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E aí, você já sabia o significado do dia 20 de novembro? Já conhecia a história de Zumbi dos Palmares? Ah, também queremos saber o que podemos fazer diariamente para ajudar no movimento antirracista. Deixe nos comentários!
Os portugueses, no auge de seu processo de expansão e busca por especiarias nas Américas, viram a oportunidade de utilizar a mão de obra dos escravos – tradição já utilizada por vários povos – , e começaram a comprar um grande contingente de africanos para serem escravizados na Europa, principalmente, em Portugal.
Na verdade, o processo de escravidão, que é tão conhecido no continente africano, já existia muito antes dos europeus se envolverem. Entretanto, tal processo era feito entre grupos e etnias locais, que disputavam sob algum fator conflituoso, seja território, poder, religião, assim como faziam os povos brancos europeus desde a Idade Antiga, como por exemplo, no Império Romano.
Estudar sobre nossos antepassados e nossa história é essencial para o nosso futuro e para sabermos aonde estamos indo. No texto, você irá aprender quem foi o herói nacional, também conhecido com Zumbi dos Palmares, e quais foram seus feitos para nossa história enquanto povo e sociedade. Vamos lá!
As informações sobre Zumbi dos Palmares são escassas, e muitos historiadores apontam que é impossível reconstituir a vida desse líder. A dificuldade dá-se, principalmente, pela carência de fontes, sendo que as disponíveis são registros de autoridades coloniais. O que sabemos de fato é que Zumbi foi líder de Palmares de 1678 a 1695
Com a falta de mão de obra, a escassez de recursos para montar os novos engenhos e a pressão da igreja para acabar com a escravização de indígenas, os portugueses decidiram atrelar o tráfico negreiro entre o continente africano e o Brasil, tornando possível a produção de açúcar e o sucesso da economia europeia.
Um dos principais e famosos quilombos já existentes, foi o quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, antiga capitania de Pernambuco. Contando com uma grande organização política e militar, Palmares era liderado por Zumbi, Ganga Zumba e outros escravos fugidos.
Após muitos anos de liderança e conflitos, em 1678, Ganga Zumba aceitou um acordo com o Governador da capitania de Pernambuco, no qual o governo pernambucano reconhecia a liberdade de todos os negros nascidos em Palmares.
Com o grande número de escravizados chegando ao Brasil, os africanos começaram uma onda de resistência e rebelião contra o sistema escravista colonial. Quilombo ou mocambo são regiões onde escravos fugidos se abrigavam e conseguiam manter – de certa forma- sua cultura e memória.
O dia da morte de Zumbi dos Palmares tornou-se uma data de reflexão, simbolismo e luta em memória dos negros escravizados, assim como a valorização e reconhecimento de valores sociais e culturais da história negra brasileira.
Zumbi, também conhecido como Zumbi dos Palmares, foi líder de um dos maiores quilombos brasileiros durante o período colonial. Nasceu em 1655 na região da Serra da Barriga – antiga capitania de Pernambuco- e morreu no dia 20 de novembro de 1695 (também conhecido como Dia da Consciência Negra) após ter sido delatado por um dos seus, tendo sua cabeça cortada, salgada e colocada em praça pública.
Entretanto, tal acordo foi mal visto pela maioria dos integrantes do quilombo, inclusive por Zumbi, fazendo com que houvesse uma disputa interna e tendo como resultado a morte de Ganga Zumba por envenenamento.
“(…) Na década seguinte, em resposta à pressão dos jesuítas, a Coroa portuguesa promulgou leis que coibiam de forma parcial a escravização de índios. Ao mesmo tempo, os portugueses aprimoraram o funcionamento do tráfico negreiro transatlântico, sobretudo após a conquista definitiva de Angola em fins do século XVI. Os números do tráfico bem o demonstram: entre 1576 e 1600, desembarcaram em portos brasileiros cerca de 40 mil africanos escravizados; no quarto de século seguinte (1601-1625), esse volume mais que triplicou, passando para cerca de 150 mil os africanos aportados como escravos na América portuguesa, a maior parte deles destinada a trabalhos em canaviais e engenhos de açúcar…” (CF. SCHWARTZ, Stuart, pág 46, 1550-1835.)
Os portugueses mantinham uma rede de produção de engenho de açúcar em suas ilhas Madeira e São Tomé, e, logo em seguida, começaram a construção de engenhos em terras brasileiras. Entretanto, havia um grande empecilho nesse processo, a mão de obra.
É importante frisar que o meio de escravidão do período colonial português, hoje conhecido e baseado no modelo capitalista/ mercantilista, é totalmente diferente do meio de escravidão da antiguidade, pois o mesmo era formado por outras vertentes e funcionalidades.