Segundo a violonista, pesquisadora e professora Márcia Taborda, da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um dos documentos mais antigos que registra o ensino da viola francesa no país (nome dado ao violão na época) é um anúncio publicado em 1826, no qual o músico italiano Bartolomeu Bortolazzi divulga seu trabalho de professor do instrumento na cidade do Rio de Janeiro.
O violão, esse instrumento de cordas que encanta multidões com sua sonoridade única, possui uma história profundamente entrelaçada com a música brasileira. Desde os primórdios do país até os dias atuais, o violão tem sido um protagonista essencial na criação de melodias que ecoam a alma do Brasil.
O violão é um dos instrumentos mais populares do mundo, mas sua origem e momento exato de criação ainda são um mistério. Diversas teorias apontam para a antiga Pérsia como berço do violão, enquanto outras sugerem que sua origem remonta à antiga Grécia ou ao Egito. A falta de registros históricos precisos dificulta a determinação exata das origens desse instrumento tão amado. No entanto, acredita-se que o violão tenha ganhado forma e popularidade na Espanha medieval, sendo difundido pelos povos árabes e posteriormente chegando às Américas através dos colonizadores europeus.
O espanhol Antonio de Torres foi responsável por moldar o violão no formato e características utilizados até hoje, conhecido como guitarra clássica. Sua contribuição no século XIX marcou um importante marco na história desse instrumento.
Mas, o uso da nomenclatura usada como referência ao instrumento viola/violão, continua conforme afirma Manuel Antônio de Almeida, autor da Memórias de um Sargento de Milícias (1854-55), quando se refere muitas vezes com terminologia da época do final da colônia, a viola em vez de violão ou guitarra sempre que trata de designar o instrumento urbano com o qual se acompanhava as modinhas.
– De maldito a erudito: caminhos do violão solista no Brasil, artigo de autoria de Marcelo Fernandes Pereira e Edelton Gloeden (Escola de Comunicação e Artes da USP):
A evolução do violão na música brasileira pode ser dividida em várias fases distintas, cada uma delas deixando sua marca na história musical do país.
O violão clássico brasileiro também se faz presente em diversos estilos musicais, indo além da música erudita. Ele está presente no choro, no samba, na bossa nova e em outros gêneros populares, proporcionando uma sonoridade única e enriquecedora.
Após um período de relativa estagnação, o violão clássico no Brasil passou por um renascimento na segunda metade do século XX. Novos talentos surgiram e revitalizaram o interesse pelo instrumento, elevando sua posição no cenário musical brasileiro.
Em 1951, ele participou da fundação da Associação Cultural de Violão de São Paulo, sendo responsável pela composição de mais de 100 obras para o violão e cerca de mais ou menos 300 transcrições e revisões, sendo seus trabalhos usados atualmente por muitas escolas de música em todo o Brasil e fora dele.
Passando por mudanças ao longo dos anos, o violão, registrado na Grécia, teve como predecessor um instrumento feito com casca de tartaruga, couro de boi e cordas de tripas de carneiro.
A música brasileira para violão tem por base a pequena obra de Villa-Lobos, que foi um importante compositor e violonista brasileiro, que conta basicamente com 12 estudos sobre violão.
O inventor do primeiro violão, como conhecemos hoje, foi o espanhol Antonio de Torres. Ele é creditado por atribuir ao instrumento o formato e características que são utilizados no modelo chamado guitarra clássica. Sua contribuição no século XIX marcou um importante marco na história do violão.
Ao longo da história, o violão, um instrumento de cordas, passou por transformações e se adaptou a diferentes estilos musicais, como flamenco e jazz, tornando-se versátil e atual nos diversos gêneros musicais ao redor do mundo.
– DVD Viola e Violão em Terras de São Sebastião, de Marcia Taborda: aula-espetáculo em que a musicóloga e violonista apresenta, em linguagem didática, a história do instrumento desde seus antepassados, passando pela a chegada ao Brasil colônia e chegando até meados do século XX.
Com isso, o violão passou a tornar-se o instrumento favorito para o acompanhamento vocal, como no caso das modinhas, na música instrumental, acompanhando a flauta e o cavaquinho, e com isso formando a base de um conjunto de chorinho.
O primeiro instrumento de cordas que se tem notícias que chegou ao Brasil foi a viola de dez cordas ou cinco cordas duplas, muito popular entre os portugueses e precursora do violão, trazida pelos jesuítas portugueses que aqui chegaram para catequisar os índios e a usavam durante a catequese.
Entre os compositores brasileiros que colaboram para o início da construção do repertório violonístico no Brasil estão Villa-Lobos, com seus Doze Estudos para Violão (1929); Camargo Guarnieri, com o Ponteio para violão, primeira obra escrita por ele para o instrumento (1944); Guerra-Peixe, com a Suíte (1946); e Radamés Gnattali, com os Dez Estudos para Violão (1967), para citar alguns dos autores que consolidaram a tradição do violão clássico nacional.
Aprender a improvisar é fundamental Para os músicos que desejam expandir sua criatividade e desenvolver suas habilidades musicais. Neste artigo, você encontrará dicas e técnicas.
O violão, instrumento da família das cordas, possui uma trajetória rica e fascinante que remonta aos primórdios da história. Originado na Antiguidade, ganhou popularidade durante o Renascimento e Barroco, sendo um importante componente da música clássica. Com o passar dos anos, o instrumento evoluiu, incorporando novas técnicas e estilos musicais, como o flamenco e o jazz. Hoje, o violão marca presença em diversos gêneros musicais ao redor do mundo, mostrando-se versátil e sempre atual.
Na cidade de São Paulo, através do violonista uruguaio Isaías Savio (1900-1977), que teve sua formação violonística com Miguel Llobet, resultou a fundação de uma das melhores escolas de violonistas da América do Sul, vindo morar no Brasil, em São Paulo, onde desenvolveu a maior parte do seu trabalho fundando a Associação Cultural Violonística Brasileira, e em 1947, e tornou-se professor de violão do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, fundando a primeira cadeira de violão no país.
A história do violão no Brasil começa com as raízes coloniais do país. Durante o período de colonização, o violão foi introduzido por exploradores e colonos europeus, trazendo consigo um legado musical que viria a se misturar com as tradições locais. Inicialmente, o violão era associado principalmente à música erudita e aos salões das classes mais abastadas. No entanto, sua versatilidade logo o levou a se infiltrar nas comunidades mais humildes.
Nos anos 60 e 70, a Tropicália trouxe uma abordagem experimental ao uso do violão na música. Artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil incorporaram influências psicodélicas e fusões culturais, explorando os limites do instrumento de maneiras surpreendentes.
Alvaro Henrique Considerado um dos “violonistas Brasileiros favoritos” da Villa-Lobos Magazine, Alvaro Henrique visa conectar plateias com um mundo de emoções e estórias por meio