Memórias de um Sargento de Milícias é um romance de folhetim publicado originalmente no Correio Mercantil entre 1852 e 1853. Integralmente, a obra saiu em 1954.
Primeiro, porque seu conteúdo era curto e direto e, segundo, pelo uso de uma linguagem coloquial. Além disso, foi a primeira vez durante o Romantismo que houve um enredo no qual o personagem principal era um anti-herói.
No polo desordeiro estão Vidinha, Teotônio (um malandro), o sacristão da Sé e alguns outros. Ainda assim eles transitam entre um polo e outro. O Major Vidigal, por exemplo, transgrediu a lei libertando e promovendo Leonardo por causa do pedido de três mulheres.
Foi até a casa da Cigana e mentiu informando sobre o horário de uma festa. Fez isso para que o padre chegasse atrasado. Já na igreja, o menino foi repreendido pelo padre, que o perguntou qual era a hora certa do sermão. Prontamente, Leonardo responde que disse o horário certo e que quem estava de prova era a própria Cigana, que tudo ouvira.
A questão central do artigo é a difícil caracterização do romance de Manuel Antônio de Almeida. Após discutir algumas possibilidades, Antônio Cândido define o livro como um romance representativo.
O folhetins eram publicados no jornal Correio Mercantil no Rio de Janeiro entre 1852 e 1853, sem indicar quem era o autor. Esse romance somente saiu em livro no ano de 1854, o primeiro volume, e em 1855, o segundo volume.
O romance não é narrado por Leonardo, apesar do título dizer que são memórias. O narrador é onisciente, em terceira pessoa. Inclusive ele faz comentários e digressões no decorrer da trama.
Enquanto isso, o compadre morre e deixa uma boa herança para Leonardo. Esse dinheiro pertencia ao capitão de navio, que o confiou para entregar à sua família. Interessado no dinheiro do filho, Leonardo Pataca faz com que Leonardo more com ele.
Fizemos um resumo do livro Memórias de um Sargento de Milícias. Tire as suas principais dúvidas em nosso artigo. Nele nós respondemos às seguintes questões:
Enquanto a criança está aos cuidados do padrinho, Leonardo Pataca se envolve com uma cigana. Ao perder o amor dela, recorre à feitiçaria para reconquistá-la, acabando preso.
Depois ele descobre que a cigana está envolvida com o padre e planeja uma vingança. No aniversário da cigana, Leonardo paga para um malandro causar uma confusão na festa e deixa o Major Vidigal de sobreaviso.
Por intermédio de um narrador onisciente com uma linguagem irônica e humorística, os leitores conseguem ter um olhar mais amplo tanto sobre os personagens, como sobre os eventos ocorridos. Além disso, os flashbacks também ajudam na compreensão dos fatos.
O personagem principal é Leonardo, filho de uma pisada e de um beliscão. Seu pai e sua mãe se conheceram em um navio partindo de Lisboa em direção ao Rio de Janeiro. O casal vivia junto com o filho, porém não era casado. Leonardo nasce de uma relação estável, porém ilegítima. Ele e seus pais são uma espécie de equador que divide a narrativa entre dois polos, um mais ao norte ordeiro, e um mais ao sul desordeiro.
O pai, Leonardo Pataca, sabendo que havia sido trocado pelo Padre, tenta reconquistar Cigana, mas ela não o quis. Querendo vingança, contratou um amigo para fazer alguma confusão na casa da dela, numa festa que estava dando. Como a festa virou uma bagunça, o Major Vidigal foi chamado e tendo lá chegado deu de cara com o padre somente de cueca, meia, sapato e gorrinho.
O Padrinho, certa feita, foi para a África como médico num navio negreiro. No retorno recebeu um baú de dinheiro do capitão que já estava em leito de morte. Era para ter entregue à filha do capitão, mas o Padrinho ficou com ele. Tendo se tornado homem de bem, criava Leonardo como um filho e seu sonho era que o moleque crescesse e se tornasse um padre.
O personagem Leonardo possui características fixas, que não mudam durante o romance. Ele sempre entra em apuros e sempre se salva. Com muito dinamismo ele participa de aventuras e desventuras.
Em meio a ordem e desordem dos personagens, o bem e o mal ficam relativizados. Manuel Antônio de Almeida não deixou transparecer no romance nenhum juízo de valor entre as ações das personagens. Isso faz com que o leitor não tenha uma referência para o certo e o errado dentro do romance.
O romance parece refletir a própria situação da sociedade do Rio de Janeiro na época joanina. A cidade passou a ser capital do Império, e, junto com a corte, uma nova ordem foi trazida do antigo império, porém essa "ordem" não possuía raízes naquela cidade.
A história se passa no começo do século XIX, ocasião em que a família real portuguesa se refugiou no Brasil. Por isso, o romance tem início com a expressão “Era no tempo do rei”, referindo-se ao rei português dom João VI.
MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS: NEM ROMÂNTICO NEM REALISTA. ... Memórias de um sargento de milícias apresenta características tanto do Romantismo como do Realismo, portanto, pressupõe-se que a obra de Almeida não seja um romance romântico nem realista, e sim de transição entre essas duas escolas literárias.
substantivo masculino e feminino Pessoa que milita, defende uma causa ou busca transformar a sociedade através da ação e não da especulação. Pessoa que luta, que sai em defesa de uma causa, um partido etc. ... substantivo masculino [Antigo] Guerreiro; soldado que guerreia ou combate militarmente.
Soldado ou recruta inexperiente. 1 Que dá os primeiros passos em uma atividade; inexperiente, novato, principiante: “O ajudante de tropeiro, bisonho nas estradas, contentou-se com os salvados da fogueira” ( TG ) . 2 Pouco adestrado em qualquer arte, ofício ou mister; desajeitado, desastrado, inábil.
A delimitação do tema de um trabalho científico também pode ser chamada de “recorte”. Trata-se da ênfase escolhida dentro de um assunto mais amplo. Delimitar significa estabelecer limites. Geralmente, os prazos para a execução do projeto e os recursos disponíveis são determinantes.