A série lançada pela Netflix no dia 23 de março de 2018, criada por José Padilha e Elena Soárez, gerou bastante polêmica no país desde sua estreia, especialmente pelo tema ‘complicado’ que aborda: a corrupção brasileira envolvendo principalmente políticos e estatais. Além é claro, das inspirações para os personagens de O Mecanismo.
Em O Mecanismo, Selton Mello é o personagem inspirado no delegado da Polícia Federal Gerson Machado. Em 2003, Machado foi o responsável pela descoberta do esquema de lavagem de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, em Curitiba.
Não é só o nome que lembra: o vice-presidente Samuel Thames, interpretado por Tonio Carvalho, é mesmo inspirado em Michel Temer. Presidente da República desde o impeachment de Dilma Rousseff, em 31 de agosto de 2016, Temer foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal em 2017, por suspeita de corrupção passiva.
Inspirada na Operação Lava Jato, umas das investigações mais importantes da história política do Brasil, a série “O Mecanismo” traz muitas figuras da vida real para as telas. Grandes nomes da política, polícia e economia brasileira fazem parte da investigação levantada pelo personagem de Selton Mello na produção da Netflix.
A produção decidiu por trocar o nome das figuras reais envolvidas em um dos maiores escândalos de corrupção da história recente. Assim como organizações – a Polícia Federal virou Polícia Federativa, e a Petrobras, Petrobrasil.
O delegado de polícia interpretado por Selton Mello também foi inspirado na vida real: trata-se de Gerson Machado, considerado marco inicial da Operação Lava Jato, após as investigações que incriminaram o doleiro Alberto Youssef.
Em “O Mecanismo”, João Pedro Rangel (Leonardo Medeiros) é o diretor da PetroBrasil e, claro, faz referência ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás na vida real, Paulo Roberto da Costa. Acusado de corrupção, o engenheiro também se beneficiou do acordo de delação premiada.
Ela criticou o cineasta José Padilha e a seriado de TV criado por ele, “O Mecanismo”, da Netflix, que é baseada na Operação Lava Jato. A petista diz que Padilha é um “criador de notícias falsas” e a série é “mentirosa e dissimulada”.
Na vida real, a conversa foi feita pelo senador Romero Jucá (MDB-RR), um dos articuladores do impeachment de Dilma, quem disse a frase “tem que mudar o governo para estancar essa sangria”.
Foi lá que 6 anos antes, o delegado Gerson Machado conseguiu reunir provas contra o doleiro Alberto Youssef em um esquema de lavagem de dinheiro que acontecia em uma casa de câmbio em cima de um posto de gasolina (que mais tarde ganharia o nome da Operação Lava Jato).
Os dirigentes das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção também aparecem na série. Entre eles, o grande destaque é o empresário Marcelo Odebrecht, condenado em 2016 a 19 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Na série, ele é interpretado pelo ator Emilio Orciollo Netto como Ricardo Brecht, presidente da companhia Miller & Brecht.
O juiz é interpretado pelo ator Otto Junior. Moro ganhou um enorme reconhecimento por comandar a Operação Lava Jato que envolve escândalos de políticos, empreiteiros e grandes empresas como a Odebrecht e a Petrobras. O juiz federal autorizou 49 fases da operação que resultaram na prisão de inúmeros corruptos.
Lúcio Lemes (Michel Bercovicht) também aparece como principal concorrente de Janete Ruscov à presidência. Na cena, ele conversa com o personagem que representa Michel Temer sobre a decisão da candidata de não frear as investigações.
Um dos personagens de O Mecanismo é Marco Ruffo, também protagonista da série, que é interpretado por Selton Mello. Ele é inspirado no ex-delegado da Polícia Federal, Gerson Machado, que é um dos grandes responsáveis pela Operação Lava Jato.