Entre os mitos e lendas náuticas, poucos são tão famosos quanto o Holandês Voador. Muitos alegaram ter visto o navio fantasmagórico do capitão Hendrick van der Decken (o holandês) desde que afundou em 1641. É por causa de sua atitude ousada em face da ira tempestuosa de Deus que o capitão van der Decken e sua tripulação teriam sido amaldiçoados a navegar em alto mar até o dia do juízo final.
Na primeira versão da narrativa, a embarcação que viria a ficar conhecida como Holandês Voador era pilotada pelo capitão Hendrick Van der Decken e fazia parte da frota da Companhia Holandesa das Índias Orientais. Carregando as especiarias tão desejadas das Índias de volta para a Holanda, o navio passou por uma situação grave: uma tempestade furiosa colocou-se no trajeto, no contorno do Cabo da Boa Esperança.
Seus primeiros anos no Ajax foram históricos, o que o fez uma peça da famosa 'geração de ouro' do time. Ele estreou por lá em 1990/91, mas Stanley Mezzo era o titular indiscutível, de forma que Edwin esquentou o banco por algumas temporadas. Quando assumiu a posição, prosperou, sendo eleito o melhor goleiro do Holandês em quatro temporadas consecutivas (de 1994 a 1997). Além disso, em 1998, ele foi escolhido como o melhor jogador da Eredivisie, recebendo a Golden Boot.
“O oficial de guarda da ponte a viu claramente, assim como o guarda-marinha do tombadilho, que foi enviado imediatamente ao castelo de proa; mas, ao chegar, não havia vestígio nem qualquer sinal de qualquer navio material que pudesse ser visto perto ou bem ao longe no horizonte, a noite sendo clara e o mar calmo”, escreveu.
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Um barco com luzes fantasmagóricas tenebrosas navegando pelos oceanos do mundo todo ou apenas uma fábula, a narrativa continua presente nas histórias do mar. Alguns o consideram talvez como um presságio de que coisas ruins irão acontecer, e outros apenas uma ilusão de ótica, como a miragem conhecida como Fata Morgana. O Holandês Voador, no entanto, permanece um mistério há séculos e possivelmente continuará assim por muito tempo.
A porta que se abriu para o holandês foi a Inglaterra. Primeiro, defendeu o Fulham por quatro temporadas (sendo eleito o melhor jogador da equipe em 2004), mas logo chamou atenção novamente de Alex Ferguson e se encaminhou ao Manchester United para a temporada de 2005/06, que ainda não tinha encontrado um substituto à altura para Schmeichel.
Com um primeira temporada sólida, van der Sar foi vice da Premier League, mas ajudou a equipe na campanha do título da Copa da Liga daquele ano. Na temporada seguinte veio o verdadeiro triunfo. Graças a um pênalti defendido (entre diversos outros feitos daquela equipe, evidentemente) no dérbi de Manchester, contra o City, o goleiro conquistou seu primeiro troféu do Campeonato Inglês. E este foi o primeiro de quatro - três conquistados consecutivamente entre 2007 e 2009.
Continuando nesse assunto de 'passagem de bastão', por pouco van der Sar não assumiu a importante tarefa de ocupar a vaga deixada por Peter Schmeichel quando este deixou o United em 1999. Esse era o desejo de Alex Ferguson, pelo menos. No entanto, o clube não negociou com o holandês, visto como o melhor goleiro do mundo naquele momento, e este foi para a Juventus, se juntando a Ferguson e cia. bem mais tarde...
Voltando à sua passagem pela Itália, van der Sar não teve sorte na Juventus. Até foi titular em duas temporadas, 'coroadas' com alguns vices sob comando de Carlo Ancelotti, mas suas atuações decepcionavam, de forma que a equipe de Turim investiu em um jovem goleiro do Parma para a posição em 2001: Gianluigi Buffon.
Neste momento, já era titular absoluto da seleção holandesa - onde, inclusive, se tornou o jogador com mais compromissos internacionais (130 jogos), sendo ultrapassado só em 2017 por Wesley Sneijder.
A primeira vez que o Holandês Voador apareceu em relatos escritos foi em 1790, na obra Viagens em várias partes da Europa, Ásia e África durante uma série de trinta anos para cima (em tradução livre), de John MacDonald. Ele narra: “o tempo estava tão tempestuoso que os marinheiros disseram ter visto o Holandês Voador”.
Penduradas as luvas, van der Sar chegou até a voltar a campo em 2016, atuando em uma partida pelo VV Noordwijk, time amador da Holanda. Naquela oportunidade, a equipe ficou sem goleiros por conta de lesões e chamou o ídolo, aos 45 anos, para ajudar. Ele defendeu um pênalti no empate por 1 a 1 com o Jodan Boys.
Levados ao limite, a tripulação se amotinou. Sem hesitar, o capitão van der Decken matou o líder rebelde e jogou seu corpo no mar revolto. No momento em que o corpo do rebelde atingiu a água, a embarcação falou com o capitão “perguntando se ele não pretendia entrar na baía naquela noite. Van der Decken respondeu: ‘Que eu seja eternamente condenado se o fizer, embora deva andar por aqui até o dia do julgamento'” (Wagner citado em Music with Ease, 2005).
A gestão resultou em um recente sucesso do Ajax não só local, mas internacional, com campanhas consistentes em torneios europeus. Obviamente, isso atraiu olhos ao ex-goleiro.
Pode não parecer, mas já faz mais de nove anos que Edwin van der Sar anunciou sua aposentadoria, quando tinha acabado de ser campeão da Premier League mais uma vez com o Manchester United em 2011. E mesmo que ele tenha sido muito bem substituído por David De Gea, é impossível para o torcedor dos Red Devils e para o fã do esporte no geral esquecerem das suas atuações. Por isso, no aniversário de 50 anos do 'Holandês Voador', o ESPN.com.br relembra alguns de seus feitos.