Alvo da deferência de assaltantes que devolveram seu telefone celular e o dinheiro desviado de sua conta via Pix após ser roubada, Cynthia Giglioli Herbas Camacho se casou com o chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, em 2007, após sete anos de namoro. A cerimônia foi realizada dentro da Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo.
Ceará não teve tempo sequer de ficar escondido. A morte dele havia sido decretada. Ele foi assassinado com oito tiros em 4 de novembro de 2002 no Brás, região central de São Paulo. A vingança dos amigos de Marcola não ficou só nisso.
Ana havia previamente agendado entrevistas com os prisioneiros José Márcio Felício, o Geleião, e César Augusto Roriz Silva, o Cesinha. Ambos eram os únicos entre os oito fundadores do PCC (Primeiro Comando da Capital) ainda vivos.
De acordo com o que Cynthia relatou ao marido, em conversa de novembro do ano passado, revelada neste domingo, 14, pelo programa Fantástico, da TV Globo, ela foi assaltada dentro de seu carro. "O trânsito parou, tomei um susto tão grande. Demorei uns segundos para voltar ao normal", afirmou Cynthia no Parlatório da cadeia. "Aí devolveram porque viram meu nome. Mandaram entregar lá no salão." Marcola, então, riu da situação. Ela ainda afirmou que o caso aconteceu "na Marginal, via expressa", sem especificar se estava se referindo à do Tietê ou Pinheiros.
O carro de Ana já estava ligado naquela manhã de 23 de outubro. Ela se preparava para sair com o veículo da garagem do sobrado onde morava, no bairro Inocoop, em Guarulhos. Um homem e duas mulheres se aproximaram dela. A advogada ficou surpresa, mas não se assustou, pois conhecia os três.
O destino era o CRP (Centro de Readaptação Penitenciária), presídio de segurança máxima construído para abrigar em cela isolada, de castigo, integrantes de facções criminosas e presos autores de faltas graves no sistema prisional paulista. A unidade foi inaugurada em 2 de abril daquele ano.
Os dois se casaram na Penitenciária de Araraquara (SP) no início de 1990. Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, irmão de Marcola e chamado no sistema prisional de Júnior, foi o padrinho. Anos depois, o casal se separou, Porém, ambos continuavam muito amigos.
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À época, de acordo com funcionários do presídio, onde funciona o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que não permite regalias nem visita íntima, Marcola e Cynthia não se tocaram. Apenas trocaram olhares pelo vidro à prova de bala instalado no parlatório, local onde os presos recebem as visitas e se comunicam por interfone, aparelho pelo qual os noivos disseram o sim.
À época, de acordo com funcionários do presídio, onde funciona o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que não permite regalias nem visita íntima, Marcola e Cynthia não se tocaram. Apenas trocaram olhares pelo vidro à prova de bala instalado no parlatório, local onde os presos recebem as visitas e se comunicam por interfone, aparelho pelo qual os noivos disseram o sim.
A defensora encontrava-se sentada no banco do motorista. O homem sacou uma pistola calibre 45 e atirou praticamente à queima-roupa, duas vezes, na nuca dela. A vítima chegou a ser levada para o Hospital de Bonsucesso, em Guarulhos. Ela não resistiu aos ferimentos.
Este não é o primeiro problema de Cynthia com a Justiça. Ela esteve detida em 2005, acusada de colaborar com o PCC, do qual recebia mesada de R$ 15 mil. Os problemas com a Justiça não pararam por aí. Um ano após se casar, Cynthia foi condenada a oito anos de prisão por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha pelo 6º Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça de São Paulo.
De acordo com o que Cynthia relatou ao marido, em conversa de novembro do ano passado, revelada neste domingo, 14, pelo programa Fantástico, da TV Globo, ela foi assaltada dentro de seu carro. “O trânsito parou, tomei um susto tão grande. Demorei uns segundos para voltar ao normal”, afirmou Cynthia no Parlatório da cadeia. “Aí devolveram porque viram meu nome. Mandaram entregar lá no salão.” Marcola, então, riu da situação. Ela ainda afirmou que o caso aconteceu “na Marginal, via expressa”, sem especificar se estava se referindo à do Tietê ou Pinheiros.
Os principais aliados de Cesinha e Geleião foram assassinados nas prisões paulistas. Netinha, a princípio, recebeu proteção policial. Depois saiu de cena e sumiu por uns tempos. Em 13 de agosto de 2006, ela visitou o marido pela última vez na Penitenciária 1 de Avaré.
Alvo da deferência de assaltantes que devolveram seu telefone celular e o dinheiro desviado de sua conta via Pix após ser roubada, Cynthia Giglioli Herbas Camacho se casou com o chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, em 2007, após sete anos de namoro. A cerimônia foi realizada dentro da Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo.
A apuração que levou às buscas mirou a evolução patrimonial do grupo que, segundo as autoridades, era incompatível com a renda. O ponto de partida foi a compra de um imóvel de luxo em um condomínio em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Depois disso, os investigadores rastrearam transações imobiliárias milionárias entre os investigados e conseguiram a quebra dos sigilos fiscal e bancário. A suspeita é que as movimentações sejam simuladas e tenham sido subfaturadas como estratégia para ocultar pelo menos R$ 1,9 milhão.
Na semana anterior ao assassinato de Ceará, Andréa Paredes Gomes, 43, a Lenita, mulher do preso Rodrigo Leonardo Paes, o Rodriguinho, foi morta a tiros. O marido ameaçado não resistiu às pressões na prisão e se enforcou no CRP de Presidente Bernardes.
Antes de se casar com Cynthia, Marcola havia ficado viúvo em 2003, quando Ana Maria Olivatto Camacho foi executada na disputa pelo comando da facção.