e possuem longos prolongamentos citoplasmáticos que tocam os osteoblastos vizinhos.