Esses idosos apresentam muita vulnerabilidade, seja por problemas cognitivos, funcionais ou psicossociais; suas doenças ou complicações se apresentam de forma atípica, o que dificulta e retarda o diagnóstico muitas vezes. Com isso, estão sujeitos a mais frequência de iatrogenia, fragilização, internações e institucionalização.
Avaliação de resultados: a pontuação varia de 0 (ZERO) a 9 (NOVE) pontos, onde 9 (NOVE) indica dependência (parcial ou total) para o desempenho de todas as atividades e 0 (ZERO) indica independência na realização de todas as atividades propostas.
O principal teste para triar e acompanhar as funções cognitivas é o Mini-Mental State Examination, ou Miniexame do Estado Mental (MEEM). De acordo com a avaliação individual de cada idoso, ele poderá ser complementado por outros testes neuropsicológicos.
A autonomia é a capacidade do indivíduo tomar suas decisões, para isso é analisado o humor e a cognição. O humor é avaliado pela Escala de Depressão Geriátrica. A cognição/comportamento pode ser avaliadao por testes de rastreio como o 10-Point Cognitive Screener, o Miniexame do Estado Mental e a Fluência Verbal.
Como instrumento de diagnóstico multidimensional, a AGA é estruturada para que possa haver um acompanhamento da evolução do paciente e para avaliar prognóstico. Avalia as 4 principais dimensões (capacidade funcional, condições médicas, funcionamento social e saúde mental) a partir dos seguintes parâmetros:
Durante o exame clínico, deve-se realizar um avaliação neurológica básica, com a pesquisa do sinal de Romberg. Esta é feita com o paciente em posição ereta, pés unidos e olhos fechados, avaliando se há oscilações corpóreas e risco de queda.
A Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) é uma ferramenta multidimensional composta por escalas que avaliam globalmente o idoso e que complementa o exame clínico tradicional. Seu objetivo é oferecer um cuidado centrado nas necessidade do paciente, preservando autonomia, independência e qualidade de vida. Seus principais componentes são: capacidade funcional, instabilidade postural e quedas, cognição, humor, sensorial, nutrição e suporte social.
No ano de 2021, dos 210 milhões de brasileiros identificados por censo, 37,7 milhões são pessoas idosas. Esse fato e o visível envelhecimento da população faz com que a medicina precise cada vez desenvolver sua capacidade de atender pessoas com mais de 60 anos.
A Avaliação Global da Pessoa Idosa direciona a atenção para o/a idoso/a, com problemas complexos, de forma mais ampla, dando ênfase ao seu estado funcional e à sua qualidade de vida.
Eles são validados para a população idosa. Isso significa que os resultados podem auxiliar no diagnóstico de disfunções agudas ou crônicas, no prognóstico da sua qualidade de vida e na indicação de medidas assistenciais.
Apesar disso, sua utilização não exclui a avaliação clínica tradicional, que é capaz de identificar distúrbios ou doenças que sejam responsáveis pela diminuição da capacidade ou limitação das suas atividades.
MELO, Ana Beatriz De Biase Bezerra de et al. Avaliação geriátrica ampla na identificação de fatores de risco para eventos adversos precoces em idosas com câncer de mama. 2021.
A avaliação geriátrica ampla é preferencialmente realizada no início do acompanhamento geriátrico de qualquer paciente. Depois disso, ela será refeita em intervalos periódicos para o avaliar longitudinalmente o idoso ou diante de sintomas que sugerem alguma patologia.
No entanto, em idosos saudáveis, o declínio cognitivo não compromete significativamente a sua capacidade de se cuidar. Nos transtornos neurocognitivos, porém, existe um grau de comprometimento maior, provocando uma maior dependência do idoso em relação a outras pessoas.
A funcionalidade global é a capacidade do indivíduo de cuidar de si. Ela pode ser medida pela escala de Katz (atividades básicas da vida diária) e pela escala de Lawton (atividades instrumentais da vida diária).
É um instrumento de fácil utilização e de rápida aplicação. Dessa forma, o IVCF-20 mostra-se como bom instrumento para identificação inicial do idoso de risco, capaz de reconhecer o idoso que precisa ser submetido a uma avaliação realizada por equipe geriátrico-gerontológica especializada.
O Mini exame do Estado Mental (Minimental) é um instrumento considerado rápido e de fácil aplicação pelos profissionais da saúde. Por ele é possível avaliar os principais aspectos da função cognitiva. Trata-se do principal instrumento de avaliação cognitiva de pacientes psiquiátricos. Os domínios cognitivos avaliados são os seguintes: orientação (temporal e espacial), memória, atenção e cálculo, praxia e linguagem. Vale lembrar que a escolaridade deve ser sempre acessada e verificada antes da aplicação do exame pois influencia os resultados.
A Escala de Lawton foi utilizada para avaliação das atividades instrumentais de vida diária (AIVD). Seu escore varia de 7 a 21, de forma que maiores pontuações indicam melhor desempenho. Os idosos com pontuação menor do que 11 na foram classificados como dependentes em AIVD neste estudo.14.
Quedas são frequentes em idosos e representam grande causa de imobilidade e morbimortalidade. Os testes de rastreio como Timed Get Up And Go e Velocidade de Marcha são mais utilizados para avaliar equilíbrio, mobilidade e marcha e estimar o risco de quedas.
Já foram desenvolvidos ao longo da história diversas escalas e testes utilizados para o fim de avaliar esses quesitos no cliente em questão. Contudo, hodiernamente, dentre as ferramentas mais utilizadas se destacam: o MEEM (Mini Mental State Examination- MMSE) ou o Mini Exame do estado Mental utilizado para a avaliação da função cognitiva, o teste do relógio utilizado para analisar a capacidade do indivíduo com mais de 60 anos na administração do seu tratamento e no seu autocuidado quanto as comorbidades, o teste cronometrado da contagem do dinheiro demonstra de forma congruente a velocidade de decisão humana (a qual pode se deteriorar com o passar dos anos), o CAM (Confusion Assessment Method) ou Método de Avaliação de Confusão busca por sinais de delírio e o GDS (Geriatric Depression Scale) ou Escala de Depressão Geriátrica, pode ser usada para avaliação de transtornos e anomalias de humor.
A AGA segue um roteiro semiestruturado para que consigamos avaliar os principais domínios da qualidade de vida do idoso. Apesar de conter testes padrões, ela é sempre individualizada para cada pessoa, de acordo com as especificidades que ela apresentar durante as consultas.
Déficits auditivos e visuais são responsáveis pelo declínio na qualidade de vida. O teste de triagem utilizado para avaliar o déficit auditivo é o Teste do Sussurro. Em relação à avaliação inicial da acuidade visual a escala de Snellen é bastante difundida.