Gladis foi a primeira surda a obter o título de doutora no Brasil. Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação de Surdos, atuando principalmente nos seguintes temas: Surdos,Identidade, Alteridade, Diferença,Cultura, Educação.
Segundo Perlin e Miranda (2003, p. 217), ser surdo é “olhar a iden- tidade surda dentro dos componentes que constituem as identidades essen- ciais com as quais se agenciam as dinâmicas de poder. É uma experiência na convivência do ser na diferença”.
Identidade surda: diz respeito aos sujeitos surdos que se inserem plenamente na comunidade surda e se reconhecem como pertencentes à mesma, usam apenas língua de sinais, apresentam características culturais e forma de estar no mundo baseadas na visualidade, defendem e militam pelo direito de ser diferente e de ...
Na Identidade Surda (Identidade Política), as pessoas apresentam características culturais baseadas na experiência visual, como determinante em seu comportamento; utilizam-se, somente, da Língua de Sinais; transmitem sua Cultura e seu posicionamento resistente diante da diferença de ser para os demais Surdos.
Entende-se “comunidade surda”, então, como um espaço de trocas simbólicas em que as línguas de sinais, a experiência visual e os artefatos culturais surdos são partilhados entre sujeitos Surdos (e ouvintes) que congregam interesses comuns e projetos coletivos.
Assim, a língua de sinais garante ao surdo a possibilidade de reconhecimento e legitimação desta forma de comunicação, uma vez que está estabelecida em lei. Por isso, é importante que os familiares, assim que for diagnosticada a surdez em seus filhos, estabeleçam a Língua de Sinais como forma de comunicação.