Para hoje gozar do topo da lista histórica do torneio, foi necessário penar em longos caminhos, seja na tabela, seja na estrada e ainda passar pelo grande duelo tático, estratégico e emocional que é a final em duas partidas e sem a regra do gol qualificado.
Em 2022, a diretoria resolveu demitir o técnico português Paulo Sousa. Para seu lugar, o Flamengo contratou Dorival Júnior. Com o novo técnico, a equipe voltou aos trilhos da vitória e derrotou no Maracanã o Corinthians nas penalidades, com Rodinei convertendo a última cobrança.
Na ocasião, o ex-atacante marcou na vitória do Fluminense por 3 x 2 diante do Tigre. A segunda colocação é ocupada pelo lendário camisa 11, Romário, que tem 36 gols na Copa do Brasil.
A relação do time com a Copa é antiga. Ele foi, ora, o primeiro a levantar a sua taça, em 1989, com uma equipe liderada pelo hoje treinador Cuca e por Assis, o irmão de Ronaldinho Gaúcho — e que também faturou o Campeonato Gaúcho no mesmo ano.
O bicampeonato se deu em outro bom ano para o torcedor corintiano, de título da Copa do Mundo e de rebaixamento do maior rival. Dida, Vampeta, Ricardinho e os outros comandados de Carlos Alberto Parreira não deram chances à zebra do Brasiliense e garantiram fim de ano dos sonhos da torcida.
Zinho conquistou os títulos vencendo a camisa do Flamengo (1990), Palmeiras (1998), Grêmio (2001) e Cruzeiro (2003). Já Roger Machado foi campeão com Grêmio (1994, 1997 e 2001) e (2007) como jogador do Fluminense.
Boa parte do chamado “espírito copeiro” do Grêmio vem da Copa do Brasil. O tricolor gaúcho é simplesmente pentacampeão do torneio, o segundo na lista dos maiores campeões.
O título seguinte foi vencido já na “era Felipão”. O treinador do Penta comandou o clube de 1993 a 1996, e faturou, junto do volante Emerson, do lateral Roger e do goleiro Danrlei, o bicampeonato.
Além do ranking dos times que mais conquistaram a Copa do Brasil, fica também a pergunta, quem é o jogador que mais venceu o torneio? E nos mais de 30 anos da competição de mata-mata do país, quem mais venceu foi Zinho e Roger Machado, com quatro títulos cada um.
Já o tri veio após uma temporada de desconfiança e até de briga contra o rebaixamento. Comandados pelo interino Jayme de Almeida, Chicão, Elias, Hernane Brocador, Léo Moura (sempre ele) e cia foram heroicos e precisos na vitória contra o Athletico Paranaense.
A segunda taça saiu só no século XXI, depois de dois doloridos vice-campeonatos (em 2003 e 2004). Mas a espera valeu a pena: a equipe que contava com os laterais Léo Moura e Juan e os meias Renato Abreu e Renato Augusto bateu ninguém que o Vasco na final.
Comandada por Mano Menezes, a base formada por Fábio, Dedé, Egídio, Robinho e Thiago Neves alcançou o até hoje feito único na história da competição, a conquista de dois títulos em sequência, em 2017 e em 2018.
Pela primeira vez em sua história o São Paulo conquistou a Copa do Brasil. Após uma campanha de alto e baixos, o Tricolor paulista bateu o Flamengo e levantou a taça e entrou pra galeria de campeões do torneio, que tem grandes clubes e algumas zebras.
Antes, o bicampeonato foi conquistado sobre o Coritiba no fatídico ano de 2012, marcado também pelo rebaixamento do Verdão. O título da Copa veio antes, porém, encomendado pelos comandados de Felipão, com destaque para Jorge Valdívia, Marcos Assunção e para Betinho, o herói improvável.
A primeiríssima foi levantada em 1993, justamente sobre o atual segundo colocado desta lista, o Grêmio. Roberto Gaúcho, Éder e Cleisson não só deram a primeira Copa à Raposa como deram fim à praticamente uma década de marasmo do time mineiro.
Nos mais de 30 anos de história da Copa do Brasil, nenhum jogador venceu a competição nacional mais vezes que Zinho e Roger Machado. O ex-meia e o ex-lateral foram campeões da Copa do Brasil em quatro oportunidades.
A Copa do Brasil foi criada em 1989 e em 34 anos viu 17 times levantarem o troféu. O maior campeão da competição é o Cruzeiro, com 6 conquistas. O Cabuloso venceu o torneio em 1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018.
Estrelado mesmo foi o time de 2003, do tetracampeonato e da tríplice coroa. Vanderlei Luxemburgo tinha um time muito forte no ataque com Alex, Wendel, Aristizábal, Deivid e seguro na defesa, com Edu Dracena e Luisão. O 3 a 1 sobre o Flamengo no jogo de volta foi construído com a autoridade que passa o grupo.
Jornalista formado pela UNESP, foi repórter da Revista PLACAR. Cobriu NBB, Superliga de Vôlei, A1 (Feminino), A2 e A3 (Masculino) do Campeonato Paulista e outras competições de base na cidade de São Paulo. Fanático por esportes e pelas histórias que neles acontecem, dos atletas aos torcedores.